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CFOP de entrada: conheça os principais

Descubra como o CFOP de entrada ajuda a controlar compras e manter a conformidade tributária do seu negócio.

Por Ivan Vilela
Atualizado em
CFOP de entrada: conheça os principais

O CFOP de entrada é um dos elementos mais importantes da rotina fiscal de uma empresa, mas ainda causa dúvidas em muitos empreendedores. 

Nesse sentido, entender esse código é extremamente importante para manter a contabilidade organizada, evitar erros em notas fiscais e garantir a conformidade com o Fisco. 

E essa atenção aos detalhes faz toda a diferença, especialmente em um cenário em que tantas empresas ainda enfrentam dificuldades para se manter ativas.

De acordo com dados da BigDataCorp, divulgados pela CNN Brasil, mais da metade dos negócios abertos no país, cerca de 51%, encerram as atividades em até três anos. 

Esse dado mostra como a gestão eficiente, inclusive no controle fiscal, é determinante para a sobrevivência das empresas.

Por isso, dominar o uso do CFOP de entrada não é apenas uma questão burocrática, mas uma forma de fortalecer o negócio e garantir segurança nas operações. 

Pensando em ajudar você, preparamos este artigo onde você vai entender o que é o CFOP de entrada, para que ele serve, como identificá-lo corretamente e de que forma um sistema de gestão pode facilitar todo esse processo.

Vem com a gente!

O que é CFOP de entrada?

O CFOP de entrada é um código usado para identificar a natureza das operações de compra que uma empresa realiza. 

A sigla significa Código Fiscal de Operações e Prestações, e cada número representa um tipo específico de movimentação de mercadorias ou serviços. Nesse sentido, ele ajuda o fisco a entender de onde vem o produto e qual o motivo da entrada no estoque da empresa.

Toda vez que uma empresa recebe mercadorias, devolve produtos ou realiza transferências internas, ela precisa usar o CFOP de entrada correto na nota fiscal

Isso garante que as informações fiquem padronizadas e que os impostos sejam calculados da forma certa.

Por exemplo, se uma loja compra produtos de um fornecedor do mesmo estado, ela usa um CFOP diferente daquele usado em compras vindas de outro estado ou do exterior. 

Ou seja, cada situação tem um código próprio, e escolher o número errado pode gerar erros fiscais e até multas.

Em resumo, o CFOP de entrada organiza e classifica as operações de compra que entram na empresa, e permite fazer um controle tributário e contábil mais eficiente.

Leia mais: CFOP: o que é, como aplicar e principais códigos [Atualizado Reforma Tributária 2026]

Para que serve o CFOP de entrada?

O CFOP de entrada serve para identificar o motivo e a origem de uma operação de compra dentro da empresa. 

Ele mostra se o produto veio de um fornecedor do mesmo estado, de outro estado ou até do exterior. Com isso, o sistema tributário entende qual imposto aplicar e como registrar a movimentação corretamente.

Além de organizar o controle fiscal, o CFOP de entrada também ajuda o empresário a manter a contabilidade em ordem

Afinal, cada código indica o tipo de operação, o que facilita o acompanhamento das compras, devoluções e transferências. Isso garante mais transparência nas notas fiscais e evita erros em auditorias.

Na prática, o CFOP de entrada funciona como um “guia” para o fluxo de produtos dentro da empresa. 

Quando o contador ou o sistema de gestão usa o código certo, todo o processo fiscal fica mais claro e seguro, desde o recebimento da mercadoria até o fechamento do balanço.

Como identificar um CFOP de entrada

Identificar um CFOP de entrada é mais simples do que parece. 

O código segue uma estrutura numérica que revela o tipo de operação, o destino e a finalidade da compra. 

Ao entender essa lógica, você consegue diferenciar as operações internas, interestaduais e até as que envolvem produtos importados.

Além disso, observar o prefixo do código ajuda a saber se a operação representa uma entrada ou uma saída. 

Essa leitura correta é importante para preencher a nota fiscal sem erros e manter o controle tributário da empresa em dia. 

Vem com a gente entender como identificar de maneira correta. 

Leia mais: CFOP: entenda o Código Fiscal de Operações e Prestações

Estrutura do código

O CFOP é formado por quatro dígitos, e cada um deles tem um significado específico.

  1. O primeiro número indica o tipo de operação (entrada ou saída);
  2. O segundo mostra a origem da mercadoria;
  3. Os dois últimos detalham o tipo de transação.

E é exatamente essa combinação torna o código único e fácil de interpretar.

Por exemplo, o código 1102 representa uma compra de mercadoria para revenda dentro do mesmo estado. Já o 2102 tem a mesma finalidade, mas indica uma compra vinda de outro estado.

Ou seja, pequenas mudanças nos números alteram totalmente o tipo de operação.

Saber ler essa estrutura evita erros na emissão de notas fiscais e garante que o sistema da empresa registre as entradas de forma correta e segura.

Prefixos que indicam operação de entrada

Os CFOPs de entrada sempre começam com os números 1, 2 ou 3. Nesse sentido, cada prefixo indica de onde veio a mercadoria.

  • 1.000: operações realizadas dentro do mesmo estado;
  • 2.000: operações interestaduais;
  • 3.000: operações com o exterior.

Esses prefixos funcionam como um mapa. Se o código começa com 1, você já sabe que a compra aconteceu dentro do estado.

Se começa com 2, o produto veio de outro estado. E se o número inicial for 3, trata-se de uma importação.

Exemplos práticos de códigos

Para visualizar melhor, imagine que uma loja em Belo Horizonte compre mercadorias de um fornecedor local. Nesse caso, ela usará o CFOP 1102.

Agora, se essa mesma loja comprar de um fornecedor em São Paulo, o código será 2102.

Já se importar um produto dos Estados Unidos, o correto será 3102.

Entender essa diferença é muito importante para evitar inconsistências fiscais e manter o controle das compras sempre em conformidade com a legislação.

Quais são os principais CFOP de entrada?

Os CFOPs de entrada mais utilizados representam as operações mais comuns no dia a dia das empresas. Eles variam conforme a origem da mercadoria, ou seja, dentro do estado, de outro estado ou do exterior. 

Para ajudar você, separamos os principais CFOPs de entrada divididos por tipo de operação. Cada grupo tem códigos específicos que indicam o motivo e a origem da compra.

Vem com a gente conhecer!

CFOP de entrada dentro do estado

As operações dentro do estado envolvem compras e devoluções feitas entre empresas localizadas na mesma unidade federativa. 

Esses códigos começam com o número 1, que indica uma operação interna. Eles são muito comuns em comércios e indústrias que compram de fornecedores locais.

A vantagem dessas operações é a praticidade, já que não há diferença de alíquota entre estados e o processo de tributação costuma ser mais simples.

1101 – Compra para industrialização ou produção rural

Esse código indica a compra de insumos usados na produção de bens ou atividades rurais

Por exemplo, uma fábrica que adquire matéria-prima de um fornecedor local usa o CFOP 1101 na nota fiscal. 

Ou seja, ele mostra que o produto vai entrar no processo produtivo e não será revendido diretamente.

1102 – Compra para comercialização

O CFOP 1102 serve para compras de produtos destinados à revenda

Um exemplo prático é uma loja de roupas que compra mercadorias de um fornecedor do mesmo estado para vender ao consumidor final.

Esse código ajuda a diferenciar as compras de revenda das compras de produção e evita a confusão na contabilidade para garantir que o imposto seja calculado de forma correta.

1201 – Devolução de venda de produção do estabelecimento

O CFOP 1201 representa a devolução de produtos vendidos anteriormente pela empresa

Isso acontece quando o cliente devolve mercadorias por troca, defeito ou qualquer outro motivo.

Ao registrar essa devolução, a empresa consegue ajustar o estoque e o faturamento, além de manter a conformidade fiscal.

CFOP de entrada interestadual

Os CFOPs interestaduais começam com o número 2 e indicam operações entre empresas de estados diferentes. 

Eles são usados quando uma empresa adquire produtos ou insumos de outro estado do Brasil.

Essas operações exigem mais atenção porque envolvem diferenças de alíquotas de ICMS e regras específicas de substituição tributária.

2101 – Compra para industrialização ou produção rural

Esse código indica a compra de matérias-primas ou produtos rurais vindos de outro estado. 

Uma indústria mineira que compra insumos de um fornecedor em São Paulo, por exemplo, deve usar o CFOP 2101.

Ele mostra que o produto será usado na produção, mas que a origem é interestadual, o que muda o cálculo dos impostos.

2102 – Compra para comercialização

O CFOP 2102 identifica compras de mercadorias para revenda vindas de outro estado. 

Por exemplo, um supermercado em Minas Gerais que compra produtos de um distribuidor no Rio de Janeiro deve registrar a nota com esse código.

Esse controle é importante para evitar divergências tributárias e garantir que o recolhimento do ICMS ocorra de acordo com a legislação.

2201 – Devolução de venda de produção do estabelecimento

O código 2201 representa a devolução de uma venda feita para outro estado

Ou seja, ele serve para registrar a entrada da mercadoria devolvida e ajustar o estoque e o faturamento.

Essa operação é necessária não só para manter o controle correto do fluxo de produtos, mas também das informações fiscais entre diferentes estados.

CFOP de entrada do exterior

Os CFOPs que começam com o número 3 representam importações, ou seja, produtos vindos de fora do país. 

Eles são usados em operações que exigem cuidados extras com documentação e pagamento de tributos específicos, como o Imposto de Importação (II) e o ICMS-Importação.

Esses códigos ajudam a identificar claramente que o produto tem origem estrangeira e entrou no país por meio de um processo de importação formal.

3101 – Compra para industrialização ou produção rural

Esse código indica a importação de matérias-primas ou produtos agrícolas que serão usados em processos produtivos. 

Um exemplo é uma indústria que importa componentes eletrônicos para fabricar equipamentos no Brasil.

Nesse caso, o CFOP 3101 permite que o registro fiscal mostre que o produto veio do exterior e que será usado na produção, não na revenda.

3102 – Compra para comercialização

O CFOP 3102 é usado quando a empresa importa mercadorias para revender no mercado interno. 

Um exemplo seria uma loja que traz produtos dos Estados Unidos para revender no Brasil.

Com esse código, o sistema fiscal identifica que a operação é de importação para comercialização, além de garantir que todos os impostos incidentes sobre a entrada sejam corretamente aplicados.

Como os CFOP de entrada são classificados?

Depois de entender quais são os principais CFOPs de entrada, é importante saber como eles se classificam. 

Essa classificação segue uma lógica simples e ajuda a identificar rapidamente a origem da operação. 

Ou seja, o primeiro número do código mostra se a compra aconteceu dentro do estado, entre estados ou fora do país.

Essas categorias (1.000, 2.000 e 3.000) permitem que empresas, contadores e sistemas de gestão fiscal organizem as notas de entrada com clareza. 

Assim, cada operação fica registrada de acordo com a sua natureza e origem, evitando confusões na escrituração

Vamos juntos entender melhor sobre cada uma delas!.

1.000 – Operações dentro do estado

Os códigos que começam com o número 1 indicam operações realizadas dentro do mesmo estado

Eles são usados quando a empresa compra ou recebe produtos de fornecedores locais. Além disso, essa categoria inclui tanto compras para revenda quanto devoluções de vendas internas.

Por exemplo, uma padaria em Belo Horizonte que compra farinha de um fornecedor mineiro usa um CFOP iniciado em 1. 

Esse tipo de operação tem tributação mais simples, já que não envolve diferença de alíquotas entre estados.

2.000 – Operações interestaduais

Os CFOPs iniciados com 2 representam operações entre estados diferentes

Eles são aplicados quando uma empresa compra mercadorias de outro estado, seja para revenda, produção ou devolução.

Essas operações exigem atenção, pois o cálculo do ICMS pode variar de acordo com o estado de origem e o destino da mercadoria. 

Por isso, entender essa classificação evita erros fiscais e garante que a nota fiscal de entrada seja emitida corretamente.

3.000 – Operações com o exterior

Os códigos que começam com 3 indicam operações de importação, ou seja, compras feitas de fornecedores estrangeiros.

Essa categoria abrange tanto insumos para produção quanto produtos destinados à revenda.

Nessas situações, a empresa precisa seguir regras específicas de importação e recolher tributos como II e ICMS-Importação. 

Por isso, identificar corretamente o CFOP de entrada nessa categoria garante conformidade fiscal e facilita a gestão de produtos vindos do exterior.

Quais cuidados tomar ao usar o CFOP de entrada?

Usar o CFOP de entrada de forma correta é essencial para manter a conformidade fiscal e evitar problemas com o Fisco. 

Afinal, como falamos, cada código tem uma função específica, e um erro na escolha pode gerar retrabalho, multas ou inconsistências na escrituração. 

Por isso, é importante entender o contexto de cada operação antes de emitir a nota fiscal.

Além disso, o CFOP precisa refletir exatamente o tipo de movimentação que ocorreu, se a compra foi dentro do estado, entre estados ou do exterior. 

Um simples detalhe, como a origem da mercadoria, muda completamente o código que deve ser utilizado. Assim, o cuidado na conferência evita erros no cálculo de tributos e garante que o registro das entradas aconteça de forma correta.

Veja alguns cuidados importantes que ajudam a evitar falhas:

  • Confira o tipo de operação: analise se a nota se refere a compra, devolução, bonificação ou transferência;
  • Valide o código antes da emissão: consulte sempre a tabela oficial de CFOPs atualizada para confirmar se o código é o correto;
  • Evite usar códigos genéricos: eles podem gerar dúvidas na fiscalização e comprometer a credibilidade da empresa;
  • Use um sistema de gestão confiável: um bom ERP identifica e sugere o CFOP de entrada adequado, reduzindo o risco de erro humano.

Com atenção e o apoio de um sistema automatizado, fica mais fácil garantir que o CFOP de entrada esteja sempre correto, e que a sua empresa mantenha a segurança e a precisão nas obrigações fiscais.

Como um sistema de gestão ajuda no uso correto do CFOP de entrada

Na prática, um sistema de gestão facilita muito o uso correto do CFOP de entrada. 

Ele automatiza tarefas que, quando feitas manualmente, aumentam o risco de erro e retrabalho. 

Com o software certo, a empresa consegue classificar cada operação fiscal de forma rápida e precisa, garantindo que o código utilizado seja o adequado para o tipo de movimentação registrada.

Além disso, o sistema centraliza informações e cruza dados automaticamente, o que ajuda a identificar possíveis inconsistências antes da emissão da nota fiscal. 

Assim, o gestor evita problemas com a contabilidade e mantém todas as entradas organizadas e em conformidade com a legislação.

Entre as principais vantagens de usar um sistema de gestão no controle do CFOP de entrada, estão:

  • Sugestão automática de CFOP com base no tipo de operação e no fornecedor;
  • Redução de erros manuais ao preencher notas fiscais e registros de entrada;
  • Integração com o setor contábil para garantir que os dados cheguem corretos e no formato exigido;
  • Relatórios completos para acompanhar o histórico de entradas e facilitar auditorias fiscais.

Com o apoio da tecnologia, o uso do CFOP de entrada deixa de ser uma dor de cabeça e se torna uma rotina simples, segura e eficiente para qualquer empresa.

Conclusão

Como vimos, entender o CFOP de entrada é extremamente importante para manter a organização fiscal e contábil de qualquer empresa.

Esse código garante que cada operação de compra, devolução ou importação seja registrada corretamente, e diminui erros que podem gerar multas e complicar o relacionamento com o Fisco.

Quando usado da maneira certa, o CFOP ajuda a empresa a ter mais controle sobre as movimentações e mais segurança nas informações fiscais.

Além disso, o uso de um sistema de gestão torna todo esse processo mais ágil e confiável. 

Afinal, a automação reduz falhas humanas, padroniza as informações e facilita a emissão de notas fiscais de forma precisa. 

Assim, o gestor ganha tempo e tranquilidade para focar no crescimento do negócio.

Em um cenário em que a fiscalização se torna cada vez mais digital e rigorosa, manter o uso do CFOP de entrada em conformidade é mais do que uma obrigação: é uma estratégia inteligente. 

E com conhecimento, atenção e tecnologia, sua empresa garante eficiência, transparência e segurança nas operações fiscais do dia a dia.

Ivan Vilela

Ivan da GestãoClick

Ivan é formado em Jornalismo pela Universidade Federal de Ouro Preto e possui pós-graduação em Revisão e Preparação de Textos pela PUC Minas.
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