Em uma sociedade pautada pela dominância — em queda, felizmente — do patriarcado, mulheres empreendedoras ainda enfrentam barreiras relacionadas às desigualdades sociais, ao sexismo e à falta de investimentos por parte de instituições financeiras.
Contudo, mesmo em meio às dificuldades, elas estão se sobressaindo, inovando e criando oportunidades de crescimento no mercado. Com perfis diversos, as mulheres empreendedoras transformam suas experiências e lutas em negócios lucrativos e inspiradores.
Neste artigo, veremos números relacionados ao empreendedorismo feminino no país, áreas de destaque, desafios enfrentados e três exemplos de muito sucesso. Confira!
Número de mulheres empreendedoras no Brasil
Segundo a pesquisa do projeto GEM (Global Entrepreneurship Monitor) de 2017, a qual é produzida pela equipe do IBQP (Instituto Brasileiro de Qualidade e Produtividade) com o apoio do SEBRAE, constatou-se que o número de mulheres empreendedoras é de 23,9 milhões, muito próximo ao dos homens, que chega a 25,4 milhões.
Se falarmos em empreendedores iniciais, elas estão na frente: são 14,2 milhões de mulheres e 13,3 milhões de homens.
Com esses dados, vemos a prevalência do empreendedorismo feminino no Brasil, mesmo que seja em estágio inicial. Pela análise, pode-se inferir que os anos vindouros certamente reservam surpresas em relação à superação e à dominância feminina no meio empresarial.
Áreas de destaque e desafios enfrentados
Veja a porcentagem relacionada ao número de mulheres empreendedoras em alguns segmentos de e-commerce, segundo um estudo divulgado em 2018 pela Nuvem Shop (plataforma que oferece planos para a criação de lojas virtuais):
- Moda (roupas e acessórios): 64,40%;
- Saúde e beleza: 57,70%;
- Casa e decoração: 44,90%;
- Eletrônicos: 22,80%.
No entanto, segundo um levantamento baseado na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) de 2016, cujos dados foram divulgados posteriormente pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), apenas 37,8% dos cargos de chefia são ocupados por mulheres.
Percebemos que, apesar dos números vistos no tópico anterior e do destaque em alguns segmentos de e-commerce, ainda há muitos desafios a serem enfrentados.
Em um artigo feito pelo SEBRAE em parceria com a Endeavor Brasil, por exemplo, podemos conferir algumas barreiras que impedem a ascensão de mulheres nos negócios, como:
- Investimento desigual por parte de instituições financeiras;
- Desestímulo no meio empresarial;
- Educação desigual;
- Discriminação baseada nos estereótipos de gênero (sexismo).
Esse cenário está mudando aos poucos, mas é preciso que esforços continuem sendo feitos nos meios sociais e corporativos para que a competência feminina seja, além de reconhecida, respeitada.
Mulheres que dominam o empreendedorismo no país
Quais são as mulheres empreendedoras que se destacam no Brasil? Certamente há muitos exemplos, mas separamos três para você.
Confira!
Leila Velez
Hoje, presidente e co-fundadora da empresa Beleza Natural. Antes, ex-atendente do McDonald’s.
Com mais três amigos e parceiros de negócio, Leila buscava um produto para harmonizar cabelos crespos e ondulados.
Foram muitos anos de teste até chegar numa fórmula que atraísse inúmeros clientes, mas o sonho se tornou realidade e hoje a Beleza Natural é um sucesso que continua em expansão. Vale a pena conhecer um pouco mais da história dessa empreendedora de sucesso por meio de suas próprias palavras.
Luiza Helena Trajano
O Magazine Luiza nem sempre foi uma das maiores redes varejistas do país: a responsável pela transformação de um pequeno comércio em uma loja de sucesso nacional foi Luiza Helena Trajano.
Ela começou a trabalhar no varejo aos 12 anos, se orgulha por ser vendedora e hoje colhe os frutos de seu trabalho, de seu sonho, da sua persistência e de seu aprendizado ao longo dos anos. Conheça um pouco mais sobre esse exemplo de empreendedorismo feminino!
Anitta
Reconhecida mundialmente, a cantora e empreendedora Anitta precisa ser lembrada quando se trata de sucesso no meio empresarial. Por quê?
Ela cuida de perto da sua carreira e foi a responsável pelo seu sucesso dentro e fora do país — por meio de cursos, treinamentos da própria equipe, parcerias com cantores de outros países e estudos do mercado e da concorrência, soube identificar o que seu público queria, arrecadou uma fortuna e se consolidou em sua área.
A jovem empreendedora, inclusive, já palestrou até em Harvard.
Enfim, vimos que em uma sociedade que ainda conta com retrocessos e desigualdades, o empreendedorismo feminino surge também como uma fonte de luta e de empoderamento, mostrando a competência e o sucesso de mulheres empreendedoras na gestão de diferentes negócios e de empresas de todos os portes.
Quer entender um pouco mais sobre o assunto por meio de outros números e pesquisas na área? Então leia o nosso artigo sobre a importância do empreendedorismo feminino para o mercado!