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EBITDA: o que é e como fazer o cálculo

Não é segredo para ninguém que o mundo dos negócios é repleto de termos e métricas financeiras que podem parecer complexos à primeira vista. Dentre esses, o EBITDA se destaca como uma ferramenta valiosa para avaliar o desempenho financeiro de uma empresa. Mas, afinal, você sabe o que é EBITDA? Neste artigo, vamos desvendar o […]

Por Carolina Durval
Atualizado em
EBITDA: o que é e como fazer o cálculo

Não é segredo para ninguém que o mundo dos negócios é repleto de termos e métricas financeiras que podem parecer complexos à primeira vista. Dentre esses, o EBITDA se destaca como uma ferramenta valiosa para avaliar o desempenho financeiro de uma empresa. Mas, afinal, você sabe o que é EBITDA?

Neste artigo, vamos desvendar o significado do EBITDA e fornecer um guia prático sobre como calcular essa métrica essencial. 

Afinal, em um cenário empresarial cada vez mais complexo, é crucial que os gestores compreendam a fundo todas as métricas necessárias para melhorar o desempenho financeiro de suas empresas.

Assim, ao compreender o papel e a importância do EBITDA, os empreendedores estarão mais bem equipados para tomar decisões estratégicas informadas, impulsionando o crescimento e a sustentabilidade de seus negócios. 

Vamos explorar juntos o caminho para desvendar os mistérios por trás do EBITDA e aproveitar seu potencial transformador. Boa leitura!

O que é EBITDA?

O termo EBITDA, também conhecido pela sua sigla em português, LAJIDA (Lucros Antes de Juros, Impostos, Depreciação e Amortização), é uma métrica financeira essencial que se tornou uma ferramenta valiosa para avaliar o desempenho operacional de uma empresa. 

A sigla em inglês representa “Earnings Before Interest, Taxes, Depreciation, and Amortization“, e seu principal propósito é proporcionar uma visão clara e direta do lucro gerado pelas atividades operacionais, excluindo elementos que podem atrapalhar a análise.

Nesse sentido, o EBITDA é um indicador que se destaca por sua capacidade de fornecer uma avaliação mais precisa do verdadeiro potencial de geração de receita de uma empresa.

Assim, ao excluir os efeitos de juros, impostos, depreciação e amortização, o EBITDA concentra-se exclusivamente nos resultados provenientes das operações principais da empresa. 

Dessa maneira, essa abordagem simplificada oferece aos gestores e investidores uma visão mais clara da eficiência operacional e da capacidade intrínseca de gerar lucro.

Componentes do EBITDA (LAJIDA)

Para te ajudar a compreender melhor o que é EBITDA, explicaremos brevemente cada um dos componentes dessa sigla que pode parecer tão complexa para tantos gestores. Acompanhe:

Earnings (Lucros)

Refere-se à receita operacional gerada pelas atividades principais da empresa, como vendas de produtos ou serviços. Esse é o ponto de partida para calcular o EBITDA.

Before Interest (Antes de Juros)

Exclui todos os custos relacionados aos juros sobre dívidas, permitindo que a métrica se concentre apenas no desempenho operacional, independente das fontes de financiamento.

Taxes (Impostos)

Elimina os efeitos dos impostos sobre os lucros, possibilitando uma análise mais clara do desempenho antes das obrigações fiscais.

Depreciation (Depreciação) e Amortization (Amortização)

Ambos são custos “não-caixa” relacionados à depreciação de ativos físicos e intangíveis. Excluir esses elementos fornece uma visão mais realista do fluxo de caixa operacional.

Dessa forma, o EBITDA, por sua abordagem abrangente, é particularmente útil para comparar o desempenho entre empresas de diferentes setores e tamanhos, proporcionando uma métrica padronizada que transcende nuances contábeis e estruturais.

No entanto, é importante observar que, embora o EBITDA seja uma ferramenta valiosa, ele não substitui a necessidade de uma análise financeira completa e a consideração de outros indicadores para uma compreensão holística da saúde financeira de uma empresa.

Por que o EBITDA é importante?

Agora que você já sabe o que é EBITDA, é crucial entender por que essa métrica se tornou uma ferramenta tão importante no universo empresarial. 

Contudo, existem diversas razões que destacam a relevância do EBITDA para gestores, investidores e analistas financeiros. Por isso, a seguir, vamos explorar algumas delas:

Medição do desempenho operacional

O EBITDA proporciona uma medida clara e direta do desempenho operacional de uma empresa, focando exclusivamente nos resultados gerados por suas atividades principais. 

Essa visualização permite que gestores avaliem a eficiência da empresa em gerar lucro a partir de suas operações centrais, independentemente de fatores externos.

Comparação entre empresas e setores

Outro ponto é que a exclusão de elementos como juros, impostos, depreciação e amortização torna o EBITDA uma métrica padronizada. 

Facilitando, assim, a comparação de desempenho entre empresas de diferentes setores e tamanhos, fornecendo uma base consistente para análise comparativa.

Avaliação da capacidade de geração de caixa

Ao desconsiderar despesas não relacionadas ao fluxo de caixa operacional, o EBITDA oferece uma visão mais precisa da capacidade natural de uma empresa gerar caixa. 

Esse é um ponto crucial para entender qual a real capacidade de reinvestir, pagar dívidas ou distribuir dividendos.

Tomada de decisões estratégicas

Gestores podem utilizar o EBITDA como uma ferramenta para embasar decisões estratégicas. Com a ajuda dessa métrica, ao focar no desempenho operacional, podem identificar áreas que necessitam de melhorias e otimizar recursos para impulsionar a rentabilidade.

Facilita a análise de rentabilidade

Além disso, o EBITDA é especialmente útil para analisar a rentabilidade das operações principais, pois elimina distorções causadas por fatores não operacionais. 

Mais um ponto importante, dessa vez para investidores que buscam entender a viabilidade de um negócio a longo prazo.

Atrai investidores e credores

Investidores e credores utilizam frequentemente o EBITDA como parte da análise de viabilidade de investimento ou concessão de crédito. Já que a métrica fornece uma visão rápida e abrangente da saúde financeira da empresa.

Diferença entre EBITDA e EBIT

É comum que haja certa confusão entre o que é EBITDA (Lucros antes de Juros, Impostos, Depreciação e Amortização) e o que é EBIT (Lucro Operacional Antes dos Juros e Impostos), dado que ambas são amplamente utilizadas para avaliar o desempenho financeiro de uma empresa

Em outras palavras, a distinção entre essas métricas é fundamental para interpretar corretamente os resultados financeiros de uma empresa e para a tomada de decisões informadas.

Afinal, embora ambos sejam indicadores valiosos, há diferenças cruciais entre eles que influenciam a interpretação do desempenho financeiro de uma empresa.

Enquanto a EBITDA destaca-se por ser uma métrica mais ampla, pois exclui não apenas juros e impostos, mas também depreciação e amortização; o EBIT é mais restrito, uma vez que inclui a depreciação e amortização em sua fórmula. 

EBIT

Sendo assim, o EBIT é uma métrica que se concentra na rentabilidade operacional de uma empresa, excluindo apenas as despesas financeiras (juros) e os encargos fiscais. Sua fórmula básica é:

EBIT = Receita operacional – Custos operacionais – Despesas operacionais

EBITDA

Por outro lado, vai além, excluindo não apenas os juros e impostos, mas também a depreciação e amortização. A fórmula básica da EBITDA é:

EBITDA = Receita operacional – Custos operacionais

Como fazer o cálculo de EBITDA?

Compreender o que é EBITDA e qual a sua importância é o primeiro passo para otimizar a gestão financeira de uma empresa. Agora, vamos detalhar o processo passo a passo sobre como realizar o cálculo do EBITDA, permitindo que gestores e analistas incorporem essa valiosa métrica em suas análises financeiras.

Conforme visto anteriormente, a EBITDA possui um cálculo básico:

EBITDA = Receita operacional – Custos operacionais

Mas do que se trata cada um desses fatores? 

Receita operacional

A receita operacional inclui todas as receitas provenientes das operações principais da empresa, como vendas de produtos ou serviços, e exclui receitas não operacionais, como ganhos de investimentos.

Custos operacionais

Já os custos operacionais englobam todos os custos relacionados à produção e entrega de produtos ou serviços e excluem despesas não operacionais, como juros sobre dívidas ou impostos.

O que é EBITDA: exemplo prático do cálculo

Considere uma empresa fictícia com uma receita operacional de R$ 1.000.000 e custos operacionais de R$ 600.000. Nesse cenário, o cálculo do EBITDA seria:

EBITDA = R$ 1.000.000 – R$ 600.000

R$ 400.00 = R$ 1.000.000 – R$ 600.000

No exemplo acima, o EBITDA da empresa é de R$ 400.000. O que significa que, antes de considerar juros, impostos, depreciação e amortização, a empresa gerou R$ 400.000 em lucros operacionais.

Assim, concluímos que o EBITDA é uma métrica financeira fundamental para entender o desempenho operacional de uma empresa. Assim, ao compreender o que é o EBITDA e como calculá-lo, os gestores podem tomar decisões mais informadas e estratégicas para impulsionar o crescimento e a rentabilidade dos negócios. 

Contudo, embora seja uma ferramenta bastante valiosa, é aconselhável usá-lo em conjunto com outras métricas para uma análise mais abrangente.

Conclusão

Em um mundo empresarial cada vez mais complexo e competitivo, compreender e utilizar métricas financeiras como o EBITDA é essencial para o sucesso e a sustentabilidade dos negócios. 

Por esse motivo, ao longo deste artigo, exploramos o significado do EBITDA, sua importância na avaliação do desempenho operacional das empresas e como realizar seu cálculo.

No entanto, é importante ressaltar que o EBITDA não deve ser utilizado isoladamente, mas sim em conjunto com outras métricas financeiras, para uma compreensão holística da saúde financeira de uma empresa.

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Carolina Durval

Carol da GestãoClick

Graduada em Jornalismo pela UFOP e pós-graduada em Revisão e Preparação de Textos pela PUC Minas, a Carol é Analista de Conteúdo da GestãoClick e apaixonada por comunicação, tecnologia e pela arte de transmitir conhecimento por meio da escrita.
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