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Mapeamento de risco: descubra o que é e como fazer

No mundo dos negócios, a gestão de riscos é essencial para garantir a continuidade e o sucesso das operações. Neste artigo, você verá que o mapeamento de risco é uma ferramenta poderosa que permite identificar, analisar e mitigar potenciais ameaças. Segundo dados do Governo Federal, em 2021, o Brasil registrou 352.099 acidentes de trabalho entre […]

Por Carolina Durval
Atualizado em
Mapeamento de risco: descubra o que é e como fazer

No mundo dos negócios, a gestão de riscos é essencial para garantir a continuidade e o sucesso das operações. Neste artigo, você verá que o mapeamento de risco é uma ferramenta poderosa que permite identificar, analisar e mitigar potenciais ameaças.

Segundo dados do Governo Federal, em 2021, o Brasil registrou 352.099 acidentes de trabalho entre homens (15,1 para cada grupo de mil empregados) e 182.754 registros entre mulheres (9,8 a cada grupo de mil).

Além disso, o Brasil é o segundo país do G20 em mortalidade por acidentes no trabalho, ficando atrás apenas do México, com 8 óbitos a cada 100 mil vínculos de emprego entre 2002 e 2020. 

Pensando em diminuir cada vez mais esses números, a seguir, vamos explorar o que é o mapeamento de risco, sua importância e como você pode aplicá-lo na sua empresa para alcançar melhores resultados.

O que é mapeamento de risco?

Mapeamento de risco é o processo de identificar, analisar e avaliar sistematicamente os eventos que podem impactar negativamente os objetivos de uma organização. 

Ou seja, trata-se de um método estruturado para identificar potenciais ameaças e vulnerabilidades, entender suas possíveis consequências e determinar a probabilidade de ocorrência.

Em síntese, o objetivo do mapeamento de risco é permitir que a organização antecipe problemas, minimize perdas e desenvolva planos de ação para mitigar ou evitar esses riscos.

💡Leia também: Análise de risco: o que é e como fazer

Qual a importância do mapeamento de risco?

Nesse sentido, o mapeamento de risco é fundamental para a segurança e a eficiência de qualquer organização. A seguir listamos algumas razões principais para sua importância:

  • Identificar riscos no ambiente de trabalho;
  • Prevenir acidentes e doenças ocupacionais;
  • Garantir conformidade legal com normas de segurança;
  • Melhorar continuamente os processos operacionais;
  • Apoiar a tomada de decisões estratégicas.

Assim, o mapeamento de risco se torna uma ferramenta indispensável para proteger os colaboradores, os ativos e a reputação da organização. 

Afinal, ao antecipar possíveis ameaças e implementar medidas preventivas, a empresa evita perdas financeiras e interrupções nas operações, e também promove um ambiente de trabalho mais seguro e produtivo. 

Conheça os tipos de risco

Riscos físicos

Os riscos físicos estão relacionados a fatores ambientais que podem causar danos ao corpo humano. São exemplos:

  • Ruído: exposição prolongada a níveis altos de ruído pode causar perda auditiva;
  • Temperaturas extremas: trabalhar em ambientes muito quentes ou frios pode levar a problemas de saúde como hipotermia ou insolação;
  • Radiação: exposição a radiação ionizante (como raios X) ou não ionizante (como micro-ondas) pode causar danos celulares e aumentar o risco de câncer.

Riscos químicos

Esses riscos envolvem a exposição a substâncias químicas que podem ser tóxicas, corrosivas ou inflamáveis. Exemplos incluem:

  • Produtos químicos tóxicos: substâncias como solventes e pesticidas podem causar envenenamento ou doenças crônicas;
  • Gases e vapores: inalação de gases como monóxido de carbono ou vapores de solventes pode ser perigosa;
  • Produtos corrosivos: ácidos e bases fortes podem causar queimaduras químicas na pele e nos olhos.

Riscos biológicos

Riscos biológicos são associados à exposição a organismos vivos que podem causar doenças. Por exemplo:

  • Vírus e bactérias: patógenos como o vírus da gripe ou a bactéria E. coli podem causar infecções;
  • Fungos: exposição a mofo pode levar a problemas respiratórios;
  • Parasitas: organismos como vermes podem causar doenças parasitárias.

Riscos ergonômicos

Esses riscos estão relacionados ao design do ambiente de trabalho e às práticas laborais que podem causar desconforto ou lesões. Tais como:

  • Postura inadequada: trabalhar em posições desconfortáveis pode levar a dores nas costas e problemas musculoesqueléticos;
  • Movimentos repetitivos: atividades como digitar por longos períodos podem causar lesões por esforço repetitivo (LER);
  • Esforço físico excessivo: levantar objetos pesados de maneira inadequada pode causar lesões.

Riscos de acidentes

Riscos de acidentes envolvem situações que podem levar a lesões imediatas. Como:

  • Quedas: escorregar ou cair de alturas pode resultar em fraturas ou outras lesões graves;
  • Cortes e lacerações: uso inadequado de ferramentas afiadas pode causar ferimentos;
  • Choques elétricos: contato com fontes de eletricidade pode resultar em queimaduras ou até ser fatal.

4 passos para realizar o mapeamento de risco

1. Identificação dos riscos

Primeiramente, examine detalhadamente o ambiente de trabalho para identificar todos os possíveis riscos. Incluindo entrevistas com funcionários, inspeções visuais e análise de registros de incidentes anteriores.

Em seguida, categorize os riscos identificados em diferentes tipos, como físicos, químicos, biológicos, ergonômicos e de acidentes.

2. Avaliação dos riscos

O segundo passo é avaliar a probabilidade de ocorrência de cada risco e o impacto potencial que ele pode causar. Essa etapa ajuda a priorizar os riscos que precisam de atenção imediata.

Utilize uma matriz de risco para visualizar e classificar os riscos com base na sua probabilidade e impacto.

3. Planejamento de ações preventivas

Desenvolva e implemente medidas de controle para mitigar os riscos identificados. Alguns exemplos são a adoção de equipamentos de proteção individual (EPIs), mudanças nos processos de trabalho ou melhorias no ambiente físico.

Garanta que todos os funcionários estejam cientes dos riscos e saibam como se proteger. Para isso, realize treinamentos regulares e capacitações específicas.

4. Monitoramento e revisão

Por fim, monitore continuamente os riscos e as medidas de controle implementadas. Esse acompanhamento ajuda a garantir que as ações preventivas sejam eficazes e que novos riscos sejam identificados rapidamente.

Além disso, realize revisões periódicas do mapeamento de risco para atualizar as informações e ajustar as medidas de controle conforme necessário.

O que é CIPA?

A CIPA (Comissão Interna de Prevenção de Acidentes) é um órgão presente em empresas e estabelecimentos com o objetivo de promover a segurança e a saúde dos trabalhadores. 

Essa comissão é composta por representantes dos empregados e do empregador, que atuam em conjunto para identificar riscos, propor medidas preventivas e conscientizar sobre boas práticas no ambiente de trabalho. 

Em resumo, a CIPA desempenha um papel fundamental na prevenção de acidentes e doenças ocupacionais. 

A importância da ISO 31000

A ISO 31000 é uma norma internacional que fornece diretrizes para a gestão de riscos, aplicável a qualquer organização, independentemente do seu tamanho, setor ou atividade. 

A seguir, estão alguns pontos que destacam a importância dessa norma:

Melhoria na identificação de riscos

A ISO 31000 ajuda as organizações a identificar e avaliar riscos de maneira sistemática e abrangente.

Aumento da probabilidade de alcançar objetivos

Ao gerenciar riscos de forma eficaz, as organizações aumentam a probabilidade de alcançar seus objetivos estratégicos e operacionais. 

Promoção de uma cultura de consciência de riscos

Essa implementação da ISO 31000 promove uma abordagem proativa à gestão de riscos, incentivando uma cultura organizacional que valoriza a identificação e mitigação de riscos.

Melhoria na governança corporativa

A norma oferece princípios sólidos para a gestão de riscos, que podem ser utilizados como referência em auditorias internas e externas.

Resiliência econômica e reputacional

Implementar a ISO 31000 pode fortalecer a resiliência financeira e melhorar a reputação profissional da empresa, evidenciando seu compromisso com a gestão de riscos e a segurança.

Flexibilidade e aplicabilidade universal

A ISO 31000 é flexível e pode ser adaptada às necessidades específicas de qualquer organização, independentemente do setor ou do tamanho.

Conclusão

Agora que você aprendeu a importância e, também, como fazer um mapeamento de risco completo e eficiente no seu negócio, é hora de atentar-se a outros pontos da gestão da sua empresa.

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Carolina Durval

Carol da GestãoClick

Carol é jornalista formada pela Universidade Federal de Ouro Preto, especialista em revisão e preparação de textos pela PUC Minas.
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