Reforma Tributária: todas as perguntas respondidas
A Reforma Tributária muda a forma como o Brasil cobra impostos. Veja o que muda, quem será impactado e como se preparar.
A Reforma Tributária é o tema que mais movimenta o ambiente de negócios no Brasil. Depois de décadas de debates, desde a Constituinte de 1988, ela finalmente começou a sair do papel.
Em 2023, o Congresso aprovou a PEC 45, transformada na Emenda Constitucional 132, e em 2024 o governo deu o passo seguinte com a Lei Complementar 214, que regulamenta parte das novas regras.
Mas afinal, o que muda na prática? De acordo com o Governo Federal, a Reforma Tributária promete simplificar o sistema de impostos e corrigir distorções históricas.
Para os pequenos empreendedores, isso significa menos burocracia e mais transparência na cobrança de tributos. Além disso, o governo incluiu medidas que impactam diretamente o bolso dos brasileiros, como o cashback, que vai devolver parte dos impostos para cerca de 73 milhões de pessoas.
Outras mudanças também chamam atenção: imposto zero para medicamentos do SUS, vacinas, absorventes, cadeiras de rodas e alimentos da cesta básica.
Já produtos nocivos, como cigarros e bebidas alcoólicas, pagarão o Imposto Seletivo (IS), criado para desestimular o consumo e proteger a saúde e o meio ambiente.
Para responder todas as suas perguntas, neste guia completo, você vai entender o que é a Reforma Tributária, como ela afeta sua empresa e como um sistema de gestão preparado pode facilitar essa transição.
Tudo explicado de forma simples, direta e com foco no que realmente importa: ajudar você a se adaptar com segurança ao novo cenário tributário do Brasil.
Vem com a gente!
A Reforma Tributária é uma mudança profunda no sistema de impostos do Brasil. O principal objetivo é simplificar a cobrança de tributos e acabar com a confusão que existe hoje entre regras federais, estaduais e municipais.
Em vez de vários impostos diferentes, o país passará a ter um modelo mais simples e transparente, que facilita tanto a vida das empresas quanto o controle do governo.
Atualmente, quem empreende precisa lidar com impostos complexos, como ICMS, ISS, PIS, Cofins e IPI. Cada um tem cálculos, prazos e legislações diferentes. Essa confusão gera erros, aumenta custos e consome tempo.
Com a Reforma Tributária, esses impostos se unificam em um novo modelo chamado IVA Dual, que traz mais clareza e reduz a burocracia na hora de pagar e emitir tributos.
Na prática, isso significa que o empreendedor vai conseguir entender melhor quanto paga de imposto em cada operação e evitar retrabalhos.
Além disso, o novo formato promete mais equilíbrio entre regiões, já que o imposto será cobrado no local onde o produto ou serviço é consumido, e não onde ele é produzido. Isso muda completamente a forma de arrecadar e distribuir os recursos no país.
Em resumo, a Reforma Tributária busca modernizar o sistema e tornar o ambiente de negócios mais justo, eficiente e previsível.
Com menos burocracia, o empresário ganha tempo para focar no crescimento da empresa, enquanto o país cria uma base tributária mais simples e sustentável.
💡Saiba mais: Reforma tributária: CBS, IBS e Imposto Seletivo (IS)
💡Se aprofunde ainda mais no tema: Reforma tributária 2026: cronograma tributário e o que você precisa saber ainda este ano
A Reforma Tributária vai muito além da troca de impostos.
Ou seja, ela representa uma transformação completa na forma como o Brasil arrecada, distribui e cobra tributos sobre o consumo.
Entender essa visão geral é o primeiro passo para compreender o que realmente muda.
Por isso, nesta parte, você verá os motivos da mudança e os principais objetivos da reforma.
Vem com a gente!
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O sistema de impostos atual é confuso e pesado. Cada estado e município cria suas próprias regras, o que torna o ambiente de negócios complexo e caro.
Quem empreende perde tempo com burocracias e enfrenta dificuldades para entender quanto realmente paga de imposto.
A Reforma Tributária surge para resolver esse problema. Ela busca simplificar a cobrança, reduzir custos operacionais e trazer mais previsibilidade para quem trabalha e investe.
Dessa forma, o empreendedor consegue planejar melhor o fluxo de caixa e tomar decisões com mais segurança.
Além disso, a Reforma ajuda a equilibrar a arrecadação entre as regiões do país. Hoje, estados mais ricos concentram boa parte dos impostos.
Com as novas regras, a cobrança acontece no local do consumo, o que distribui melhor os recursos e estimula o crescimento de todos os estados.
O principal objetivo da Reforma Tributária é simplificar o sistema e torná-lo mais justo. Ela unifica tributos e cria regras claras para todos, reduzindo brechas e interpretações diferentes entre estados e municípios.
Na prática, o Brasil quer adotar um modelo mais moderno, inspirado em economias que já usam o IVA (Imposto sobre Valor Agregado). Esse formato evita a cobrança em cascata e garante que o imposto incida apenas sobre o valor final do produto ou serviço.
Com isso, a Reforma Tributária busca melhorar o ambiente de negócios, atrair investimentos e reduzir a burocracia. Para o empreendedor, isso representa menos tempo com papelada e mais tempo para focar no crescimento da empresa.
Muitos empreendedores querem saber quando as novas regras entram em vigor e como será o processo de adaptação.
O governo definiu um cronograma detalhado para garantir uma transição gradual e segura.
Agora, você verá o passo a passo da implementação da Reforma Tributária e o que precisa estar pronto até o início das novas cobranças.
Confira agora!
A Reforma Tributária começa em 2026, com um período de transição que vai até 2033. Veja com a gente como funcionará o calendário:
- 2026: início da fase de testes, com alíquotas simbólicas de 0,9% para a CBS e 0,1% para o IBS;
- 2027: a CBS entra em vigor de forma definitiva, substituindo PIS e Cofins;
- 2029 a 2032: transição gradual entre ICMS e ISS para o novo IBS;
- 2033: novo sistema tributário totalmente implementado.
Esse cronograma permite que empresas e governos se adaptem sem impacto abrupto na arrecadação.
💡Leia mais no ClickNotas: Reforma Tributária: o que muda e cronograma tributário até 2033
H3. O que significa 2026 ser o ano teste?
O ano de 2026 funcionará como uma etapa de simulação.
Nesse período, empresas e órgãos públicos testarão o novo sistema, ou seja, irão emitir notas fiscais e apurar impostos nos moldes da Reforma Tributária, mas com alíquotas muito baixas.
A ideia é ajustar o sistema, identificar falhas e preparar os contribuintes para a nova forma de recolher tributos.
Assim, todos terão tempo para adaptar sistemas, treinar equipes e revisar processos antes da mudança definitiva.
O que precisa estar pronto para 2026?
Na prática, empresas precisam se preparar para o início da transição, que é o que começará em 2026.
Para isso, veja o que é preciso fazer a partir desta data:
- Atualizar o ERP para emitir notas fiscais com os novos campos de CBS e IBS.
- Revisar cadastros de produtos e serviços, já que os códigos tributários mudarão.
- Treinar a equipe contábil e fiscal sobre o novo modelo de apuração.
- Planejar o fluxo de caixa, considerando a convivência temporária entre impostos antigos e novos.
Esses ajustes garantem que o negócio entre em 2026 pronto para operar dentro das novas regras da Reforma Tributária.
O que é o modelo IVA Dual e como ele funciona?
O IVA Dual é o coração da Reforma Tributária e explica a nova forma de cobrar impostos no Brasil.
Em resumo, ele unifica tributos e cria um sistema mais simples e transparente.
Vem com a gente entender o que significa o IVA Dual, como ele funciona na prática e por que o Brasil escolheu esse formato em vez de um modelo único.
💡Saiba mais no ClickNotas: Reforma Tributária: saiba quais impostos serão extintos e quais os substituirão
O que significa “IVA Dual”?
O termo IVA Dual significa que o Brasil adotará dois Impostos sobre Valor Agregado. Um será federal, chamado CBS (Contribuição sobre Bens e Serviços), e o outro será estadual e municipal, chamado IBS (Imposto sobre Bens e Serviços).
Esse modelo mantém a autonomia dos entes federativos, mas segue o mesmo princípio: simplificar a cobrança e acabar com a sobreposição de tributos.
Como o IVA muda o sistema de cobrança de impostos no Brasil?
O IVA muda a forma como o país cobra impostos sobre o consumo. Hoje, cada etapa da produção paga tributos diferentes, o que gera cobrança em cascata e aumenta o preço final.
Com o IVA, o imposto será cobrado apenas sobre o valor agregado em cada fase da cadeia. Isso evita a bitributação e deixa os preços mais transparentes.
Na prática, o empreendedor ganha clareza sobre quanto paga de imposto e consegue fazer uma gestão tributária mais eficiente, com crédito garantido em todas as etapas da operação.
Quais são as diferenças entre CBS e IBS dentro do IVA Dual?
A CBS será federal e substituirá PIS e Cofins. Já o IBS será gerido por estados e municípios, substituindo ICMS e ISS. Nesse sentido, a principal diferença está na origem da arrecadação:
- A CBS segue regras definidas pelo governo federal;
- O IBS terá gestão compartilhada entre estados e municípios por meio de um comitê gestor.
Apesar disso, ambos funcionarão de forma semelhante, com base ampla, crédito financeiro e cobrança no destino da mercadoria ou serviço.
Por que o Brasil escolheu o modelo dual, e não o IVA único?
O Brasil escolheu o modelo dual para respeitar o pacto federativo. Como o país tem impostos cobrados por diferentes níveis de governo, um IVA único exigiria centralizar toda a arrecadação em Brasília, o que geraria disputas políticas.
O formato dual permite simplificação sem eliminar a autonomia dos estados e municípios.
Assim, a Reforma Tributária traz um sistema moderno e unificado, mas mantém o equilíbrio entre os entes da federação.
CBS – Contribuição sobre Bens e Serviços
A CBS é um dos pilares da Reforma Tributária e vai substituir tributos federais que hoje complicam a rotina das empresas.
Nesse sentido, o objetivo dela é trazer mais clareza sobre o quanto se paga e simplificará a apuração.
Aqui, você vai descobrir o que é a CBS, quais impostos ela substitui e como a cobrança vai funcionar no dia a dia do seu negócio.
Confira!
O que é a CBS?
A CBS, sigla para Contribuição sobre Bens e Serviços, é um dos novos tributos criados pela Reforma Tributária.
Ela unifica o PIS e a Cofins em um único imposto federal sobre o consumo.
Na prática, o objetivo é simplificar a cobrança e reduzir a burocracia para empresas de todos os portes.
Quais impostos a CBS substitui?
A CBS substitui o PIS e a Cofins, que hoje têm regras diferentes e complexas.
Com a unificação, o governo cria um sistema mais simples, com uma base de cálculo única e menos obrigações acessórias.
Na prática, isso facilita o trabalho de quem emite notas fiscais e apura tributos mensalmente.
Como será feita a cobrança da CBS?
A cobrança da CBS acontecerá em cada etapa da cadeia de produção e venda, mas de forma não cumulativa.
Isso significa que a empresa pagará apenas sobre o valor agregado, ou seja, sobre o que ela realmente acrescentou ao produto ou serviço. Assim, o imposto pago nas compras vira crédito e reduz o valor a recolher nas vendas.
Exemplo: se uma loja compra um produto por R$ 100 e o revende por R$ 150, ela pagará CBS apenas sobre R$ 50.
Quais empresas precisarão recolher a CBS?
Todas as empresas que hoje recolhem PIS e Cofins passarão a recolher a CBS.
Isso inclui negócios do Lucro Real, Lucro Presumido e Simples Nacional, com regras específicas para cada caso.
Já os microempreendedores (MEI) continuam com tratamento simplificado, mas precisarão se atentar às mudanças na emissão de notas e apuração.
A CBS permitirá crédito integral sobre insumos?
Sim. A CBS permitirá crédito financeiro integral sobre todos os insumos utilizados pela empresa, inclusive despesas com energia elétrica, aluguéis e serviços.
Essa é uma das maiores vantagens do novo modelo, pois reduz o custo tributário e evita distorções comuns no sistema atual.
Quais são as alíquotas previstas para a CBS?
A alíquota estimada da CBS será de 9,25%, conforme projeções do mercado. Mas é importante lembrar que esse valor pode variar durante a fase de transição até a consolidação do novo sistema.
As alíquotas exatas ainda serão definidas por Lei Complementar. O governo, por sua vez, projeta uma alíquota de referência total (soma da CBS e IBS) que ficará em torno de 26,5% a 27,5%, calculada para manter a carga tributária atual, sem aumentos.
A ideia é manter a carga tributária neutra, sem aumentar o peso total para as empresas, apenas tornando o processo mais simples e transparente.
IBS – Imposto sobre Bens e Serviços
O IBS é o novo imposto que unifica os tributos estaduais e municipais.
Nesse sentido, ele busca acabar com a confusão entre as regras de ICMS e ISS, criando um modelo único de arrecadação.
Nos próximos tópicos, você verá como o IBS será gerido, como funcionará o Comitê Gestor e o que muda para as empresas em relação às alíquotas e à fiscalização.
Aprenda com a gente!
O que é o IBS?
O IBS, sigla para Imposto sobre Bens e Serviços, é o novo tributo que substituirá impostos estaduais e municipais dentro da Reforma Tributária.
Ele vai incidir sobre o consumo de produtos e serviços, seguindo o mesmo modelo de cobrança da CBS, mas com gestão compartilhada entre estados e municípios.
Quais impostos ele substitui?
O IBS substituirá o ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) e o ISS (Imposto sobre Serviços).
Assim, os dois tributos deixam de ter legislações separadas, o que elimina conflitos e simplifica o dia a dia das empresas.
O que é o Comitê Gestor do IBS?
O Comitê Gestor do IBS será o órgão responsável por administrar o imposto. Ou seja, ele cuidará da arrecadação, da distribuição da receita e da criação de regras únicas para todo o país.
Com isso, as empresas terão um sistema padronizado, sem precisar seguir legislações diferentes em cada estado ou cidade
Quem fará parte do Comitê Gestor?
O Comitê Gestor contará com representantes dos estados, do Distrito Federal e dos municípios.
Serão esses membros que decidirão juntos as regras de funcionamento do IBS.
Nesse sentido, essa composição garante equilíbrio entre os entes federativos e evita disputas por arrecadação, comuns no sistema atual.
Quais são as alíquotas do IBS?
As alíquotas do IBS ainda estão em definição, mas cada estado e município poderá definir seu percentual dentro de limites nacionais.
A expectativa é que a alíquota final seja próxima à soma do ICMS e ISS atuais para manter a carga tributária total estável durante a transição.
Como o IBS será dividido entre estados e municípios?
O IBS seguirá o princípio do destino, ou seja, o imposto será arrecadado no local onde o produto ou serviço for consumido.
Na prática, isso corrige desigualdades regionais e favorece o desenvolvimento de estados e cidades com maior atividade comercial e de serviços.
Como será a fiscalização e o recolhimento do IBS?
A fiscalização e o recolhimento do IBS acontecerão de forma unificada e 100% digital.
As empresas recolherão o imposto em um sistema nacional, que automaticamente repassará os valores aos estados e municípios.
Essa padronização reduz erros e simplifica o processo para quem emite notas fiscais diariamente.
IS – Imposto Seletivo
O Imposto Seletivo (IS) é o novo tributo criado para desestimular o consumo de produtos nocivos à saúde e ao meio ambiente.
Ele também substitui o antigo IPI, mas com uma função mais regulatória do que arrecadatória.
Para entender tudo sobre ele, preparamos algumas respostas sobre quais produtos o IS atinge, como ele será cobrado e qual o papel dele dentro da Reforma Tributária.
Confira com a gente!
O que é o Imposto Seletivo e por que ele foi criado?
O Imposto Seletivo (IS) é um novo tributo criado pela Reforma Tributária para desestimular o consumo de produtos que fazem mal à saúde ou ao meio ambiente.
O governo o classifica como um imposto de caráter regulatório, e não apenas arrecadatório.
Ele serve para equilibrar o impacto social e ambiental de alguns setores e incentivar escolhas mais sustentáveis por parte das empresas e dos consumidores.
Quais produtos serão tributados pelo IS?
O IS incidirá sobre produtos considerados nocivos à saúde ou à natureza, como:
- cigarros e outros derivados do tabaco;
- bebidas alcoólicas;
- combustíveis fósseis;
- automóveis e aeronaves;
- produtos com alto potencial poluente.
O governo ainda pode incluir outros itens na lista ao longo da implementação da Reforma Tributária.
O Imposto Seletivo substitui algum tributo atual?
O Imposto Seletivo substitui o IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados), que será extinto com a Reforma.
No entanto, o IS terá foco mais restrito e incidirá apenas sobre produtos específicos, com o objetivo de corrigir impactos negativos e incentivar boas práticas.
Distribuidoras de bebidas e fabricantes de cigarros serão afetadas?
Sim. Esses setores estão entre os mais afetados pela criação do IS.
Afinal, fabricantes de cigarros, bebidas alcoólicas e combustíveis devem ter aumento na tributação. Até porque o objetivo é desestimular o consumo e compensar o custo que esses produtos geram ao sistema de saúde e ao meio ambiente.
Qual é o objetivo do Imposto Seletivo na economia?
O IS busca mudar comportamentos de consumo e promover responsabilidade social.
Em vez de apenas arrecadar, ele atua como uma ferramenta de política pública, incentivando o uso de produtos menos prejudiciais.
Essa lógica já existe em países da Europa e nos Estados Unidos, com bons resultados em sustentabilidade e saúde pública.
O IS gera crédito tributário?
Não. O Imposto Seletivo não gera crédito tributário dentro do modelo de IVA Dual.
Isso significa que o valor pago pelo IS não pode ser compensado na apuração de outros impostos, como a CBS ou o IBS.
Essa característica reforça o caráter regulatório e restritivo do tributo.
Impacto na prática: o que muda para sua empresa
Como vimos, a Reforma Tributária afeta diretamente o dia a dia de quem empreende.
Isso porque ela altera regras, extingue impostos e redefine a forma de calcular e recolher tributos.
Por isso, nesta parte, você vai descobrir como cada tipo de empresa será impactado, especialmente quem está no Simples Nacional, e o que precisa ser feito para se adaptar ao novo modelo.
Vem com a gente!
A Reforma Tributária mantém o Simples Nacional, mas traz novas possibilidades para as empresas. Quem quiser, poderá recolher o IBS e a CBS separadamente, fora do DAS, para repassar créditos aos clientes.
Nesse contexto, isso pode ser vantajoso para empresas que vendem para grandes contribuintes, já que o crédito tributário aumenta a competitividade.
Na prática, o empreendedor precisará avaliar se vale a pena permanecer no modelo atual ou migrar para essa opção híbrida. Ou seja, o contador e o sistema de gestão terão papel essencial nesse planejamento.
A Substituição Tributária deixará de existir no novo sistema, mas não imediatamente.
Isso vai acontecer por completo quando o ICMS deixar de existir, que acontece ao final do período de transição, ou seja, 2033.
Agora, na prática, o IBS será cobrado no destino, o que elimina a necessidade de antecipar o imposto nas cadeias de produção e revenda. Isso simplifica a rotina fiscal e reduz conflitos entre estados.
Com o fim da ST, as empresas ganham mais previsibilidade, já que o imposto será calculado diretamente sobre o valor final da operação.
Como ficam os créditos de ICMS acumulados?
Os créditos de ICMS acumulados não serão perdidos.
Ou seja, a Reforma Tributária garante o direito de usá-los ao longo da transição. Assim, as empresas poderão compensar esses valores com o IBS, em parcelas mensais, durante até 20 anos.
Essa regra evita prejuízos para quem acumulou crédito em períodos anteriores e assegura uma adaptação gradual ao novo modelo.
Os benefícios fiscais do ICMS e ISS deixarão de existir.
Em contrapartida, os estados receberão um Fundo de Compensação para cobrir perdas temporárias.
Alguns setores estratégicos, como saúde, educação e agronegócio, continuarão com regimes diferenciados.
Nesse sentido, empresas que dependem de incentivos fiscais devem revisar contratos e planejar como operar sem essas vantagens.
Os setores de serviços e varejo sentirão o impacto mais rápido, pois o IBS tende a ter alíquotas mais altas do que o atual ISS.
Já a indústria será beneficiada, com o fim da cumulatividade e crédito em toda a cadeia de produção.
Mesmo com as diferenças, todos os segmentos ganharão em transparência e simplificação tributária.
Como ficam as importações e exportações?
As exportações continuarão isentas, com direito a crédito integral sobre os insumos utilizados.
Já as importações serão tributadas no destino, o que garante concorrência justa com os produtos nacionais.
Essa mudança favorece o equilíbrio entre empresas brasileiras e estrangeiras, reduzindo distorções no comércio internacional.
As empresas precisam agir antes que as novas regras entrem em vigor. Veja o que fazer:
- Atualize o ERP para incluir os novos tributos (CBS e IBS);
- Revise cadastros fiscais e códigos de produtos;
- Capacite sua equipe contábil sobre o novo modelo de apuração;
- Simule cenários para avaliar o impacto no preço final e no fluxo de caixa.
A preparação antecipada garante transição tranquila e reduz riscos fiscais durante a implementação da Reforma Tributária.
Mudanças operacionais: o que muda no seu ERP
Além das mudanças legais, a Reforma Tributária traz ajustes operacionais que exigem atenção.
Ou seja, sistemas de gestão e emissão de notas precisarão estar atualizados para funcionar dentro das novas regras.
Pensando nisso, você verá agora o que muda nas notas fiscais, nos códigos tributários e como o ERP GestãoClick vai ajudar sua empresa durante a transição.
O que muda na emissão de Notas Fiscais (NF-e e NFC-e)?
A Reforma Tributária vai alterar a forma de emitir notas fiscais.
Agora, as NF-e e NFC-e passarão a incluir os novos campos de IBS e CBS, que substituirão os antigos ICMS, PIS, Cofins e IPI.
Nesse sentido, o cálculo do imposto será mais simples e direto, com destaque dos valores “por fora” na nota.
Na prática, o empreendedor precisará garantir que o sistema emissor esteja atualizado. Um ERP moderno, como o GestãoClick, automatiza essa adaptação e evita erros na apuração dos novos tributos.
A Nota Fiscal de Serviço (NFS-e) será unificada?
Sim. A NFS-e terá um padrão nacional, o que elimina as diferenças entre os mais de 5.500 modelos existentes nos municípios.
Essa unificação facilita o dia a dia dos prestadores de serviço e reduz falhas na emissão.
Com o novo formato, o empreendedor não precisará lidar com regras específicas de cada cidade, o que torna a rotina fiscal muito mais prática e previsível.
O que é o cClassTrib (novo código de classificação tributária)?
O cClassTrib é o novo código de classificação tributária criado pela Reforma Tributária.
Ele substituirá o atual CST e servirá para identificar a situação fiscal de cada produto ou serviço.
Esses códigos determinarão a alíquota aplicável e o tipo de tributação de cada item. Por isso, os cadastros no ERP precisam estar corretos e atualizados, garantindo que as notas sejam emitidas de forma adequada.
O que é o Split Payment (Pagamento Dividido)?
O Split Payment é um novo modelo de pagamento em que o valor da venda é dividido automaticamente entre empresa e governo.
Nesse sentido, quando o cliente paga, o sistema direciona o imposto (IBS e CBS) direto para o Comitê Gestor, e o restante vai para o vendedor.
Esse modelo reduz fraudes e facilita o recolhimento dos tributos. Um ERP atualizado faz essa separação de forma automática, sem interferir no fluxo de caixa da empresa.
O que é a Apuração Assistida?
A Apuração Assistida é uma ferramenta do novo sistema que permite ao fisco calcular antecipadamente o valor do imposto devido.
O empresário receberá esse cálculo pronto, poderá conferir e corrigir, e depois confirmar o pagamento.
Esse processo torna o controle tributário mais seguro e reduz erros. Com a automação certa, o empresário acompanha tudo em tempo real, sem precisar fazer cálculos manuais.
Como o ERP GestãoClick ajudará nessa transição?
O GestãoClick está em preparação avançada para as mudanças trazidas pela Reforma Tributária.
O sistema está sendo ativamente adaptado para assim que as regras finais forem publicadas, sua empresa possa:
- Emitir notas fiscais com IBS e CBS;
- Adotar o novo cClassTrib;
- Gerenciar o Split Payment;
- Gerar relatórios compatíveis com a Apuração Assistida.
Algumas dessas atualizações já estão funcionando, principalmente as que são necessárias para o início do período de teste em 2026. Quanto a isso, não precisa se preocupar!
Algumas outras virão no momento em que o Governo Federal liberar as atualizações ou que forem necessárias de acordo com o calendário da Reforma Tributária.
Além disso, o ERP centraliza todas as informações fiscais em um só lugar, o que facilita a adaptação da empresa ao novo modelo e garante conformidade com a legislação.
E para as pessoas: cashback e preços
Por fiim, a Reforma Tributária também tem o objetivo de trazer benefícios diretos para o consumidor.
Afinal, o governo quer tornar o sistema mais justo e devolver parte dos impostos pagos por famílias de baixa renda.
Por isso, nesta última parte, você vai entender como funciona o cashback tributário e o que muda nos preços dos produtos e serviços no dia a dia.
Confira com a gente!
O cashback da Reforma Tributária é a devolução de parte dos impostos pagos pelos consumidores de baixa renda.
O objetivo é tornar o sistema mais justo, já que quem ganha menos acaba pagando proporcionalmente mais impostos sobre consumo.
Na prática, o governo devolverá uma parte do IBS e da CBS para famílias cadastradas em programas sociais, como o CadÚnico.
Nesse sentido, esse reembolso acontecerá de forma automática, direto na conta vinculada ao CPF do consumidor.
Com isso, a Reforma reduz desigualdades e garante que o peso dos impostos não recaia de forma desproporcional sobre as famílias mais vulneráveis.
O que muda para o consumidor final? Os preços vão subir?
A Reforma Tributária não tem como meta aumentar os preços. O governo projeta neutralidade na carga tributária, ou seja, o total arrecadado continuará o mesmo.
O que muda é a forma de cobrança, que ficará mais transparente e previsível.
Na prática, alguns produtos e serviços podem ficar mais caros, enquanto outros podem baratear. Isso dependerá da cadeia produtiva e do crédito de impostos gerado em cada etapa.
O grande avanço está na transparência: o consumidor passará a ver nas notas fiscais quanto paga de imposto em cada compra.
Essa clareza ajuda o cidadão a entender melhor o impacto tributário e estimula escolhas mais conscientes.
A Reforma Tributária representa um novo ciclo para as empresas brasileiras. Ela promete simplificar o sistema, reduzir burocracias e trazer mais clareza para quem empreende.
Mas, para aproveitar todos os benefícios dessa mudança, o primeiro passo é ter um ERP preparado para o futuro tributário do país.
O GestãoClick já está em constante atualização para atender às novas exigências fiscais e facilitar a adaptação das empresas.
Com ele, você garante uma transição segura e mantém todas as operações em conformidade com as regras da Reforma Tributária. Tudo isso porque ele:
- Emite NF-e, NFC-e e NFS-e com os novos tributos IBS e CBS;
- Controla o Split Payment, separando o valor do imposto no momento da venda;
- Gera relatórios completos;
- Oferece suporte humanizado e treinamento para sua equipe entender as novas regras.
Com o GestãoClick, você reduz riscos, evita multas e mantém o controle total da rotina fiscal da sua empresa.
Assim, enquanto a legislação muda, o seu negócio continua crescendo com segurança e eficiência.Teste grátis por 10 dias e descubra como o GestãoClick simplifica a sua gestão na era da Reforma Tributária.