Guia completo de segurança da informação: conceito, pilares e tendências
Explore o guia completo de segurança da informação: conceitos, pilares e tendências. Proteja seu negócio com conhecimento especializado.
Por Carolina Durval •
Atualizado em
A Black Week chegou:
até 60% de desconto!
Garanta o sistema de gestão mais completo
com o menor preço do ano!
Aproveite agora!
No ambiente digital em constante evolução, a segurança da informação é a linha de defesa entre a força e a vulnerabilidade de uma empresa. Já que, à medida que as tecnologias avançam, os desafios também crescem, exigindo que as organizações adotem medidas proativas para proteger seus ativos digitais.
Desse modo, criamos este guia para que você, empreendedor, compreenda melhor sobre o tema e consiga se proteger dos perigos causados pelo vazamento de dados.
Nele, abrangemos desde as ameaças cibernéticas mais comuns até as melhores práticas de gestão de acesso, passando pela conformidade legal e inovações tecnológicas. Além disso, exploraremos cada faceta para capacitar as empresas a protegerem seus ativos digitais de maneira eficaz.
Se você é gestor, quer entender melhor ou possui questionamentos e inseguranças sobre o tema, este artigo é para você. Aproveite a leitura!
A segurança da informação é um conjunto de práticas, políticas e tecnologias que visa proteger a integridade, confidencialidade e disponibilidade das informações em um ambiente digital.
Além disso, a segurança da informação também engloba a prevenção de acessos não autorizados, o combate a ameaças cibernéticas e a garantia de que os dados estejam acessíveis apenas para aqueles que têm permissão.
Em outras palavras, a segurança da informação funciona como um escudo virtual, proporcionando às empresas uma defesa robusta contra uma variedade de perigos que podem comprometer a integridade dos dados e a continuidade dos negócios.
Anteriormente, você conheceu o conceito de segurança da informação. Agora, é o momento de adentrar nos elementos-chave que formam a espinha dorsal dessa prática essencial para que a sua empresa fique segura e protegida.
Atualmente, a segurança da informação opera com base em seis fundamentos: confidencialidade, integridade, disponibilidade, autenticidade, irretratabilidade e conformidade.
Contudo, nem sempre foi assim. No passado, o cenário da segurança da informação era diferente. Inicialmente, as preocupações eram centradas principalmente nos pilares fundamentais de confidencialidade, integridade e disponibilidade, conhecidos pela sigla CID.
No entanto, com o avanço tecnológico e a evolução das ameaças cibernéticas, surgiram novos princípios para fortalecer essa abordagem.
Confidencialidade
Conceito
Confidencialidade refere-se à prática de garantir que as informações sejam acessíveis apenas para pessoas autorizadas e não estejam disponíveis para quem não possui permissão.
Objetivo
Proteger dados sensíveis contra divulgação não autorizada.
Aplicação
Na prática, a confidencialidade é implementada por meio de técnicas como criptografia, controle de acesso rigoroso e políticas de compartilhamento restritas.
Integridade
Conceito
A integridade está relacionada à preservação da precisão e confiabilidade dos dados ao longo do tempo.
Objetivo
Garantir que as informações não sejam modificadas de maneira não autorizada ou inadvertida.
Aplicação
A integridade é mantida por meio de controles como controle de versões, assinaturas digitais e algoritmos de hash, que verificam se os dados permanecem íntegros.
Disponibilidade
Conceito
A disponibilidade diz respeito à garantia de que as informações estejam acessíveis quando necessário, sem interrupções não planejadas.
Objetivo
Assegurar a continuidade dos serviços e operações.
Aplicação
Estratégias de backup, redundância de sistemas e planos de continuidade de negócios são aplicados para garantir a disponibilidade contínua dos dados e sistemas.
Autenticidade
Conceito
A autenticidade assegura que a origem dos dados seja legítima, verificável e não tenha sido falsificada.
Objetivo
Confirmar a identidade dos usuários e validar a autenticidade das informações.
Aplicação
A autenticidade é alcançada por meio de práticas como autenticação de usuários, assinaturas digitais e certificados digitais.
Irretratabilidade (não repúdio)
Conceito
A irretratabilidade, ou não repúdio, refere-se à impossibilidade de uma parte negar a autoria ou participação em uma transação ou ação específica.
Objetivo
Fornecer um nível adicional de confiança e validação às operações e repasses.
Aplicação
Mecanismos como assinaturas digitais e registros de auditoria são aplicados para garantir a irretratabilidade, criando um registro indiscutível das interações.
Conceito
A conformidade envolve a aderência a normas, regulamentos e requisitos legais relacionados à segurança da informação.
Objetivo
Garantir que a organização atenda aos padrões específicos do setor.
Aplicação
Implementação de políticas, procedimentos e práticas de segurança em conformidade, além de auditorias internas e externas para garantir o cumprimento dos requisitos normativos.
Em síntese, esses pilares são interdependentes e se complementam para proporcionar uma abordagem abrangente à segurança da informação. Juntos, eles formam a base para proteger os dados contra ameaças, garantindo a confiabilidade, disponibilidade e confidencialidade das informações nas organizações.
Confira o resumo do tema no esquema abaixo:
As ameaças à segurança da informação são uma realidade muito comum no mundo digital em constante evolução.
Com o aumento da conectividade, a sofisticação dos ataques cibernéticos tem crescido, representando desafios significativos para organizações e indivíduos.
Sendo assim, aqui estão algumas ameaças comuns à segurança da informação:
Malware
O termo malware refere-se a um software malicioso projetado para danificar, explorar ou comprometer sistemas e dados. Isso inclui vírus, trojans, spyware e ransomware.
Phishing
Phishing é uma técnica na qual os atacantes tentam enganar usuários para obter informações confidenciais, como senhas e dados pessoais, fingindo ser uma fonte confiável.
Engenharia Social
Já a engenharia social envolve manipular pessoas para que realizem ações ou divulguem informações confidenciais. A manipulação psicológica e a exploração da confiança são alguns exemplos comuns.
Ataques de Negação de Serviço (DDoS)
Os ataques DDoS visam sobrecarregar servidores, redes ou sistemas, tornando-os inacessíveis para usuários legítimos ao inundá-los com tráfego excessivo.
Injeção de código
Esse tipo de ameaça envolve a inserção de código malicioso em aplicativos ou sistemas, explorando vulnerabilidades para obter acesso não autorizado ou comprometer a integridade dos dados.
Ataques a dispositivos móveis
Com o aumento do uso de dispositivos móveis, eles se tornaram alvos para ataques. Incluindo, assim, aplicativos maliciosos, roubo de dados e exploração de vulnerabilidades.
Ataques a redes Wi-Fi
Invasores podem explorar vulnerabilidades em redes Wi-Fi para obter acesso não autorizado, interceptar comunicações ou realizar ataques man-in-the-middle (MitM).
A proteção contra essas ameaças exige uma abordagem holística, incluindo práticas robustas de segurança, atualizações regulares de software, conscientização do usuário e a implementação de tecnologias de segurança avançadas.
Nesse sentido, as políticas de segurança da informação são diretrizes e práticas estabelecidas por uma organização para proteger seus ativos de informação contra ameaças, garantindo confidencialidade, integridade e disponibilidade dos dados.
Essas políticas são fundamentais para estabelecer uma cultura de segurança dentro da organização e mitigar riscos relacionados à gestão da informação.
A seguir, estão alguns aspectos importantes relacionados às políticas de segurança da informação:
Primeiramente, é essencial classificar as informações de acordo com seu valor e sensibilidade. Em síntese, isso ajuda a determinar o nível de proteção necessário para cada tipo de dado e a aplicar medidas de segurança proporcionais.
Controle de acessos
As políticas de segurança da informação devem estabelecer regras para o controle de acesso aos sistemas e dados. Isso inclui a atribuição de permissões com base nas responsabilidades dos usuários, implementação de autenticação e revisão regular dos acessos.
Criptografia
As diretrizes devem incluir a implementação de técnicas de criptografia para garantir a segurança de informações enquanto são transmitidas e quando estão armazenadas.
Mas, afinal, o que é criptografia? Essa prática envolve a codificação de dados para protegê-los contra acessos não autorizados ou alterações durante a transmissão ou armazenamento.
Monitoramento e auditoria
Realizar o monitoramento e a auditoria das informações periodicamente é muito importante para garantir a segurança e a integridade dos dados.
Essas práticas são fundamentais para identificar atividades suspeitas, detectar possíveis violações de segurança e garantir o cumprimento das políticas estabelecidas.
Atualizações periódicas
Além disso, as políticas de segurança da informação devem abordar a importância de manter sistemas e software atualizados para corrigir vulnerabilidades conhecidas e garantir a segurança contínua.
Por isso, para garantir a segurança do seu negócio, busque por sistemas seguros, criptografados e, também, que sejam periodicamente atualizados.
Backup e recuperação
Backup e recuperação são componentes essenciais de uma estratégia abrangente de gestão de dados e segurança da informação. Essas práticas visam garantir a disponibilidade contínua de dados, bem como a capacidade de restaurar informações valiosas em caso de perda, corrupção ou falha dos sistemas.
Por fim, as políticas devem garantir a conformidade com leis e regulamentações relacionadas à segurança da informação, como a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) no Brasil ou o Regulamento Geral de Proteção de Dados (GDPR) na União Europeia.
Outro tópico importante é a segurança da informação em dispositivos móveis e remotos.
Esse tema tornou-se uma preocupação crucial devido à proliferação de dispositivos móveis, trabalho remoto e a dependência crescente de tecnologias móveis no ambiente de negócios.
Com a expansão do cenário de mobilidade, é vital considerar não apenas os benefícios, mas também os riscos associados ao acesso remoto a dados corporativos por meio de dispositivos móveis.
Além disso, o aumento do uso de dispositivos pessoais para fins profissionais, conhecido como Bring Your Own Device (BYOD), acrescenta uma camada adicional de complexidade à segurança da informação.
Por essa razão, as organizações precisam encontrar um equilíbrio entre a facilitação da mobilidade dos colaboradores e a implementação de medidas robustas de proteção de dados.
Segundo dados da última pesquisa do Centro de Tecnologia de Informação Aplicada da Escola de Administração de Empresas de São Paulo (FGVcia), realizada no ano de 2023, existem 464 milhões de dispositivos digitais (computador, notebook, tablet e smartphone) em uso ‒ doméstico ou corporativo ‒ no Brasil.
Ainda conforme o estudo, a média é de 1,2 smartphones por pessoa no Brasil, totalizando 249 milhões em uso. Considerando também notebooks e tablets, o número total de dispositivos portáteis equivale a uma média de 1,7 por habitante.
Com base nesses números, fica evidente que a presença massiva de dispositivos digitais no cenário brasileiro destaca a importância crítica da segurança da informação em dispositivos móveis e remotos.
As tendências e inovações em segurança da informação desempenham um papel fundamental no enfrentamento dos desafios em constante evolução no cenário digital. Várias tendências emergiram para fortalecer as estratégias de segurança e proteger dados sensíveis contra ameaças cibernéticas.
Algumas delas incluem:
Inteligência Artificial (IA) e Machine Learning (ML)
O que é?
A aplicação de IA e ML na segurança da informação permite a detecção automática de padrões incomuns e atividades suspeitas. Essas tecnologias ajudam a identificar ameaças rapidamente e aprimoram a capacidade de adaptação para enfrentar ataques sofisticados.
Como aplicar?
- Utilizar algoritmos de Machine Learning para monitorar padrões de acesso, horários de uso e atividades típicas de usuários e dispositivos;
- Integrar a análise comportamental aos sistemas de detecção de intrusões para uma abordagem mais abrangente;
- Implementar ferramentas de resposta automática a incidentes, permitindo uma reação rápida e eficiente a ameaças identificadas.
Zero Trust Security
O que é?
Já a abordagem Zero Trust pressupõe que nenhum usuário, dispositivo ou sistema é confiável por padrão, exigindo autenticação e autorização contínuas. Sendo assim, essa abordagem proporciona uma camada adicional de segurança, especialmente em ambientes de trabalho remoto e em nuvem.
Como aplicar?
- Executar controles rigorosos de autenticação e autorização;
- Verificar continuamente a identidade e a segurança dos dispositivos e dos usuários;
- Acompanhar e auditar as atividades regularmente para identificar comportamentos suspeitos.
Segurança em nuvem
O que é?
Com o aumento da adoção de serviços em nuvem, as soluções de segurança estão se adaptando para proteger dados armazenados e transmitidos na nuvem. A criptografia, controles de acesso e monitoramento em tempo real são elementos críticos nesse contexto.
Como aplicar?
- Utilizar criptografia para proteger dados durante o armazenamento e transmissão;
- Implementar controles de acesso baseados em políticas de segurança da informação;
- Inspecionar atividades na nuvem em tempo real para identificar possíveis ameaças.
Segurança de dispositivos IoT (Internet das Coisas)
O que é?
A expansão dos dispositivos IoT introduz desafios significativos de segurança. Novas abordagens e tecnologias estão sendo desenvolvidas para proteger a integridade e a privacidade dos dados gerados por esses dispositivos interconectados.
Como aplicar?
- Implantar medidas robustas de autenticação para dispositivos IoT;
- Criptografar dados transmitidos por dispositivos IoT;
- Monitorar o tráfego e o comportamento dos dispositivos para identificar atividades atípicas.
Automatização e orquestração de segurança
O que é?
Assim, a automação e orquestração simplificam a resposta a incidentes e a gestão de ameaças. Ferramentas automatizadas podem responder rapidamente a ameaças, reduzindo o tempo de reação e minimizando danos.
Como aplicar?
- Implementar ferramentas de resposta automática a eventos de segurança;
- Orquestrar processos de segurança para uma resposta coordenada e eficiente;
- Integrar sistemas de segurança para automação eficaz e compartilhamento de informações.
Ainda tem dúvida sobre o tema? Deixa sua pergunta nos comentários para a gente bater um papo! E fique de olho nos conteúdos do blog da GestãoClick para ficar por dentro de todas as novidades sobre tecnologia, marketing, vendas, gestão empresarial e muito mais!