Ativos: o que são e quais os seus tipos
Conheça o que são ativos e quais os seus tipos para classificá-los de forma correta no Balanço Patrimonial da sua empresa.
Por Carolina Durval •
Atualizado em
Entender o conceito de ativos é fundamental para a gestão eficiente de qualquer empresa. Mas afinal, o que são ativos e quais são os seus tipos?
Neste artigo, vamos explorar detalhadamente o que caracteriza um ativo, como eles são classificados e a importância de cada tipo para a saúde financeira de uma organização. Desde o dinheiro em caixa até os direitos a receber, passando por investimentos e bens tangíveis, você descobrirá como os ativos podem influenciar diretamente o sucesso e a sustentabilidade do seu negócio.
Prepare-se para mergulhar no universo dos ativos e aprimorar seus conhecimentos contábeis. Boa leitura!
Afinal, o que são ativos?
Os ativos de uma empresa representam tudo o que ela possui e controla, como bens, créditos ou direitos, sejam eles físicos ou intangíveis. Esses ativos resultam de transações anteriores e têm o potencial de serem transformados em dinheiro, gerando benefícios econômicos futuros. Em resumo, os ativos indicam onde a empresa aplicou seus recursos.
É importante entender a diferença entre bens e direitos. Os bens são tudo o que a empresa possui fisicamente e tem sob seu controle, como máquinas, equipamentos e estoques. Já os direitos referem-se a recursos que a empresa tem a receber, mas não controla diretamente, como as contas a receber de clientes que compraram a prazo.
Os ativos compõem o patrimônio da empresa e são registrados no lado esquerdo (positivo) do Balanço Patrimonial. Eles são classificados em dois grandes grupos: Ativo Circulante e Ativo Não Circulante, organizados em ordem decrescente de liquidez.
A liquidez, por sua vez, mede a facilidade com que um ativo pode ser convertido em dinheiro. Quanto mais rápido esse processo, maior a liquidez do ativo. Por isso, as contas que aparecem primeiro no Balanço Patrimonial são aquelas que podem ser transformadas em dinheiro mais rapidamente.
Ativo Circulante
O Ativo Circulante refere-se ao grupo de ativos que serão convertidos em dinheiro dentro de um período inferior a um ano, a partir da data do Balanço, ou durante o ciclo operacional da empresa.
Em outras palavras, são os ativos mais líquidos e de movimentação constante. Alguns exemplos incluem:
- Caixa: dinheiro disponível em espécie na empresa;
- Contas correntes em bancos: de livre movimentação;
- Aplicações financeiras de curto prazo: com liquidez imediata;
- Contas a receber: valores devidos por clientes que adquiriram produtos e/ou serviços a prazo;
- Estoques: incluindo produtos acabados, em processo de fabricação ou matérias-primas;
- Despesas antecipadas: pagamentos feitos por serviços ainda não prestados ou consumidos pela empresa;
- Impostos a recuperar;
- Reservas de caixa;
- Depósitos bancários;
- Investimentos de curto prazo;
- Títulos, valores mobiliários e bens destinados à venda.
Esses exemplos ilustram os itens que, por sua alta liquidez, estão sempre em constante movimentação no cotidiano financeiro da empresa.
Ativo Não Circulante
O Ativo Não Circulante representa os bens e direitos que são convertíveis em recursos monetários em um prazo superior a um ano, ou seja, após o término do exercício social seguinte. Por essa razão, esses ativos apresentam menor liquidez em comparação aos ativos circulantes.
Além disso, os ativos não circulantes têm uma permanência duradoura na organização e são essenciais para o funcionamento normal da empresa. Eles desempenham um papel crucial na sustentação das operações a longo prazo.
Esse tipo de ativo pode ser dividido em quatro grupos distintos, que exploraremos a seguir. Cada um desses grupos oferece uma visão mais detalhada dos diferentes tipos de ativos que uma empresa pode possuir.
Ativos realizáveis no longo prazo
Os bens e direitos classificados como Ativo Não Circulante são aqueles que se concretizarão no longo prazo, ou seja, após o término do exercício social seguinte, além de incluir contas que não possuem um prazo de vencimento definido.
É importante destacar que, na contabilidade, “curto prazo” geralmente se refere a um período de até um ano, enquanto “longo prazo” indica um período superior a um ano. Essa distinção é fundamental para a correta análise financeira da empresa.
Nesse contexto, podemos identificar diversas categorias de ativos não circulantes, como aplicações financeiras de longo prazo, depósitos bancários a longo prazo, duplicatas a receber de longo prazo, despesas antecipadas de longo prazo, empréstimos, adiantamentos ou vendas, e empréstimos compulsórios, entre outros.
Essas categorias ajudam a delinear a estrutura financeira da empresa e a planejar suas estratégias de investimento e financiamento a longo prazo.
Ativos Imobilizados
Os bens e direitos tangíveis classificados como ativos imobilizados são aqueles que possuem uma permanência duradoura e são essenciais para o funcionamento normal da organização. Esses ativos, por sua vez, são utilizados diretamente nas atividades da empresa e desempenham um papel crucial na operação diária.
Para que um ativo seja considerado imobilizado, é necessário que ele atenda a algumas condições específicas. Primeiramente, deve ser mantido pela organização para uso na produção ou comercialização de seus produtos ou serviços, para locação ou para finalidades administrativas. Além disso, deve ser utilizado por mais de um ano, gerar benefícios econômicos para a organização e ser mensurável em termos financeiros.
Entre os exemplos típicos de ativos imobilizados, podemos citar imóveis, edificações, máquinas, equipamentos, terrenos, móveis e veículos, entre outros. Esses bens, portanto, são fundamentais para a infraestrutura da empresa e contribuem significativamente para sua capacidade produtiva.
Investimentos
Por outro lado, os investimentos representam as participações e aplicações societárias permanentes, cujo objetivo é gerar rendimento para a empresa. É importante destacar que esses bens e direitos não são utilizados para a manutenção das atividades operacionais da organização.
Entre os exemplos de investimentos, podemos incluir propriedades destinadas à valorização ou locação, terrenos e imóveis reservados para futura utilização, além de investimentos em coligadas e participações em outras empresas. Esses ativos, portanto, são essenciais para diversificar as fontes de receita e potencializar o crescimento financeiro da organização.
Ativos Intangíveis
Por fim, os Ativos Intangíveis são bens incorpóreos, ou seja, não possuem existência física. Esses ativos são destinados à manutenção das atividades de uma empresa ou são utilizados com essa finalidade.
Embora não tenham uma forma física, os ativos intangíveis possuem valor econômico e contábil significativo. Essa característica torna o reconhecimento de um Ativo Intangível mais desafiador: ele só pode ser contabilizado se os benefícios que gerar futuramente forem favoráveis à organização, se seu valor puder ser calculado com segurança e se for possível separá-lo do patrimônio da empresa.
Entre os exemplos de Ativos Intangíveis, podemos citar softwares, marcas, patentes, licenças, direitos autorais e outros. Esses bens são essenciais para a competitividade e inovação da organização, contribuindo de forma significativa para o seu valor total.
Compreendendo Ativos, Passivos e Patrimônio Líquido
Já abordamos tudo sobre ativos, mas ainda ficou alguma dúvida sobre como diferenciá-los de passivos e patrimônio líquido na construção do Balanço Patrimonial? Vamos esclarecer o que são esses outros grupos!
Os passivos representam as obrigações e deveres que a empresa possui em relação a terceiros, como outras empresas, parceiros, instituições financeiras e o governo. Assim, eles são divididos em duas categorias: circulantes e não circulantes.
Nesse sentido, os passivos aparecem no lado direito da demonstração contábil, organizados em ordem decrescente de exigibilidade, ou seja, priorizando aqueles que precisam ser pagos primeiro.
Por sua vez, o Patrimônio Líquido é a diferença entre os ativos e os passivos e representa os recursos próprios da empresa. Ele indica as obrigações da empresa para consigo mesma, encontrando-se também no lado direito do Balanço.
Ao contrário dos passivos, o patrimônio líquido não é uma dívida exigível, pois reflete o valor que pertence aos sócios ou acionistas da empresa, representando a parte dos proprietários nos ativos da organização.
Conclusão
Por fim, entender o que são ativos e quais são seus tipos é fundamental para classificá-los corretamente no Balanço Patrimonial. No entanto, essa compreensão vai além dos fins contábeis; ela é essencial para avaliar o patrimônio da organização e seu potencial de geração de benefícios.
Esperamos que este texto tenha esclarecido esses pontos. No entanto, é importante ressaltar que reconhecer e classificar um ativo pode ser uma tarefa complexa que requer profissionais qualificados. Esses especialistas devem ter conhecimento das características, especificidades e exigências contábeis e fiscais de cada ativo.
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