Os tributos empresariais criam um risco silencioso que atinge quase todas as empresas do país.
Um levantamento do IBPT mostra que 95% das organizações brasileiras pagam mais impostos do que deveriam, e muitas fazem isso sem perceber.
Agora, com a promulgação da Reforma Tributária, esse risco cresce e empurra empreendedores para uma corrida urgente por informação clara e decisões certas.
A reforma muda regras, cria novos tributos, extingue impostos antigos e transforma completamente a forma como você paga e declara suas obrigações.
E, no meio disso tudo, há pequenos negócios perdidos porque não entendem o básico, e essa falta de clareza custa caro.
Quando você não domina os próprios tributos, você paga mais do que precisa, comete erros e aumenta a chance de cair em multas.
Para entender tudo isso agora, antes que as mudanças deixem sua empresa vulnerável, preparamos este guia que mostra exatamente o que você paga hoje, o que muda com a Reforma Tributária e como você evita desperdícios que afetam seu caixa.
Se você quer proteger seu negócio, continue com a gente!
O que são tributos empresariais?
Tributos empresariais são todas as cobranças obrigatórias (impostos, taxas e contribuições) que uma empresa deve pagar ao governo (Federal, Estadual ou Municipal) para operar legalmente.
Eles variam de acordo com o regime tributário (Simples Nacional, Lucro Presumido ou Real) e a atividade do negócio.
Eles podem parecer complexos à primeira vista, mas você entende tudo com clareza quando divide cada tipo de tributo em partes simples.
Por isso, antes de falar dos cálculos e das mudanças da Reforma Tributária, você precisa compreender o conceito geral.
Nesse sentido, ele não funciona como uma taxa opcional e nem depende do porte da empresa: qualquer negócio, mesmo pequeno, paga algum tipo de tributo.
Vamos entender melhor como funciona os tributos no nosso país. Vem com a gente!
Diferença entre tributo, imposto, taxa e contribuição
Você encontra quatro termos diferentes no dia a dia fiscal: tributo, imposto, taxa e contribuição. Eles parecem iguais, mas cada um tem uma função específica.
- O tributo é o grupo maior, que engloba todos os outros;
- Já o imposto, por exemplo, não exige nenhuma contrapartida direta do governo e incide sobre renda, lucro, consumo ou patrimônio da empresa. O ICMS e o IRPJ são bons exemplos;
- A taxa, por outro lado, funciona de outro modo, porque depende de um serviço público específico. Quando o município coleta lixo ou emite um documento, ele cobra uma taxa;
- Por fim, as contribuições aparecem quando o governo direciona o valor para áreas específicas, como Previdência Social ou seguridade. PIS, Cofins e CPP entram nessa categoria.
Quando você aprende essa diferença, você organiza melhor seus pagamentos e entende por que cada cobrança existe.
Tabela comparativa
Para ajudar ainda mais, preparamos uma tabela que ajuda a entender melhor as diferenças de forma prática.
Confira com a gente!
| Tipo | Definição | Exemplo |
| Tributo | Todo valor obrigatório cobrado pelo governo. | Todos os itens da tabela. |
| Imposto | Cobrança sem contrapartida direta do governo. | IRPJ, ICMS, ISS. |
| Taxa | Cobrança vinculada a um serviço público específico. | Taxa de coleta de lixo. |
| Contribuição | Valor destinado a uma área específica definida por lei. | PIS, Cofins, CPP. |
Quais são os principais tributos que sua empresa paga hoje?
Os tributos empresariais fazem parte da rotina de qualquer negócio, mesmo dos pequenos. Por isso, entender quais são eles ajuda você a organizar melhor o financeiro e evitar surpresas no fim do mês.
Além disso, quando você conhece cada tributo, você conversa com mais segurança com o contador e toma decisões mais inteligentes sobre o regime tributário.
Para facilitar sua compreensão, vamos dividir os tributos em grupos. Assim, você visualiza o que incide no nível federal, estadual e municipal.
Esse primeiro contato funciona como um glossário simples, ideal para quem está começando e precisa entender os nomes mais comuns do universo fiscal.
Vem com a gente!
📖Entenda também: Entenda o sistema tributário atual e por que ele muda
Tributos federais
Os tributos federais representam os valores que o governo federal cobra das empresas. Eles aparecem com frequência no dia a dia de qualquer negócio, porque incidem sobre lucro, faturamento ou folha de pagamento.
Mesmo que você tenha uma empresa pequena, esses tributos fazem parte do seu planejamento financeiro.
Além disso, os tributos federais influenciam o quanto você paga no Simples Nacional, no Lucro Presumido ou no Lucro Real.
Por isso, compreender cada um deles evita erros e dá mais clareza para você escolher o regime mais vantajoso.
IRPJ
O IRPJ representa o Imposto de Renda da Pessoa Jurídica e incide diretamente sobre o lucro da empresa.
No Lucro Presumido, o governo calcula esse lucro com base em percentuais pré-definidos. No Lucro Real, ele analisa o resultado contábil da empresa.
Por isso, esse tributo impacta o caixa e exige atenção às regras de cada regime, principalmente para que a empresa não pague a mais do que é necessário.
💡Saiba mais: IRPJ: o que é, quem deve declarar e como calcular o imposto
CSLL
A CSLL, sigla para Contribuição Social sobre o Lucro Líquido, complementa o IRPJ, porque também incide sobre o lucro.
O objetivo principal dele é financiar a seguridade social, como saúde, previdência e assistência social.
No Lucro Presumido, ela segue percentuais fixos. Já no Lucro Real, ela depende do resultado financeiro real da empresa.
Como esses dois tributos andam juntos, você sempre analisa os dois no mesmo contexto.
A CSLL pesa na carga tributária e influencia o custo final da sua operação. Por isso, você precisa conhecer esse tributo antes de definir o melhor regime tributário para o seu negócio.
PIS
O Programa de Integração Social, conhecido como PIS, financia programas sociais e incide sobre o faturamento.
Ele funciona de maneira simples no Lucro Presumido, com alíquota fixa. No Lucro Real, ele permite créditos, o que reduz a cobrança em alguns casos.
Apesar do nome complicado, o PIS segue uma lógica objetiva.
Esse tributo ainda existe, mas deixará de existir com a Reforma Tributária. Mesmo assim, você precisa entendê-lo para evitar erros no cenário atual.
💡Leia também: Guia completo sobre PIS: tudo o que você precisa saber
💡O que muda no PIS com a Reforma Tributária?
Cofins
A Cofins, abreviação de Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social, complementa o PIS e segue quase as mesmas regras.
Ou seja, ela também incide sobre o faturamento e varia conforme o regime tributário. No modelo não cumulativo, você usa créditos para reduzir o valor final. No modelo cumulativo, você paga a alíquota integral.
Esse tributo aparece com frequência em negócios que movimentam mercadorias ou prestam serviços. Por isso, compreender Cofins ajuda você a organizar seu fluxo de caixa.
💡Entenda também: Cofins: o que muda na Reforma Tributária e quem o substitui [Guia 2026]
IPI
O IPI é o Imposto sobre Produtos Industrializados. Ele vale tanto para produtos nacionais quanto importados.
Na prática, ele aparece no preço de venda e no processo de industrialização. Empresas do comércio geralmente não pagam IPI (exceto se forem importadoras diretas), mas precisam emitir notas fiscais com destaque desse imposto quando vendem produtos industrializados.
Se a sua empresa atua na indústria, você precisa conhecer o IPI para evitar erros na emissão de notas e no cálculo do preço final.
Saiba mais:
CPP
A CPP representa a Contribuição Previdenciária Patronal. Ela incide sobre a folha de pagamento e financia a Previdência Social.
Por isso, toda empresa que contrata funcionários paga CPP, independentemente do regime tributário.
A CPP impacta diretamente o custo de cada colaborador. Por isso, muitos empreendedores analisam esse tributo quando planejam contratações ou avaliam reajustes salariais.
Tributos estaduais e municipais
Os tributos estaduais e municipais variam conforme a região onde a empresa opera. Eles aparecem com frequência no comércio e nos serviços, porque incidem sobre circulação de mercadorias ou prestação de serviços.
Esses tributos influenciam diretamente o preço final do produto ou serviço.
Além disso, eles conversam com as obrigações acessórias, como notas fiscais eletrônicas.
Quando você emite notas de forma correta, você evita multas e simplifica sua relação com o Fisco. Por isso, esses tributos merecem atenção especial.
ICMS
O ICMS, Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços, incide sobre a circulação de mercadorias e sobre alguns tipos de serviços, como transporte e comunicação.
Ele varia de estado para estado e influencia o preço final de tudo que a sua empresa vende. Ou seja, se você atua no comércio, esse tributo faz parte da sua rotina diária.
O ICMS também exige atenção ao emitir notas fiscais, porque cada operação tem regras diferentes.
Por isso, quando você domina o básico desse tributo, você evita problemas com o Fisco e reduz erros no cálculo.
💡Saiba mais: Cálculo do ICMS: como fazer?
ISS
O Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza, conhecido como ISS, incide sobre a prestação de serviços e pertence ao município.
Ele aparece em praticamente todo tipo de negócio que oferece algum tipo de serviço. A alíquota varia entre 2% e 5%, dependendo da cidade e da atividade cadastrada no CNPJ.
Esse tributo exige emissão correta de notas de serviço. Por isso, quando você organiza esse processo, você diminui riscos e mantém sua empresa em dia com o município.
Na prática: como funcionam e como são calculados os impostos
Os tributos empresariais podem parecer difíceis no começo, mas você entende tudo quando observa como cada imposto funciona na prática.
Cada tributo segue uma lógica própria e se conecta com o regime tributário da empresa, por isso entender o cálculo ajuda você a evitar erros e organizar melhor suas finanças.
E, como sabemos, quando você enxerga esses tributos no dia a dia, você diminui muito a chance de pagar valores incorretos e consegue planejar seu caixa com mais segurança.
Para ficar ainda mais fácil o entendimento, vamos explicar cada grupo com exemplos simples, que deixam tudo mais claro.
Vem com a gente!
IRPJ e CSLL: cálculo e exemplo
O IRPJ e a CSLL são impostos cobrados sobre o lucro, e não sobre o total das vendas. O “pulo do gato” é entender como o governo define o que é o seu lucro, de acordo com a Lei nº 9.249/1995.
Existem duas formas principais de definir isso:
- Lucro Real: é a conta exata. Ou seja, você pega tudo que vendeu, subtrai todas as despesas comprovadas (aluguel, luz, salários, fornecedores). O que sobrar no final é o lucro real;
- Lucro Presumido: é uma estimativa simplificada. Nesse caso, o governo ignora suas despesas reais. Ele aplica uma porcentagem fixa sobre suas vendas.
Vamos entender melhor com um exemplo prático no comércio: imagine que sua loja vendeu R$ 10.000,00 em produtos este mês.
No Lucro Presumido, o governo não quer saber quanto você gastou. Para o comércio, a regra é fixa:
- Para o IRPJ, ele presume que seu lucro foi de 8% das vendas (ou seja, R$ 800).
- Para a CSLL, ele presume que seu lucro foi de 12% das vendas (ou seja, R$ 1.200).
- O imposto será calculado apenas sobre esses R$ 800 e R$ 1.200, e não sobre os 10 mil cheios.
Já no Lucro Real, a conta é feita na ponta do lápis.
- Vendas: R$ 10.000.
- Despesas (compras, luz, folha, aluguel): R$ 9.700.
- Lucro de verdade: R$ 300.
- Neste caso, você pagará os impostos apenas sobre os R$ 300 que sobraram.
Ou seja, em resumo, no Presumido, a base de cálculo é fixa. No Real, a base varia conforme suas despesas reais.
PIS e Cofins: cumulativo e não cumulativo
O PIS e a Cofins incidem sobre o faturamento da empresa e seguem dois modelos: cumulativo e não cumulativo.
No modelo cumulativo, regido pela Lei nº 9.718/1998, você aplica a alíquota diretamente sobre o faturamento. No modelo não cumulativo, previsto nas Leis nº 10.637/2002 e nº 10.833/2003, você usa créditos para reduzir o valor final.
Esse funcionamento preocupa muitos empreendedores, mas a lógica é simples quando você vê um exemplo. Para isso, imagine que você faturou R$ 5.000.
- No modelo cumulativo, você aplica a alíquota e paga o valor final sem abatimentos;
- No modelo não cumulativo, você pode descontar créditos gerados por compras relacionadas à sua operação. Se você gastou R$ 2.000 com insumos e conseguiu créditos, o valor final diminui.
Assim, esse sistema funciona como um equilíbrio entre o que você vende e o que você compra.
ICMS e ISS: circulação e serviços
O ICMS incide sobre a circulação de mercadorias e alguns serviços específicos, como transporte. Nesse sentido, esse imposto varia conforme o estado, o que exige atenção na emissão de notas.
Ou seja, o cálculo sempre depende da operação realizada, mas a lógica geral se mantém: sempre que ocorre circulação, o ICMS entra em cena.
Já o ISS incide sobre a prestação de serviços e pertence ao município.
A alíquota varia entre 2% e 5%, dependendo da atividade e da cidade e se destaca nas empresas que prestam serviços, como salões de beleza, consultorias e assistências técnicas, de acordo com a Lei Complementar nº 116, de 31 de julho de 2003.
Observe um exemplo simples: você vende um produto físico, e o ICMS aparece. Você presta um serviço, e o ISS entra.
Encargos trabalhistas: INSS Patronal/CPP
Ao contratar um funcionário, além do salário, a empresa arca com custos sobre a folha de pagamento para financiar a seguridade social.
- INSS Patronal (ou CPP): é a contribuição da empresa para a Previdência Social. Em regimes normais, custa geralmente 20% sobre o total da folha. Ele financia aposentadorias e benefícios;
- Terceiros e RAT: além dos 20%, a empresa paga contribuições para “Terceiros” (como SESC, SENAI, SEBRAE – conhecido como Sistema S) e o RAT (Risco Ambiental do Trabalho), que variam conforme a atividade da empresa.
Ou seja, no regime normal, o custo da empresa vai muito além do salário nominal, pois soma-se o INSS Patronal, o RAT e os Terceiros, conforme dita a Lei nº 8.212/1991.
Regimes tributários: o fator decisivo no valor do imposto
Os tributos empresariais mudam completamente conforme o regime tributário da empresa.
Por isso, entender esses regimes ajuda você a prever quanto vai pagar e permite que você escolha o formato mais vantajoso para o seu negócio.
Essa escolha influencia diretamente o IRPJ, a CSLL, o PIS, a Cofins e até os custos com folha.
Além disso, o regime define como cada imposto funciona na prática: a forma de cálculo, as alíquotas e até a possibilidade de usar créditos tributários.
Vem com a gente entender como funciona na prática!
Simples Nacional
O Simples Nacional reúne vários tributos em uma única guia mensal chamada DAS.
Essa estrutura facilita a vida do microempreendedor e reduz a burocracia, principalmente para quem está começando.
As alíquotas variam conforme o faturamento e o tipo de atividade da empresa, que se encaixa em um dos anexos do Simples.
Esse regime funciona muito bem para quem tem faturamento de até R$ 4,8 milhões por ano. Mesmo assim, ele exige atenção, porque as alíquotas aumentam conforme o faturamento cresce.
Quando você analisa com calma os anexos, você entende qual deles representa melhor a sua atividade e evita pagar mais do que deveria.
Tabela de anexos e alíquotas
A tabela abaixo apresenta um resumo simples dos anexos:
| Anexo | Tipo de atividade | Alíquota inicial |
| Anexo I | Comércio | 4,00% |
| Anexo II | Indústria | 4,50% |
| Anexo III | Serviços (ex.: academias) | 6,00% |
| Anexo IV | Serviços com folha elevada | 4,50% |
| Anexo V | Serviços de alta complexidade | 15,50% |
Lucro Presumido
O Lucro Presumido funciona com uma lógica simples: o governo presume a margem de lucro da sua empresa e calcula o IRPJ e a CSLL sobre esse percentual.
Essa presunção varia conforme o tipo de atividade e facilita o cálculo para empresas que têm uma margem de lucro previsível.
Esse regime funciona muito bem para empresas de serviços ou comércios que têm uma operação mais estável.
Assim, você visualiza com clareza quanto deve pagar e organiza seu caixa com mais tranquilidade.
Quando você entende a tabela de presunção, você toma decisões mais conscientes.
Tabela de percentuais de presunção (base de cálculo do IRPJ)
| Atividade | Percentual de presunção |
| Comércio | 8% |
| Indústria | 8% |
| Serviços (ex.: consultoria) | 32% |
| Transporte de carga | 8% |
| Transporte de passageiros | 16% |
Observação importante sobre a CSLL: a tabela acima refere-se à base de cálculo do IRPJ. Para a CSLL, a regra muda: a base é de 12% para comércio/indústria e 32% para prestadores de serviços, conforme determina o Art. 20 da Lei nº 9.249/95.
Lucro Real
O Lucro Real calcula os tributos sobre o lucro verdadeiro da empresa, depois de todas as despesas registradas.
Ele funciona muito bem para empresas que têm despesas altas ou margens de lucro baixas. Além disso, ele permite o uso de créditos tributários, o que reduz o valor final em muitos casos.
Esse regime exige organização contábil e financeira. Mesmo assim, ele pode gerar economia quando a empresa opera com margens reduzidas ou enfrenta oscilações no faturamento.
Por isso, muitas empresas maiores escolhem o Lucro Real para manter o controle preciso dos tributos empresariais.
Calendário fiscal: quando pagar cada tributo?
Você paga cada tributo em uma data específica, e esse calendário fiscal organiza os tributos empresariais ao longo do mês. Esse controle evita multas, juros e atrasos que podem prejudicar o caixa.
Por isso, entender a periodicidade de cada imposto ajuda você a manter a empresa em dia e dá mais segurança no planejamento financeiro.
Além disso, cada tributo segue uma regra própria de vencimento. Alguns vencem todo mês, como o DAS e o INSS Patronal, enquanto outros seguem calendário trimestral, como o IRPJ e a CSLL no Lucro Presumido.
Vem entender melhor como funciona!
Tabela: entenda a particularidade de cada um
O calendário fiscal muda conforme o regime tributário e o tipo de imposto, mas a lógica geral permanece fácil de entender.
Essa organização ajuda você a prever custos e garante que sua empresa funcione com regularidade ao longo do ano.
Por isso, veja abaixo um resumo dos principais tributos, suas periodicidades e os vencimentos mais comuns. Essa visão clara facilita seu controle e apoia uma gestão contábil mais segura.
| Tributo | Periodicidade | Vencimento comum |
| DAS (Simples Nacional) | Mensal | Dia 20* |
| IRPJ (Lucro Presumido) | Trimestral | Último dia útil do trimestre |
| CSLL (Lucro Presumido) | Trimestral | Último dia útil do trimestre |
| IRPJ (Lucro Real) | Mensal ou Trimestral | Último dia útil do período |
| CSLL (Lucro Real) | Mensal ou Trimestral | Último dia útil do período |
| PIS | Mensal | Dia 25 |
| Cofins | Mensal | Dia 25 |
| ICMS | Mensal (varia por estado) | Geralmente entre dia 15 e 20 |
| ISS | Mensal (varia por município) | Geralmente entre dia 10 e 15 |
| INSS Patronal | Mensal | Dia 20** |
| CPP | Mensal | Dia 20** |
*Se a data cair em fim de semana ou feriado, o vencimento do Simples é prorrogado até o próximo dia útil.
**Se não for dia útil, INSS Patronal e CPP ANTECIPAM o vencimento para o dia útil anterior.
Reforma Tributária: o que muda para a sua empresa?
A Reforma Tributária muda o conjunto de tributos empresariais que você paga hoje e cria um novo sistema baseado em dois impostos: a CBS e o IBS.
Essa mudança simplifica o modelo atual, reduz a quantidade de tributos e cria regras mais claras para empresas de todos os portes.
Por isso, você precisa entender o que deixa de existir e o que passa a valer nos próximos anos.
Além disso, a Reforma cria um período de transição longo, que vai de 2026 a 2033. Isso significa que você não precisa mudar tudo imediatamente.
Esse tempo facilita o planejamento e permite que você se adapte com segurança, sem correr riscos e sem atrapalhar a rotina do seu negócio.
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💡E, para conhecer tudo o que envolve a Reforma Tributária, acesse o nosso conteúdo: Dicionário da Reforma Tributária: todos os termos que você precisa saber.
Tributos que deixam de existir: PIS, Cofins, IPI, ICMS e ISS
A Reforma extingue tributos conhecidos e presentes na rotina de todas as empresas.
Ela elimina o PIS e a Cofins, que hoje incidem sobre o faturamento. Já o IPI terá suas alíquotas reduzidas a zero para a maioria dos produtos, sendo substituído na prática pelo Imposto Seletivo (IS) para itens nocivos à saúde e meio ambiente.
Por isso, o IPI continuará incidindo apenas sobre produtos que concorram com a produção da Zona Franca de Manaus.
Além disso, ela substitui o ICMS, de responsabilidade dos estados, e o ISS, que pertence aos municípios. Esses tributos somam grande parte da carga tributária atual.
Essa mudança cria um sistema mais unificado, porque os antigos tributos funcionam com regras diferentes em cada região.
Com a Reforma, o governo reduz essa complexidade e cria um caminho mais previsível para calcular impostos. Isso ajuda o empreendedor que trabalha com vendas para vários estados e cidades.
Mesmo com a extinção desses tributos, eles ainda valem durante o período de transição. Por isso, você precisa acompanhar os prazos, porque o sistema muda aos poucos.
Assim, você evita erros e mantém sua empresa organizada ao longo dos próximos anos.
💡Se aprofunde mais no tema: Quais impostos serão extintos com a Reforma Tributária 2025?
Tributos que passam a existir
CBS
A CBS representa o novo imposto federal sobre consumo e substitui o PIS e a Cofins.
Ela funciona com uma lógica mais simples porque elimina regras diferentes e reduz a chance de erro na hora de calcular os tributos empresariais.
Assim, você entende com mais clareza quanto paga e por que paga.
Esse imposto usa uma alíquota única para todas as empresas fora do Simples e cria um sistema mais transparente que facilita o controle financeiro no dia a dia.
💡Saiba mais: CBS: o que é, o que substitui e quando começa a valer
IBS
O IBS reúne o ICMS e o ISS em um único imposto administrado por estados e municípios. Ele traz regras padronizadas e reduz diferenças entre regiões, o que facilita muito a vida de quem vende para vários estados ou cidades.
Essa simplificação ajuda o empreendedor a emitir notas fiscais com mais segurança.
O IBS segue o conceito de imposto sobre consumo e cria uma cobrança mais uniforme no país.
Isso melhora o planejamento financeiro, porque você entende melhor como o tributo funciona e evita surpresas nas operações interestaduais e municipais.
💡Leia mais: IBS: o que é o substituto do ISS e ICMS
Imposto Seletivo
O Imposto Seletivo incide sobre produtos que fazem mal à saúde ou ao meio ambiente. Ele não faz parte do IVA, mas complementa o sistema da Reforma.
Na prática, ele funciona como um imposto adicional para desestimular itens considerados prejudiciais. Assim, ele cumpre um papel regulatório.
Esse imposto aparece apenas em categorias específicas, então a maioria dos pequenos empreendedores não lida com ele no dia a dia.
Mesmo assim, você precisa conhecê-lo para entender o novo cenário tributário e evitar dúvidas no futuro.
💡Conheça tudo: Imposto Seletivo (IS) ou “Imposto do Pecado”: o que é e quais produtos são afetados
Linha do tempo de transição 2026 a 2033
A Reforma Tributária muda aos poucos porque o governo cria um período de transição que dura de 2026 a 2033.
A partir de 2026, a CBS e o IBS começam a funcionar com alíquotas pequenas, enquanto o PIS, Cofins, ICMS, ISS e IPI permanecem ativos.
Assim, você paga parte do imposto no modelo antigo e parte no novo.
Mas, atenção aos prazos diferentes: o PIS e a Cofins serão extintos já em 2027, dando lugar à nova CBS.
Já o ICMS e o ISS terão uma transição mais longa: suas alíquotas serão reduzidas gradualmente entre 2029 e 2032, coexistindo com o novo IBS, até serem totalmente extintos em 2033.
Nesse período, você observa mudanças progressivas nas notas fiscais, nos cálculos e nas operações de venda.
Por isso, esse período exige atenção, mas também permite adaptação tranquila.
Em 2033, o Brasil passa a usar apenas o CBS, o IBS e o Imposto Seletivo. Nesse ano, os antigos tributos deixam de valer totalmente.
Assim, você trabalha com um sistema mais simples e com regras mais previsíveis.
💡Conheça o Cronograma completo da Reforma Tributária aqui!
Impacto prático para empresas do Simples Nacional
O Simples Nacional continua existindo após a Reforma, mas ele se adapta às novas regras.
A empresa permanece dentro dos anexos e dentro do DAS, mas passa a lidar com créditos relacionados ao IBS e à CBS quando vende para empresas de outros regimes.
Isso traz mais clareza ao fluxo de créditos e reduz distorções nas operações entre diferentes portes de empresas.
Além disso, o Simples ganha destaque porque ele facilita a adaptação ao novo sistema. A empresa não muda a forma de pagar o DAS, mas aprende a lidar com novos eventos fiscais na emissão de notas.
Assim, você continua trabalhando com a mesma rotina, mas com regras mais simples no cenário nacional.
Essa mudança melhora a competitividade do pequeno negócio, porque ela reduz diferenças entre estados e municípios.
Obrigações acessórias: mais do que apenas pagar tributos
As obrigações acessórias representam todas as declarações e documentos que você envia ao governo para mostrar que sua empresa calculou e pagou os tributos empresariais da forma correta.
Essas obrigações evitam multas e comprovam que você mantém sua empresa regularizada. Por isso, elas importam tanto quanto o pagamento dos impostos.
Além disso, cada obrigação possui uma finalidade específica. Algumas informam receitas, outras comprovam operações, e outras falam sobre folha de pagamento.
Quando você entende o papel de cada uma, você diminui os erros e organiza sua rotina fiscal com muito mais segurança.
Vem com a gente!
💡Saiba mais: O que são obrigações acessórias?
Principais declarações
As declarações fiscais funcionam como relatórios obrigatórios que sua empresa envia todos os meses ou uma vez por ano.
Ou seja, elas mostram ao governo tudo o que você vendeu, faturou e declarou. Por isso, você precisa manter esses documentos em dia para evitar problemas com o Fisco.
Essas declarações também garantem que sua empresa converse corretamente com a contabilidade.
Vem conhecer as principais declarações!
💡Entenda também: Obrigações acessórias: o que muda e quando muda com a Reforma Tributária
SPED
O SPED reúne várias informações fiscais e contábeis em formato digital. Ele organiza dados de notas fiscais, apurações de impostos e escrituração contábil.
Essa ferramenta facilita o controle do governo e cria um padrão único para entrega das informações.
Você usa o SPED quando registra vendas, compras ou movimentações que geram impostos. Isso cria uma linha do tempo fiscal que acompanha cada operação da empresa.
O contador utiliza esses dados para calcular os tributos mensais e manter sua empresa regularizada.
Quando você mantém o SPED organizado, você evita multas e garante uma gestão fiscal segura. Essa organização também facilita auditorias e consultas futuras.
💡Se aprofunde mais: Manual SPED Fiscal para empresas: tudo o que você precisa sabe
DCTF
A DCTF informa todos os tributos que você apura e paga ao governo. Ela funciona como um comprovante oficial que mostra o valor devido no mês e as guias que você quitou.
Por isso, ela se torna essencial na regularização fiscal.
Essa declaração aparece com frequência em empresas do Lucro Presumido e Lucro Real. Ela confirma que você apurou IRPJ, CSLL, PIS e Cofins corretamente.
Ou seja, cada informação enviada precisa ser fiel à realidade para evitar cobranças indevidas.
Quando você organiza a DCTF com atenção, você reduz riscos e apresenta informações que conversam com o restante das obrigações fiscais.
DEFIS
A DEFIS pertence ao Simples Nacional e reúne dados sobre faturamento, despesas e atividades da empresa. Ela funciona como um relatório anual que substitui outras obrigações mais complexas dos demais regimes.
Por isso, ela facilita muito a rotina das pequenas empresas.
Você entrega a DEFIS no início de cada ano com base no movimento do ano anterior. Essa declaração mostra tudo o que sua empresa fez: faturou, distribuiu ou manteve como saldo.
Esses dados apoiam a Receita Federal e confirmam sua regularidade.
E-Social
O eSocial centraliza informações sobre funcionários, folha de pagamento e obrigações trabalhistas. Ele envia tudo em um único sistema, o que facilita o controle do governo sobre vínculos e pagamentos.
Assim, ele garante que o trabalhador receba seus direitos corretamente.
Você usa o eSocial para registrar admissões, férias, desligamentos e pagamentos mensais. Esses dados alimentam o cálculo de encargos trabalhistas, como INSS e FGTS.
Por isso, ele se torna essencial para qualquer empresa que possui colaboradores.
Emissão correta de notas fiscais
A emissão correta de notas fiscais garante que sua empresa registre cada venda ou serviço da forma certa.
Isso importa porque o governo usa essas informações para conferir cálculos de tributos empresariais, como ICMS, ISS, PIS e Cofins.
Por isso, quando você emite notas de forma correta, você evita inconsistências e mantém suas operações transparentes.
Além disso, a nota fiscal funciona como uma proteção para o seu cliente e para sua empresa. Ela comprova a venda e permite que você resolva devoluções, garantias e contratos com segurança.
Por isso, você precisa emitir notas sempre que realiza uma venda ou presta um serviço.
💡Saiba também: Vantagens de migrar para um emissor de nota fiscal eletrônica eficiente
Gestão inteligente: como pagar menos e evitar erros
A gestão inteligente dos tributos empresariais ajuda você a reduzir custos e evitar problemas com o Fisco.
Ela combina organização, antecipação e escolhas bem feitas, principalmente na hora de definir o regime tributário e analisar o impacto de cada imposto no seu caixa.
Quando você cria esse hábito, você evita desperdícios e aumenta a segurança financeira da empresa.
Além disso, a gestão tributária fica mais simples quando você usa ferramentas que automatizam cálculos e reduzem erros.
Por isso, entender o básico e contar com sistemas que apoiam a rotina fiscal se torna essencial para qualquer pequeno empreendedor.
Planejamento tributário
O planejamento tributário permite que você escolha o regime mais vantajoso e organize sua empresa para pagar apenas o necessário dentro da lei.
Esse planejamento analisa faturamento, despesas, margem de lucro e tipo de atividade. Assim, você entende qual regime reduz sua carga tributária sem abrir mão da segurança fiscal.
Esse processo também ajuda você a visualizar riscos e oportunidades. Com esse cuidado, você antecipa obrigações, evita multas e identifica caminhos para economizar no longo prazo.
Por isso, o planejamento tributário se torna uma ferramenta fundamental para manter sua empresa saudável.
💡Saiba também: Contabilidade para pequenas empresas: como maximizar a gestão
Automação fiscal com GestãoClick
A automação fiscal facilita a sua rotina porque ela diminui os erros e agiliza as tarefas que antes exigiam muito tempo.
Para isso, o GestãoClick calcula impostos, organiza documentos e integra informações em um só lugar.
Assim, você trabalha com praticidade e mantém seus tributos empresariais sempre atualizados.
Veja como a automação ajuda no dia a dia:
- Calcula impostos automaticamente conforme o regime tributário;
- Emite notas fiscais com destaque de impostos correto;
- Gera relatórios que facilitam a comunicação com a contabilidade;
- Armazena documentos fiscais e evita perdas ou inconsistências;
- Reduz erros manuais e aumenta a segurança das informações.
Perguntas frequentes
Quais impostos uma empresa MEI paga?
Uma empresa MEI paga apenas o DAS, um boleto mensal que reúne INSS, ICMS ou ISS, dependendo da atividade.
Esse valor não muda com o faturamento e facilita a vida do microempreendedor. Além disso, o MEI não paga tributos como IRPJ, CSLL, PIS ou Cofins.
Mas atenção: se o MEI contratar um funcionário, ele precisará pagar a CPP (Contribuição Previdenciária Patronal) de 3% sobre o salário, que é recolhida em uma guia à parte do DAS, como rege a Lei Complementar nº 123/2006, Art. 18-A, § 3º, Inciso VI.
Qual é a carga tributária média de uma pequena empresa?
A carga tributária média de uma pequena empresa varia conforme o regime tributário, mas ela costuma ficar entre 6% e 16% do faturamento, principalmente no Simples Nacional.
Já no Lucro Presumido, a empresa pode pagar taxas maiores conforme a atividade e as margens de presunção.
O que acontece se eu não pagar os tributos empresariais?
Se você não paga os tributos empresariais, você acumula juros, multas e risco de inscrição na Dívida Ativa.
Além disso, o governo pode bloquear o CNPJ, impedir emissão de notas fiscais e dificultar acesso a crédito. Por isso, manter tudo em dia evita problemas sérios no futuro.
Como recuperar impostos pagos a mais?
Você recupera impostos pagos a mais quando identifica erros de cálculo ou classificações incorretas no regime tributário.
Para isso, a empresa solicita a restituição ou compensação diretamente no sistema da Receita Federal.
Esse processo exige organização fiscal e, muitas vezes, o apoio da contabilidade para validar os valores.
Conclusão
Hoje, você entendeu que os tributos empresariais influenciam diretamente a saúde financeira do seu negócio.
Ao longo do conteúdo, você viu como cada imposto funciona, quais tributos fazem parte do dia a dia da empresa e como o regime tributário determina o valor final que você paga.
Além disso, você aprendeu como a Reforma Tributária muda esse cenário e como as obrigações acessórias garantem a regularidade da sua empresa.
Também mostramos como o planejamento tributário e a automação reduzem erros e fortalecem sua gestão fiscal.
Quando você organiza suas informações, emite notas corretamente e mantém uma rotina clara, você evita multas, mantém sua empresa segura e toma decisões com mais confiança.
Ou seja, essa organização cria uma base sólida para o crescimento do seu negócio.
Para facilitar essa rotina, você pode contar com um sistema que calcula impostos automaticamente, organiza documentos e integra cada parte da gestão.
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