Crédito Tributário: o que é, como recuperar valores e o que muda na Reforma [Guia 2025/2026]

Atualizado em | 20 min de leitura

Neste guia, você entende o que é crédito tributário, como ele funciona e como usá-lo para reduzir impostos. Também vê o impacto da Reforma e aprende cuidados essenciais para evitar multas.

20 min

O crédito tributário ganhou força nos últimos anos, e os números mostram isso de forma clara. 

Até outubro de 2025, a Receita Federal recuperou mais de R$ 22 bilhões por meio da Transação Tributária, e esse movimento acende um alerta importante para qualquer empreendedor. 

Quando o Fisco intensifica a recuperação de valores, você precisa entender como os créditos funcionam para evitar problemas e aproveitar oportunidades que passam despercebidas.

Essa mudança mostra que o governo aposta na conformidade e no diálogo, mas também reforça a necessidade de organização fiscal. Enquanto a Receita recupera bilhões, muitas empresas ainda deixam dinheiro na mesa por falta de informação, por erros simples nas notas fiscais ou por não entender as regras de crédito. 

Por isso, conhecer o tema virou não só uma vantagem, mas também uma proteção para o seu negócio.

Ao longo deste conteúdo, você vai entender o crédito tributário de forma simples, prática e acessível. Você aprende o que ele significa na lei, como usar na rotina e o que muda com a Reforma Tributária. 

O objetivo é ajudar você a evitar riscos, reconhecer oportunidades de economia e organizar a gestão fiscal da sua empresa com mais segurança.

Vem com a gente!

O que é Crédito Tributário? (entenda os dois lados da moeda)

O crédito tributário é um valor que pode representar duas situações diferentes no dia a dia das empresas: um valor que o governo tem direito de cobrar ou um valor que a sua empresa pode usar para pagar menos impostos. 

Essa diferença confunde muitos empreendedores e, por isso, entender os dois lados ajuda você a evitar erros e a aproveitar oportunidades reais.

Quando você conhece esses dois significados, você entende melhor o funcionamento dos impostos e parte para decisões mais seguras. 

Além disso, essa clareza evita sustos com cobranças inesperadas e abre espaço para uma gestão mais estratégica.

Vem com a gente entender esses dois lados do crédito tributário de forma simples. Assim, você passará a saber como tudo funciona e identificará onde sua empresa pode economizar dinheiro sem complicação.

💡Leia também no Blog da ClickNotas: Crédito Tributário: o que é e o que gera

Crédito Tributário para o Governo (definição do CTN): o lado jurídico

O crédito tributário, no lado jurídico, representa o valor que o governo tem direito de cobrar depois que acontece um fato que gera determinado imposto. 

O Código Tributário Nacional chama esse processo de “lançamento”, que é o momento em que o governo formaliza a cobrança do tributo.

Para deixar claro, pense no IPTU como exemplo. Você compra um imóvel e, depois disso, recebe o boleto na sua casa. 

Esse boleto mostra que o crédito tributário existe e que você precisa pagar aquele valor dentro do prazo.

Esse lado jurídico envolve regras como:

  • quando o crédito nasce;
  • quando o governo pode cobrar;
  • quando a cobrança pode parar;
  • quando a dívida deixa de existir.

Trouxemos esse lado porque muitos empreendedores confundem essa parte e acreditam que crédito tributário sempre significa dinheiro de volta, mas nem sempre funciona desse jeito.

Crédito Tributário para a sua empresa: o crédito que reduz impostos

No dia a dia das empresas, o crédito tributário tem outro significado. Aqui, ele representa o valor que você pode usar para diminuir os impostos que paga. 

Esse uso acontece principalmente em tributos que seguem o princípio da não-cumulatividade, como ICMS, PIS, COFINS e IPI.

Para ficar claro, imagine uma loja que compra um produto com imposto embutido. Esse imposto vira um crédito tributário. Quando a loja vende esse produto, ela usa esse crédito para pagar menos imposto na operação seguinte. 

Na prática, esse crédito deixa o fluxo de caixa mais leve e melhora a saúde financeira do negócio.

Esse é o lado que mais interessa ao pequeno empreendedor. Afinal, ele mostra onde existe economia real e permite que você recupere valores pagos a mais, organize a gestão fiscal e reduza custos de forma legal. 

Mais adiante, explicamos como identificar esses créditos e como evitar erros que fazem muitas empresas perder dinheiro sem perceber.

Como funciona o Crédito Tributário na prática empresarial?

O crédito tributário funciona como um abatimento legal que reduz os impostos da sua empresa e melhora o fluxo de caixa. Na prática, ele surge quando você paga imposto na compra de um produto ou serviço e usa esse valor para diminuir o imposto na venda. 

Essa lógica ajuda o pequeno empreendedor a evitar cobranças em cascata e a pagar apenas o que realmente deve.

Quando você entende esse funcionamento, você identifica oportunidades de economia que passam despercebidas no dia a dia. 

Além disso, você organiza melhor suas notas fiscais, conversa com mais segurança com seu contador e evita erros que geram multas.

Vem com a gente entender melhor sobre isso!

O princípio da não-cumulatividade (exemplo com cadeia produtiva)

O princípio da não-cumulatividade evita que sua empresa pague imposto duas vezes sobre a mesma operação. 

Esse princípio cria o crédito tributário que você usa para reduzir o valor do tributo na etapa seguinte da cadeia. Ele aparece principalmente no ICMS, no IPI, no PIS e na COFINS.

Para ficar claro, imagine este exemplo: uma fábrica compra couro por R$ 100 e paga R$ 10 de imposto. Depois, ela produz um sapato e vende por R$ 200, com imposto de R$ 20. Como ela já pagou R$ 10 na compra, ela usa esse crédito e paga só os R$ 10 restantes na venda. 

Na prática, isso reduz o custo e deixa a operação mais justa.

Dessa forma, esse princípio ajuda o empreendedor a manter preços competitivos. Além disso, ele incentiva um controle melhor das notas fiscais, porque cada nota vale dinheiro no caixa quando você usa o crédito tributário do jeito certo.

Recuperação de tributos pagos a maior (como funciona e quando é possível)

A recuperação acontece quando a empresa paga imposto a mais e tem direito de receber esse valor de volta. 

Esse processo cria um crédito tributário que você usa para compensar outros tributos ou solicitar restituição. 

Nesse sentido, o direito aparece quando existe erro de cálculo, interpretação incorreta da regra ou cobrança indevida.

Você encontra créditos recuperáveis em situações comuns, como:

  • pagamento duplicado de imposto;
  • classificação errada de produto;
  • enquadramento fiscal incorreto;
  • recolhimento maior do que o necessário por falta de orientação.

Esse tipo de recuperação ajuda o pequeno empreendedor a recuperar dinheiro que já saiu do caixa. 

Além disso, ele incentiva uma rotina fiscal mais organizada, porque você identifica erros mais rápido e evita perder prazos.

O caso do Simples Nacional: créditos, restrições e o impacto do regime monofásico

O Simples Nacional funciona de um jeito diferente. Nesse regime, o crédito tributário quase nunca aparece como abatimento comum, porque o empreendedor paga impostos em uma guia única e já simplificada. 

Mesmo assim, existem situações específicas em que você pode encontrar oportunidades reais de economia.

Essas oportunidades aparecem principalmente no regime monofásico do PIS e da COFINS. Nesse modelo, a indústria paga tudo na origem e o comércio não paga nada na revenda. 

Porém, muitos empreendedores do Simples pagam imposto sem perceber ao vender produtos monofásicos, e isso gera chances de recuperar valores.

Por isso, você precisa entender o tipo de produto que você vende e o imposto que ele carrega. Essa clareza evita recolhimento indevido e cria um uso mais eficiente das notas fiscais. 

Além disso, você conversa com mais segurança com o contador e garante que nenhum crédito tributário passe despercebido.

💡Leia também: Guia de faturamento Simples Nacional: tudo o que você precisa saber [2025/2026]

Quais tributos geram crédito hoje? (guia rápido antes da Reforma)

Os tributos que geram crédito tributário hoje são principalmente o ICMS, o IPI, o PIS, a COFINS e, em raros casos, o ISS. Esses tributos permitem que a sua empresa use créditos para reduzir o valor dos impostos a pagar, desde que você cumpra as regras de cada regime. 

Por isso, saber quais deles geram crédito ajuda você a identificar oportunidades reais de economia.

Com essa clareza, você entende onde o crédito nasce, como ele funciona na prática e quais notas fiscais precisam de mais atenção. 

Além disso, esse conhecimento diminui bastante os erros comuns que fazem muitos empreendedores perderem dinheiro no dia a dia.

Agora, explicamos como cada tributo funciona para você entender quais créditos podem entrar na rotina da sua empresa antes das mudanças da Reforma Tributária.

Vem com a gente!

ICMS: operações de compra e circulação de mercadorias

O ICMS gera crédito tributário quando a sua empresa compra mercadorias, insumos ou materiais ligados à atividade comercial ou industrial. 

Esse crédito aparece porque o imposto segue o princípio da não-cumulatividade e permite o abatimento do ICMS pago na compra.

Para deixar mais claro, imagine uma loja que compra um produto com ICMS destacado na nota. Esse valor vira crédito e reduz o imposto devido quando a loja vende esse produto. Isso deixa a operação mais equilibrada e diminui o custo final.

Nesse sentido, você encontra créditos de ICMS em situações comuns, como:

  • compra de mercadorias para revenda;
  • aquisição de insumos para produção;
  • energia elétrica, em alguns casos;
  • fretes que acompanham a mercadoria.

Esse entendimento ajuda você a não ignorar créditos importantes e a organizar melhor as notas de entrada.

IPI: créditos do processo industrial

O IPI gera crédito tributário quando a empresa participa de um processo industrial e utiliza matérias-primas, produtos intermediários ou materiais de embalagem. 

Como o imposto incide sobre a industrialização, o crédito surge em cada etapa da produção.

Imagine uma fábrica que compra embalagens para finalizar um produto. O IPI pago nessa compra vira crédito e reduz o valor do imposto na saída. 

Esse mecanismo deixa o processo mais justo e protege a empresa do acúmulo de impostos ao longo da cadeia.

Esse tipo de crédito aparece apenas em operações industriais. Por isso, quem atua no comércio normalmente não encontra créditos de IPI no dia a dia.

PIS e COFINS: crédito apenas no regime não cumulativo (Lucro Real)

O PIS e a COFINS geram crédito tributário apenas para empresas que usam o regime não cumulativo, geralmente enquadradas no Lucro Real. Esse modelo permite que a empresa desconte parte dos valores pagos em despesas essenciais para a atividade.

Você encontra créditos de PIS e COFINS em despesas como:

  • insumos usados na operação;
  • energia elétrica;
  • aluguel;
  • depreciação de máquinas;
  • fretes relacionados à compra ou venda.

Esse benefício não aparece para empresas do Simples Nacional e quase nunca se aplica ao Lucro Presumido. Por isso, você precisa conferir o regime tributário antes de buscar esses créditos.

ISS: quando pode gerar crédito (casos excepcionais)

O ISS raramente gera crédito tributário. Isso acontece porque o imposto incide sobre serviços e não segue o princípio da não-cumulatividade. 

Mesmo assim, alguns municípios permitem créditos em situações específicas, como quando existe um regime especial de tributação.

Essas exceções surgem em atividades que envolvem prestação de serviços com estrutura complexa. Nesses casos, o município pode autorizar o uso de créditos em contratos maiores ou operações reguladas.

Por isso, você precisa verificar a legislação da sua cidade e confirmar se existe algum benefício disponível. 

A parte técnica essencial: Constituição, Suspensão e Extinção do Crédito Tributário (CTN de forma simples)

A parte técnica do crédito tributário aparece no Código Tributário Nacional (CTN) e explica quando o crédito nasce, quando a cobrança pausa e quando a dívida acaba. 

Essas regras ajudam você a entender como o governo formaliza a cobrança de um imposto e como esse processo influencia a sua empresa. Por isso, conhecer esses conceitos evita sustos e permite decisões mais seguras.

O CTN trata desses pontos nos artigos 142, 151 e 156, e vamos explicar cada um deles com exemplos simples para você entender como o crédito funciona na prática, mesmo sem conhecimento jurídico. 

Vem com a gente!

Como o crédito surge: o lançamento tributário (por homologação e de ofício)

O crédito tributário surge no momento do lançamento, como explica o artigo 142 do CTN. 

Esse lançamento identifica o fato gerador, calcula o imposto e informa quem deve pagar. Ou seja, ele funciona como a “criação oficial” da cobrança. Sem lançamento, o crédito não existe.

O CTN traz duas formas de lançamento que você encontra no dia a dia:

  • Lançamento por homologação: você calcula e paga o imposto, e o Fisco confirma depois (como acontece no ICMS, no PIS e na COFINS);
  • Lançamento de ofício: o governo calcula e cobra quando identifica um erro ou falta de pagamento.

Para deixar claro, imagine o ICMS. A empresa calcula o imposto e paga todo mês. Esse pagamento só vira definitivo quando o Fisco confere e homologa. 

Já na multa por atraso do IPVA, o governo faz o cálculo direto e envia a cobrança. As duas situações mostram como o crédito tributário nasce.

Quando a cobrança “pausa”: suspensão da exigibilidade

A suspensão da exigibilidade aparece no artigo 151 do CTN e explica quando a cobrança do crédito tributário para temporariamente. 

Nesse caso, a dívida continua existindo, mas o governo não pode cobrar até que a situação se resolva. 

Na prática, essa pausa ajuda o contribuinte a se defender ou organizar o pagamento.

O CTN lista situações bem comuns para pequenas empresas, como:

  • parcelamento do débito;
  • liminar judicial;
  • processo administrativo quando você contesta a cobrança;
  • depósito do valor para discutir o imposto.

Pense no parcelamento: quando você negocia uma dívida, a cobrança pausa enquanto você cumpre as parcelas. 

Essa suspensão ajuda a evitar multas maiores e protege você de ações mais duras, como inscrição em dívida ativa.

Quando a dívida acaba: extinção e exclusão do crédito tributário

A extinção do crédito tributário aparece no artigo 156 do CTN e mostra quando a dívida realmente acaba. Isso acontece em situações como pagamento, compensação, prescrição e decisão definitiva. Quando a extinção ocorre, o governo perde o direito de cobrar o valor.

A lei também prevê a exclusão, citada nos artigos 175 e 176. Essa exclusão aparece em casos de isenção e anistia

A isenção dispensa o pagamento do tributo, impedindo que o crédito seja constituído (lançado). Anistia elimina multas e penalidades ligadas ao crédito. Esses benefícios dependem de leis específicas.

Para deixar simples:

  • extinção encerra a dívida que já existe;
  • exclusão impede que a cobrança seja formalizada.

Com esse entendimento, você interpreta notificações fiscais com mais clareza e toma decisões rápidas no dia a dia.

O que muda com a Reforma Tributária nos créditos das empresas?

A Reforma Tributária muda a forma como o crédito tributário funciona e cria regras mais claras para as empresas aproveitarem créditos de impostos. Ela substitui tributos atuais, amplia o direito ao crédito e acelera o ressarcimento. 

Por isso, entender essas mudanças ajuda você a se preparar e a aproveitar melhor os créditos nos próximos anos.

Essas mudanças tornam o sistema mais simples e reduzem distorções que prejudicam pequenos negócios. Assim, você paga apenas o necessário e organiza suas operações com mais previsibilidade. 

Além disso, o novo modelo evita acúmulo de créditos difíceis de usar, algo comum hoje.

Entenda melhor agora como fica o crédito diante das mudanças da Reforma e saiba como resguardar todo o seu processo. 

💡Saiba mais sobre o tema: Reforma Tributária: o que é, quais as mudanças e impactos

💡Para ficar por dentro de tudo, acesse: Reforma Tributária: todas as perguntas respondidas

💡Dicionário da Reforma Tributária: todos os termos que você precisa saber

Fim de PIS/Cofins/ICMS/IPI/ISS e chegada do IBS e CBS

A Reforma acaba com cinco tributos: PIS, Cofins, ICMS, IPI e ISS. No lugar deles, surgem dois impostos: o CBS (federal) e o IBS (estadual e municipal). 

Essa mudança simplifica o sistema e cria regras únicas para formação do crédito tributário, algo que diminui conflitos e erros muito comuns.

Com essa unificação, você não precisa interpretar legislações diferentes para cada tributo. O CBS e o IBS seguem a mesma lógica e facilitam o aproveitamento dos créditos, inclusive para pequenos negócios que antes enfrentavam muitas restrições. 

Além disso, essa nova estrutura deixa o ambiente mais previsível. Assim, você ganha mais segurança na apuração, porque o crédito seguirá regras claras e padronizadas. 

💡Entenda também: Quais impostos serão extintos com a Reforma Tributária 2025?

A não-cumulatividade plena: tudo passa a gerar crédito

A Reforma cria a não-cumulatividade plena. Isso significa que quase todos os gastos ligados à atividade da empresa passam a gerar crédito tributário. 

Hoje, muitas despesas não permitem crédito e causam distorções, principalmente em setores de comércio e serviços.

No novo sistema, você encontra créditos em gastos como:

  • energia elétrica;
  • serviços ligados à operação;
  • insumos diversos;
  • bens e despesas essenciais ao negócio.

Essa ampliação permite que pequenos empreendedores usem mais créditos e paguem menos impostos de forma legal. 

Além disso, ela aproxima o Brasil do modelo usado em vários países que adotam o IVA.

💡Leia também: O que é e como irá funcionar o Imposto sobre Valor Agregado (IVA) no Brasil

💡Tributação no destino: o que isso significa?

Ressarcimento mais rápido: o fim dos “créditos podres”

Hoje, muitas empresas acumulam créditos que não conseguem usar. Esses créditos ficam parados por anos, viram “créditos podres” e travam o fluxo de caixa. 

A Reforma resolve esse problema ao criar um sistema de ressarcimento mais rápido e previsível.

O novo modelo estabelece prazos curtos e regras claras para devolver valores quando a empresa acumula crédito tributário. Isso faz com que você não fique preso a processos longos ou decisões inconsistentes entre Estados e Municípios. 

Além disso, o sistema reduz litígios e melhora a eficiência fiscal.

Com essa mudança, você evita acúmulo desnecessário e recebe o valor de volta dentro de um prazo definido, o que ajuda muito no planejamento financeiro.

Transição até 2033: o que acontece com os créditos atuais

A Reforma cria um período de transição até 2033. Durante esse período, você usa os créditos do modelo atual (como ICMS, PIS e Cofins) ao mesmo tempo em que começa a apurar créditos no novo sistema. 

Essa convivência garante uma mudança gradual e reduz impactos no seu negócio.

Você continua usando os créditos atuais até o fim do período. Ao mesmo tempo, você acompanha as regras de transição que definem como esses valores migram para o modelo do IBS e CBS. 

Essa continuidade protege seu caixa e garante que você não perca créditos acumulados.

Por isso, você precisa acompanhar as normas complementares e organizar suas notas com cuidado. 

💡Entenda ainda mais sobre esse período de transição: Reforma tributária 2026: cronograma tributário e o que você precisa saber ainda este ano

Como não perder dinheiro: gestão de créditos tributários na prática

Você não perde dinheiro com crédito tributário quando organiza suas notas fiscais, evita usar créditos indevidos e usa um sistema que reduz erros no dia a dia. 

Esses três pontos formam a base de uma gestão segura e ajudam você a aproveitar todos os créditos que a lei permite. Além disso, eles evitam multas e garantem uma rotina fiscal mais clara.

Quando você entende esses cuidados, você cria processos simples e eficientes. Isso melhora sua relação com o contador e evita prejuízos que muitos empreendedores enfrentam por falta de orientação. 

Assim, você protege seu caixa e mantém tudo em ordem.

Vem com a gente entender como aplicar esses cuidados na prática, de forma que qualquer empresa consegue organizar o crédito tributário de forma segura.

Organização das notas fiscais (XML): o que acontece se você não guardar

Você perde crédito tributário quando não guarda as notas fiscais, porque o Fisco exige o XML para comprovar cada crédito. 

Sem esse arquivo, você não prova a operação e perde o direito de aproveitar valores importantes. Além disso, você cria risco de autuações e inconsistências na apuração.

Quando você deixa de armazenar o XML, você enfrenta problemas como:

  • perda do crédito por falta de comprovação;
  • divergências nas declarações;
  • dificuldade para corrigir apurações passadas.

Por isso, você precisa manter os XMLs organizados e acessíveis. 

Essa prática simples evita dor de cabeça e mantém seus créditos seguros. Além disso, ela também facilita o trabalho do contador e evita erros que custam caro.

💡Leia mais: Armazenamento do XML da NF-e: saiba como fazer e entenda a regra dos 11 anos

Riscos de usar créditos indevidos: glosas, multas e autuações

De forma geral, você enfrenta glosas, multas e autuações quando usa crédito tributário de forma incorreta. 

Para entender de forma simples, a glosa é o “não” do governo. Ela acontece quando o Fisco analisa sua apuração, percebe que um abatimento foi indevido e cancela aquele valor.

Nesse momento, o governo cobra o imposto que faltou e aplica multa com juros. Ou seja, é um prejuízo duplo imediato. Essa glosa costuma aparecer em situações simples do dia a dia, como:

  • aproveitar crédito de um produto que não gera esse direito (como uso e consumo);
  • usar crédito sem guardar o arquivo XML da nota;
  • calcular um valor maior do que a lei permite.

Quando isso ocorre, o prejuízo vai além do crédito perdido: você paga o imposto retroativo, arca com a multa e ainda compromete a segurança fiscal do negócio. 

Por isso, a regra é clara: você precisa revisar cada lançamento com atenção para evitar que uma tentativa de economia vire uma dívida inesperada.

Como um sistema de gestão (ERP) diminui erros e aumenta o aproveitamento de créditos

Um sistema de gestão diminui erros porque ele organiza notas fiscais, identifica créditos automaticamente e evita falhas de digitação. 

Além disso, ele mantém todas as informações centralizadas e seguras, o que facilita a validação pelo contador e pelo Fisco. 

Esse controle direto aumenta o aproveitamento do crédito tributário no dia a dia.

Com um ERP, você ganha vantagens como:

  • importação automática de XMLs;
  • classificação correta das entradas;
  • relatórios fiscais que evitam erros na apuração;
  • dados fáceis e com ajustes fáceis.

Quando você usa um sistema, você reduz o risco de perder créditos e ainda melhora sua rotina fiscal. 

Isso cria um fluxo mais leve, aumenta a organização e facilita a tomada de decisão.

💡Leia mais também: Vantagens de migrar para um emissor de nota fiscal eletrônica eficiente

Perguntas Frequentes (FAQ)

Empresa do Simples Nacional tem crédito de ICMS?

Não, a empresa do Simples Nacional não tem crédito de ICMS na maioria das operações, porque o regime unifica os impostos em uma única guia e não permite o crédito tradicional. 

Porém, existe uma situação que gera economia: a Substituição Tributária (ICMS-ST). Nesse caso, a indústria já pagou o imposto antes, então sua empresa não deve pagar de novo na venda. Tecnicamente isso não é um ‘crédito’, mas sim uma segregação de receitas que reduz sua guia mensal.

Além disso, você precisa conferir se o produto permite crédito em regras estaduais especiais. Essas situações aparecem pouco, mas podem gerar economia real quando você identifica os códigos corretos na nota fiscal.

Por isso, você precisa analisar mercadorias, consultar a legislação e conversar com o contador. Esse cuidado evita erros e ajuda você a entender quando o crédito tributário realmente aparece no Simples.

O crédito tributário expira?

Sim, o direito ao crédito tem prazo de validade. O Código Tributário Nacional (CTN) estabelece, como regra geral, o prazo de cinco anos contados do pagamento ou da compra. Passou desse prazo, o direito deixa de existir.

Esse prazo começa a contar quando você paga o tributo ou quando surge o direito ao crédito. Por isso, você precisa organizar notas fiscais, revisar apurações e evitar deixar créditos parados por muito tempo.

Quando você controla esses prazos, você evita prejuízos e mantém uma rotina fiscal mais segura. Esse cuidado faz diferença para pequenos empreendedores que lidam com alto volume de notas.

Posso usar crédito de um imposto para pagar outro?

Sim, você pode usar crédito de um imposto para pagar outro, mas isso acontece apenas em situações previstas em lei e dentro do sistema de compensação da Receita Federal. 

Ou seja, isso significa que você precisa seguir regras específicas e usar o crédito somente nos impostos permitidos.

Hoje, a compensação funciona bem entre tributos federais (como usar PIS para pagar IRPJ). Mas você não pode usar um imposto federal para pagar um estadual (ICMS) ou municipal (ISS). As ‘contas’ do governo são separadas e não se misturam.

Por isso, você precisa conferir a legislação e validar cada caso com o contador. Esse cuidado evita glosas e garante que o crédito tributário seja usado da forma correta.

Como saber se minha empresa tem créditos acumulados?

Você descobre se tem valores a recuperar (pagamentos indevidos ou créditos esquecidos) fazendo uma revisão fiscal e quando revisa notas fiscais, confere o regime tributário e compara o imposto pago com o imposto devido. Esse processo mostra créditos que surgem por compras, devoluções, erros de cálculo ou pagamentos maiores do que o necessário.

Você encontra esses créditos com ações simples, como:

  • revisar XMLs de entrada;
  • conferir notas emitidas;
  • analisar produtos sujeitos à Substituição Tributária ou Monofásicos;
  • revisar tributos pagos nos últimos cinco anos.

Além disso, um sistema de gestão ajuda você a identificar créditos automaticamente e evita que valores passem despercebidos. Com esse controle, você aproveita cada crédito tributário e mantém sua empresa mais organizada.

Conclusão: como transformar crédito tributário em economia e organização fiscal

O crédito tributário melhora o fluxo de caixa da sua empresa quando você entende como ele funciona e usa cada crédito do jeito certo. Esse conhecimento evita desperdícios, reduz impostos e cria uma gestão fiscal mais organizada. 

Além disso, ele ajuda você a tomar decisões mais seguras no dia a dia.

Com pequenos ajustes, você cria uma rotina simples: guardar XMLs, revisar notas, conferir regras de crédito e acompanhar as mudanças da Reforma Tributária. 

Esses passos protegem o seu negócio e evitam multas que prejudicam o caixa. Eles também mostram onde existe economia real que muitos empreendedores deixam passar.

Por isso, você precisa de processos que deixem essa organização mais fácil. 

Um sistema de gestão ajuda você a controlar notas fiscais, evitar erros e aproveitar cada crédito tributário de forma estratégica. 

E a boa notícia é que você pode testar isso na prática. 

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Ivan Vilela
Ivan é formado em Jornalismo pela Universidade Federal de Ouro Preto e possui pós-graduação em Revisão e Preparação de Textos pela PUC Minas.
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