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Escalas de trabalho: conheça os tipos e entenda a nova proposta

Em alta no ano de 2024, a pauta sobre uma possível mudança no modelo atual de escalas de trabalho no Brasil tem atraído a atenção tanto dos trabalhadores quanto dos empreendedores. Neste post, vamos explorar os diferentes tipos de escalas de trabalho e explicar de forma simples e detalhada do que se trata a nova […]

Por Carolina Durval
Atualizado em
Escalas de trabalho: conheça os tipos e entenda a nova proposta

Em alta no ano de 2024, a pauta sobre uma possível mudança no modelo atual de escalas de trabalho no Brasil tem atraído a atenção tanto dos trabalhadores quanto dos empreendedores.

Neste post, vamos explorar os diferentes tipos de escalas de trabalho e explicar de forma simples e detalhada do que se trata a nova proposta de escalas de trabalho e quais as suas vantagens e desvantagens.

Acompanhe a leitura!

Tipos de escalas de trabalho

A seguir, fizemos um apanhado geral dos tipos de escalas de trabalho mais comuns no Brasil para ajudar você a entender as principais diferenças entre elas. Acompanhe:

Escala tradicional

Trata-se da escala mais comum, na qual os colaboradores trabalham 8 horas por dia, 5 dias por semana, totalizando 40 horas semanais. É o modelo clássico utilizado pela maioria das empresas.

Escala de turnos

Já nesse modelo, os funcionários trabalham em turnos diferentes ao longo do dia, como manhã, tarde ou noite. Esse tipo de escala é mais comum em setores que precisam operar 24 horas por dia, como hospitais e fábricas.

Escala 12×36

Nesse sistema, o trabalhador faz um turno de 12 horas seguidas e depois tem 36 horas de folga. É frequentemente usado em setores que exigem monitoramento constante, como segurança e saúde.

Escala 6×1

Aqui, os funcionários trabalham 6 dias seguidos e têm 1 dia de folga. Esse modelo de escala é bastante comum no comércio e em serviços que operam todos os dias da semana.

Escala 3×4

Nesse esquema, os colaboradores trabalham três dias seguidos e folgam quatro dias. O que resulta em uma semana de trabalho de 36 horas, proporcionando um bom equilíbrio entre trabalho e descanso.

Escala flexível

Essa escala permite que os funcionários ajustem seus horários de trabalho dentro de certos limites. Esse tipo de esquema pode ajudar a conciliar suas necessidades pessoais sem prejudicar a produtividade no trabalho.

Escala reduzida

Os colaboradores (geralmente pessoas com deficiência, mães de filhos menores que 5 anos e pessoas com mais de 60 anos) trabalham menos horas por semana, geralmente abaixo das 40 horas padrão. O número exato de horas pode variar conforme as necessidades do trabalhador, decisão judicial e as políticas da empresa.

Escala de plantão

Nesse modelo, os funcionários são escalados para trabalhar em períodos específicos, como fins de semana ou feriados. Os horários costumam ser rotativos para que todos possam ter folgas regulares.

Escala de tempo parcial

Por outro lado, aqui, os funcionários trabalham menos horas por semana, normalmente menos de 30 horas. Isso é comum em setores como varejo e serviços de alimentação, onde há demanda por horários mais curtos.

Escala combinada

Por fim, a escala combinada, como o próprio nome diz, combina diferentes tipos de escalas para melhor atender às necessidades específicas da empresa e dos funcionários. Por exemplo, pode haver uma combinação de turnos fixos e flexíveis.

3×4: entenda a nova proposta de escalas de trabalho

Apresentada pela deputada federal Erika Hilton (PSOL-SP), a proposta de adoção da escala de trabalho 3×4 no Brasil busca uma mudança significativa na jornada de trabalho atualmente proposta pela CLT. 

A ideia central do projeto é que os trabalhadores tenham uma semana com três dias de trabalho seguidos e quatro dias de folga. O que resultaria em uma jornada semanal de 36 horas, em vez das tradicionais 44 horas distribuídas em seis dias de trabalho e um dia de folga (escala 6×1).

Em síntese, acredita-se que uma escala assim poderia reduzir o estresse e melhorar a saúde mental e física dos empregados, além de aumentar a produtividade, já que, teoricamente, os trabalhadores estariam mais descansados.

Benefícios da nova proposta

Conheça três dos principais benefícios que a nova proposta visa trazer para o mercado de trabalho:

Qualidade de vida

Com mais dias de folga, os trabalhadores teriam mais tempo para se dedicar a atividades pessoais e familiares, o que pode melhorar o bem-estar geral.

Maior produtividade

Trabalhadores mais descansados tendem a ser mais produtivos e eficientes em suas tarefas.

Saúde do trabalhador

Menos dias consecutivos de trabalho podem resultar em menos estresse e fadiga, contribuindo para uma melhor saúde mental e física.

Desvantagens da nova proposta

Chegou o momento de falar dos pontos de desvantagem da nova proposta de escalas de trabalho. A seguir, separamos algumas das principais desvantagens desse novo modelo proposto:

Impacto econômico

As empresas podem enfrentar desafios para ajustar suas operações a essa nova escala, possivelmente aumentando os custos de mão-de-obra.

Desemprego

Existe também a preocupação de que a redução das horas de trabalho possa levar a cortes de empregos ou à necessidade de contratar mais funcionários para cobrir as horas de folga.

Adaptação

Nem todas as indústrias podem facilmente adotar essa escala, especialmente aquelas que exigem operação contínua. Por isso, a adaptação pode ser um pouco difícil nesse aspecto.

Como implementar mudanças nas escalas de trabalho? 8 passos principais

É empreendedor e está pensando em alterar as escalas de trabalho dos seus negócios? Fizemos um passo a passo simples para ajudar você nessa fase de transição. Confira:

1. Entenda a necessidade

Primeiramente, comece identificando o motivo para mudar a escala de trabalho. Pode ser para aumentar a produtividade, melhorar a qualidade de vida dos colaboradores, ou adaptar-se a novas demandas internas ou externas.

2. Ouça a equipe

Além disso, fale com seus funcionários de forma aberta e sem julgamentos para entender suas necessidades e preferências. Você pode aplicar um questionário anônimo para fazer com que eles se sintam confortáveis para expressar suas opiniões. Assim, essas respostas ajudam a criar uma escala que funcione bem para todos.

3. Desenhe a nova escala

Em seguida, decida como será a nova escala. Pode ser uma escala de turnos, 3×4, flexível etc. Certifique-se de que o novo modelo de escalas de trabalho atenda tanto às necessidades da empresa quanto às dos funcionários.

4. Faça um piloto

Antes de implementar a nova escala para todos, faça um teste com um pequeno grupo ou por um curto período. Dessa forma, fica mais fácil identificar possíveis problemas e ajustar conforme necessário.

5. Ajuste o que for necessário

Use suas considerações e o feedback do time sobre o teste piloto para fazer melhorias na nova escala. Nesta etapa, pode ser necessário ajustar horários ou responsabilidades.

6. Comunique a mudança

Lembre-se de informar todos os colaboradores sobre a nova escala com antecedência. Explique os motivos da mudança, dê detalhes de como ela funcionará na prática e esteja sempre aberto a escutar sugestões.

7. Treine as lideranças

Certifique-se de que os líderes da sua empresa estão preparados para gerenciar seus times de acordo com a nova escala. Afinal, eles precisam entender como ela funciona para saberem como apoiar os trabalhadores de suas respectivas equipes.

8. Implemente gradualmente

Para finalizar, se possível, implemente a nova escala de forma gradual. Dessa maneira, você permite que todos se adaptem à mudança de forma mais suave, evitando resistência por parte da equipe e tornando o processo mais confortável para as lideranças.

💡Leia também: Como organizar a jornada de trabalho dos colaboradores da sua empresa

Conclusão

Agora que você já conhece os tipos de escalas de trabalho, entendeu a nova proposta e sabe como implementar um novo modelo de trabalho no seu negócio, fica mais fácil perceber que a implementação da escala 3×4 por lei exigiria um planejamento cuidadoso para minimizar impactos negativos e garantir que tanto os trabalhadores quanto as empresas se beneficiem, certo?

Em síntese, a proposta busca alinhar as práticas trabalhistas brasileiras com tendências globais de flexibilização e bem-estar dos trabalhadores, trazendo potenciais benefícios significativos, mas também desafios que precisam ser geridos com cuidado.
Para ficar por dentro dessa e de outras tendências do mundo corporativo, basta acompanhar periodicamente o Blog da GestãoClick. Aqui, falamos sobre empreendedorismo, tecnologia, marketing, vendas e muito mais.

Carolina Durval

Carol da GestãoClick

Carol é jornalista formada pela Universidade Federal de Ouro Preto, especialista em revisão e preparação de textos pela PUC Minas.
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