NCM e Reforma Tributária: saiba o que muda
Veja como a NCM e Reforma Tributária impactam impostos, cadastros e notas fiscais, e aprenda a se adaptar ao novo modelo.
A NCM e a Reforma Tributária estão no centro das atenções das empresas brasileiras. A menos de três meses da entrada em vigor das primeiras obrigações práticas da reforma, o cenário ainda exige atenção.
Um levantamento da empresa de tecnologia V360, divulgado pela Agência Brasil, mostrou que 72% das empresas de médio e grande porte ainda não estão preparadas para adaptar seus processos internos às novas regras de recolhimento e declaração de tributos sobre consumo.
Segundo o estudo, 33,2% das empresas ainda não discutiram internamente os impactos da reforma, enquanto 38,6% apenas iniciaram um levantamento preliminar. Apenas 28,1% já possuem um plano estruturado de adaptação para o novo sistema tributário.
Esses dados revelam que a maioria dos empreendedores ainda precisa entender como o novo modelo vai funcionar na prática. Por isso, compreender o papel da Nomenclatura Comum do Mercosul (NCM) dentro da Reforma Tributária se tornou um passo muito importante.
O código continua obrigatório, mas agora assume uma função estratégica: definir as alíquotas da CBS, IBS e do Imposto Seletivo (IS).
Assim, manter o cadastro fiscal atualizado será fundamental para evitar erros, multas e inconsistências nas notas fiscais.
Para guiar você nesse processo, neste conteúdo você vai entender de forma simples o que muda na NCM com a Reforma Tributária, como isso afeta a emissão de NF-e e o que sua empresa precisa fazer para se adaptar com segurança.
Vem com a gente!
O que é NCM e para que serve
A NCM, sigla para Nomenclatura Comum do Mercosul, é o código que identifica cada tipo de produto vendido no Brasil e nos países do Mercosul.
Na prática, ele funciona como um “RG” da mercadoria e mostra exatamente o que está sendo comercializado.
Toda empresa que emite nota fiscal eletrônica (NF-e) precisa informar o código NCM correto para cada item. Isso garante que o produto seja tributado da forma certa e evita problemas com o fisco.
Com a Reforma Tributária, a NCM ganha ainda mais importância. Ela vai continuar sendo usada para definir as novas alíquotas e impostos, como o IBS, a CBS e o Imposto Seletivo (IS).
Por isso, entender como o código funciona e mantê-lo atualizado será essencial para a conformidade fiscal dos negócios.
💡Entenda mais: Entenda o que é NCM e qual a importância para o seu negócio
Como funciona o código NCM
O código NCM possui oito dígitos numéricos, e cada parte tem um significado.
Os dois primeiros indicam o capítulo da mercadoria, os quatro seguintes mostram a posição e subposição, e os dois últimos identificam o item e subitem específico.
Por exemplo, o código 6403.59.90 representa um tipo de calçado de couro.
Com base nesse número, o sistema fiscal sabe qual imposto aplicar e em qual categoria o produto se enquadra.
Na prática, o código NCM serve para padronizar a classificação de mercadorias, facilitar o comércio entre países do Mercosul e tornar a tributação mais transparente.
Nesse sentido, durante a Reforma Tributária, essa padronização será essencial para o funcionamento do novo modelo de impostos sobre consumo.
Qual a importância da NCM na emissão de notas fiscais?
Usar o código NCM correto na NF-e evita autuações, multas e problemas com o fisco.
Isso acontece porque quando o código está errado, o sistema pode calcular impostos incorretos, gerar divergências e até impedir o envio da nota.
Além disso, a NCM ajuda a empresa a manter um controle fiscal mais eficiente. Ela permite identificar produtos com benefícios fiscais, verificar tributações diferenciadas e garantir que o ERP ou emissor de notas fiscais aplique as regras certas.
Com a chegada da Reforma Tributária, a NCM também será usada para identificar quais produtos terão incidência do Imposto Seletivo (IS) e quais seguirão as alíquotas padrão de IBS e CBS.
Assim, manter o cadastro atualizado será o primeiro passo para uma transição segura e sem riscos para o seu negócio.
💡Saiba mais no ClickNotas: NCM e nota fiscal: qual a relação?
Muitos empreendedores acreditam que a Reforma Tributária vai eliminar a NCM, mas isso não é verdade.
O código continua sendo parte essencial do sistema fiscal brasileiro e, na verdade, ganha ainda mais relevância nesse novo cenário.
O papel da NCM e da Reforma Tributária é trabalhar em conjunto. Enquanto a reforma muda a forma de cobrar impostos sobre o consumo, o código NCM garante que cada produto seja identificado e tributado corretamente.
Ou seja, um depende do outro para funcionar bem.
Por isso, entender como a NCM se encaixa nesse novo modelo é o primeiro passo para evitar erros fiscais e manter o negócio em conformidade com as novas regras que começam a valer a partir de 2026.
Vem com a gente entender melhor sobre isso!
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A NCM continua sendo obrigatória?
Sim, a NCM continua obrigatória mesmo com a Reforma Tributária.
Toda empresa que emite nota fiscal eletrônica (NF-e) precisa informar o código correto de cada produto, já que ele define a classificação e a tributação de mercadorias.
A diferença é que, agora, o código NCM terá uma função ainda mais estratégica: ele vai ajudar a identificar a incidência dos novos tributos, como o IBS (Imposto sobre Bens e Serviços), a CBS (Contribuição sobre Bens e Serviços) e o Imposto Seletivo (IS).
Por isso, empresas que mantêm seus cadastros atualizados e usam o NCM corretamente garantem mais segurança nas operações fiscais.
Assim, evitam autuações, erros de cálculo e problemas com a Receita Federal durante a transição para o novo modelo tributário.
Por que ela é ainda mais importante no novo modelo?
No novo modelo de tributação sobre o consumo (IVA Dual), o NCM será a base para determinar a alíquota de cada produto.
Ou seja, ele mostrará se o item pagará apenas IBS e CBS ou se também entrará na lista de produtos com incidência do Imposto Seletivo (IS).
Isso significa que o código NCM vai impactar diretamente o valor final dos tributos e, consequentemente, o preço de venda.
Por exemplo, produtos classificados com NCM de bebidas alcoólicas ou cigarros terão alíquotas mais altas por causa do IS.
Por isso, manter o cadastro fiscal correto e o ERP atualizado garante que a empresa aplique os novos impostos de forma precisa.
Assim, o empreendedor evita prejuízos e mantém a competitividade do negócio durante a implementação da Reforma Tributária.
Por que a NCM precisa ser ajustada
A NCM e a Reforma Tributária caminham juntas em um momento de transição importante.
A nova estrutura de impostos muda a forma como o país cobra tributos sobre produtos e serviços, e isso exige ajustes na Nomenclatura Comum do Mercosul.
Essas mudanças garantem que o sistema fiscal brasileiro acompanhe o novo modelo de tributação baseado no consumo.
Assim, o código NCM continua cumprindo seu papel de classificar produtos de maneira padronizada, mas agora alinhado às regras do IVA Dual.
Sem esses ajustes, empresas enfrentariam erros na emissão de notas fiscais, divergências no cálculo de impostos e até risco de bitributação.
Por isso, entender e adaptar o uso da NCM antes da vigência completa da Reforma é uma etapa importante para a conformidade fiscal.
Vem com a gente saber mais sobre o assunto!
O novo modelo de tributação baseado no consumo (IVA Dual)
A Reforma Tributária cria um sistema chamado IVA Dual, que unifica tributos sobre bens e serviços.
Esse modelo substitui impostos como ICMS, PIS e Cofins por dois novos: o IBS (Imposto sobre Bens e Serviços), de competência estadual e municipal, e a CBS (Contribuição sobre Bens e Serviços), de competência federal.
Na prática, o IVA Dual simplifica o processo e traz mais transparência. Ele cobra o imposto no momento do consumo, e não mais em cada etapa da cadeia produtiva.
Com isso, o governo busca reduzir a complexidade tributária e diminuir custos para as empresas.
Nesse novo cenário, o código NCM ganha uma função ainda mais importante: ele será o ponto de partida para identificar o tipo de produto e determinar qual alíquota se aplica, seja para IBS, CBS ou até para o novo Imposto Seletivo (IS).
💡Aprenda também: Gestão tributária: o que é e como fazer na sua empresa?
O papel da NCM na padronização e arrecadação
A NCM garante que todos os produtos sigam o mesmo padrão de classificação no Brasil e nos países do Mercosul.
Sendo assim, essa padronização facilita o comércio, a fiscalização e a arrecadação de tributos, além de evitar interpretações diferentes entre estados ou municípios.
Com a Reforma Tributária, essa padronização se torna ainda mais relevante.
Afinal, o código NCM será usado como base para cruzar informações entre empresas e órgãos fiscais, garantindo que cada mercadoria tenha a tributação correta.
Esse alinhamento também ajuda o governo a prever a arrecadação de forma mais precisa, enquanto as empresas ganham mais segurança para planejar preços, margens e repasses tributários.
Assim, todos os lados saem ganhando com mais clareza e organização fiscal.Como o alinhamento à Reforma evita erros fiscais
Quando o empreendedor usa o NCM correto, ele evita uma série de dores de cabeça. Um código desatualizado ou incorreto pode gerar falhas no cálculo dos novos tributos, impedir o envio da nota fiscal e até causar multas.
Com a Reforma Tributária, os riscos aumentam, já que o código definirá a incidência dos novos impostos.
Por isso, alinhar o cadastro de produtos às novas regras garante conformidade e reduz problemas com o fisco.
Empresas que já atualizam seus sistemas de gestão e revisam a base de produtos se preparam melhor para o período de transição.
Esse cuidado antecipa ajustes, evita retrabalho e mantém a emissão de notas fiscais sempre em conformidade com as novas exigências.
A Reforma Tributária de 2025 inicia a maior transformação no sistema de impostos do Brasil em décadas.
O modelo atual, baseado em diversos tributos e regras diferentes, dará lugar a um sistema mais simples e transparente.
A principal mudança envolve a substituição de impostos que hoje geram confusão e complexidade.
Com a entrada do IBS, da CBS e do Imposto Seletivo (IS), o país começa a adotar um modelo de tributação sobre o consumo, com base no conceito do IVA Dual.
Nesse cenário, a NCM e a Reforma Tributária se conectam de forma direta. O código NCM continuará sendo usado para classificar produtos e também servirá como base para calcular as novas alíquotas.
Por isso, acompanhar essas alterações garante que o empreendedor mantenha o negócio regularizado e pronto para a nova fase fiscal.
Substituição de ICMS, PIS e Cofins por CBS e IBS
O novo modelo da Reforma Tributária unifica tributos federais, estaduais e municipais.
Dessa forma, o objetivo do Governo Federal é reduzir burocracias e tornar a arrecadação mais eficiente.
Veja o que muda na prática:
- PIS e Cofins serão substituídos pela CBS (Contribuição sobre Bens e Serviços), de competência federal;
- ICMS (estadual) e ISS (municipal) darão lugar ao IBS (Imposto sobre Bens e Serviços);
- A cobrança ocorrerá no momento do consumo, não mais em cada etapa da cadeia produtiva;
- Entre outras mudanças.
Com essa mudança, o cálculo dos tributos tende a ficar mais simples.
No entanto, a correta classificação de produtos pela NCM será indispensável para aplicar a alíquota adequada e garantir o cumprimento das novas regras.
A criação do Imposto Seletivo (IS) e como ele afeta produtos específicos
A Reforma também cria o Imposto Seletivo (IS), conhecido como “imposto do pecado”.
Ele incidirá sobre produtos que prejudicam a saúde ou o meio ambiente, como cigarros, bebidas alcoólicas e combustíveis, por exemplo.
Nesse sentido, a aplicação do IS dependerá do código NCM.
Ou seja, o governo vai usar a Nomenclatura Comum do Mercosul para identificar quais produtos entram nessa categoria e quanto devem pagar de imposto adicional.
Por isso, empresas que atuam nesses setores precisam de atenção redobrada. Um erro no NCM pode fazer o produto cair em uma categoria errada, gerando cobrança indevida ou inconsistência na emissão da nota fiscal.
Como o NCM será usado para definir as novas alíquotas?
No novo sistema de tributação, o NCM se torna o ponto de partida para definir as alíquotas do IBS, da CBS e do IS.
Cada código vai indicar o tipo de produto e determinar qual percentual de imposto se aplica.
Por exemplo, um mesmo segmento pode ter alíquotas diferentes conforme o código NCM de cada item.
Produtos essenciais, como alimentos e medicamentos, podem ter tributação reduzida, enquanto itens supérfluos terão taxas maiores.
Empresas que mantêm o cadastro de produtos atualizado no ERP e nas notas fiscais garantem que o sistema aplique automaticamente as alíquotas certas.
Assim, o uso correto da NCM e da Reforma Tributária se transforma em um fator estratégico para reduzir erros, evitar multas e manter a conformidade fiscal.
Principais mudanças na tabela NCM
A tabela NCM passará por uma grande atualização em 2025 para acompanhar o novo modelo da Reforma Tributária.
A revisão trará códigos mais alinhados ao comércio atual e ao sistema de impostos sobre consumo, como IBS, CBS e o Imposto Seletivo (IS).
Essas mudanças entram em vigor a partir de 1º de outubro de 2025 e exigem atenção de quem emite notas fiscais eletrônicas (NF-e).
As empresas precisarão revisar cadastros, atualizar sistemas e entender como o novo formato impacta o cálculo dos tributos.
Manter a NCM atualizada garante que cada produto receba a tributação correta e evita falhas durante a emissão da NF-e.
Para entender melhor, acompanhe com a gente cada uma das mudanças!
Inclusão de novos códigos e exclusão de antigos
A nova versão da tabela NCM trará códigos inéditos para produtos que ganharam espaço no mercado nos últimos anos.
Entre eles estão itens como resíduos para alimentação animal, artigos de alumínio, equipamentos eletrônicos e instrumentos médicos.
Ao mesmo tempo, o governo vai remover códigos antigos que já não representam a realidade do consumo atual.
Essa limpeza evita duplicidades e melhora o cruzamento de dados entre empresas e órgãos fiscais.
Sendo assim, empresas que mantêm o cadastro de produtos atualizado garantem que os impostos sejam aplicados corretamente e que o sistema de gestão não rejeite a emissão de notas.
Uma das novidades mais relevantes será a integração entre a NCM e o GTIN (código de barras padrão global).
Essa mudança vai permitir que os sistemas validem automaticamente o produto durante a emissão da nota fiscal.
Na prática, isso significa mais rastreabilidade e menos erros. Ou seja, quando o empreendedor cadastra o produto com o NCM e GTIN corretos, o sistema confere se os dados estão compatíveis com a tabela oficial antes de autorizar a NF-e.
Esse avanço fortalece a automação fiscal e reduz o risco de autuações.
Além disso, a integração entre GTIN e NCM garante mais precisão nos cálculos de IBS, CBS e IS, fortalecendo o vínculo entre tecnologia e segurança tributária.
Ajustes para CBS, IBS e IS
Na prática, os ajustes na tabela NCM também têm o objetivo de alinhar os produtos aos novos tributos criados pela Reforma Tributária.
Ou seja, cada código servirá como base para definir a alíquota de IBS, CBS e IS conforme o tipo de mercadoria.
Esses ajustes trarão mais clareza e uniformidade. Produtos considerados essenciais, como alimentos e medicamentos, tendem a ter alíquotas reduzidas, enquanto itens supérfluos, como bebidas alcoólicas e cigarros, sofrerão incidência do Imposto Seletivo (IS).
Por isso, compreender essa nova relação entre NCM e Reforma Tributária é tão importante.
Ela vai determinar não apenas o valor do imposto, mas também o preço final ao consumidor e a competitividade de cada negócio no mercado.
Impactos diretos para quem emite NF-e
Quem emite notas fiscais eletrônicas precisa se preparar para as mudanças.
Afinal, a atualização da tabela NCM afetará diretamente o cadastro de produtos, o cálculo de tributos e a validação de documentos fiscais.
Empresas que não revisarem seus sistemas correm o risco de enfrentar erros de emissão, rejeição de notas ou cálculos incorretos de impostos.
Além disso, o uso de códigos desatualizados pode causar inconsistências na apuração do IBS e da CBS, gerando autuações.
Para evitar esses problemas, o ideal é:
- Revisar a base de produtos antes da entrada em vigor da nova tabela;
- Garantir que o ERP ou sistema de gestão esteja preparado para as novas regras;
- Treinar a equipe fiscal para identificar e corrigir códigos desatualizados.
Com esses cuidados, a empresa mantém a conformidade, evita multas e garante que a NCM e a Reforma Tributária funcionem de forma conjunta dentro do novo cenário fiscal brasileiro.
Quando as mudanças da NCM entram em vigor
A transição da NCM e da Reforma Tributária começa oficialmente em 2026, com a entrada do novo modelo de tributação sobre o consumo.
O objetivo é substituir gradualmente impostos antigos, como PIS, Cofins, ICMS, ISS e parte do IPI, por CBS, IBS e Imposto Seletivo (IS).
O ano de 2026 será um período de testes, sem aumento real de impostos. As empresas deverão destacar os novos tributos nas notas fiscais, mas ainda de forma simbólica.
A aplicação definitiva acontecerá de forma gradual até 2033 para fazer uma adaptação segura para empreendedores e contadores.
Por isso, entender quando e o que muda em cada etapa é essencial para ajustar o ERP, revisar cadastros e manter a conformidade fiscal.
Vem com a gente conhecer o cronograma completo e entender como funcionará as mudanças e como se preparar para elas. Cronograma oficial da Reforma Tributária
A Lei Complementar nº 214/2025 definiu um plano de transição que vai até 2033. Cada fase tem um papel específico, e o ponto de partida começa já em 2026.
Conheça mais sobre o assunto: Reforma tributária 2026: cronograma tributário e o que você precisa saber ainda este ano
2026: o ano-teste
Esse será o primeiro passo da Reforma Tributária.
As empresas passarão a destacar a CBS (0,9%) e o IBS (0,1%) nas notas fiscais, apenas para monitoramento.
Não haverá cobrança real, apenas testes de sistema e ajustes nas alíquotas.
2027 e 2028: a CBS entra em vigor
A partir de 2027, o governo inicia a cobrança efetiva da CBS, substituindo PIS e Cofins.
O IPI também será reduzido a zero, com exceção dos produtos da Zona Franca de Manaus.
Já o Imposto Seletivo (IS) começará a incidir sobre produtos específicos, como bebidas alcoólicas e cigarros.
2029 a 2032: transição do ICMS e ISS para o IB
O IBS entrará gradualmente, substituindo os tributos estaduais e municipais. O cronograma prevê a seguinte evolução:
- 2029: 10% IBS e 90% ICMS/ISS
- 2030: 20% IBS e 80% ICMS/ISS
- 2031: 30% IBS e 70% ICMS/ISS
- 2032: 40% IBS e 60% ICMS/ISS
2033: consolidação total do novo modelo
Nesse ano, o sistema será totalmente substituído pelos novos tributos. O IBS e a CBS passam a ser os principais impostos sobre consumo, enquanto o IS completa a estrutura.
O que muda em 2025 e o que só passa a valer em 2026
O ano de 2026 marca o início da prática, mas sem impacto financeiro.
Nesse sentido, o governo utilizará as informações declaradas nas notas fiscais para calibrar as futuras alíquotas da CBS e IBS.
Ou seja, a empresa testará o novo modelo sem pagar mais impostos.
A partir de 2027, as mudanças passam a valer de fato, com a cobrança efetiva da CBS e a extinção do PIS/Cofins.
Já o IBS entra em transição a partir de 2029, substituindo gradualmente ICMS e ISS até sua consolidação total em 2033.
De forma prática:
- 2026: testes e ajustes de sistemas.
- 2027: CBS entra em vigor.
- 2029: início da cobrança progressiva do IBS.
- 2033: fim dos tributos antigos e novo modelo 100% ativo.
Como se preparar durante o período de transição
Como vimos, o período entre 2025 e 2026 é a janela ideal para as empresas se prepararem.
Assim, pequenos e médios empreendedores podem se organizar adotando medidas simples, mas muito importantes nesse processo:
- Atualizar o cadastro de produtos com as novas tabelas NCM publicadas em 2025;
- Configurar o ERPe o emissor de NF-e para incluir os campos de CBS e IBS;
- Treinar a equipe fiscal para aplicar corretamente o NCM e os novos tributos durante o período de testes;
- Mapear produtos e serviços para identificar possíveis benefícios, como alíquota zero ou redução de 60%;
- Acompanhar comunicados oficiais da Receita Federal e das Secretarias de Fazenda sobre ajustes no sistema.
Empresas que se adiantam nessa preparação reduzem erros, evitam rejeições de nota fiscal e começam 2026 prontas para a nova realidade fiscal.
Dessa forma, a relação entre NCM e Reforma Tributária será o principal ponto de atenção para quem quer manter o negócio competitivo e livre de riscos.
Como a relação entre NCM e CST impacta o cálculo dos novos impostos
A relação entre NCM e CST ganha destaque com a chegada da Reforma Tributária.
Essas duas classificações determinam como cada produto será tributado e qual será a alíquota aplicada nos novos impostos, no caso, o IBS e a CBS.
- O NCM identifica o produto e define o tipo de mercadoria.
- Já o CST (Código de Situação Tributária) mostra como aquele produto é tributado, considerando a origem, o regime e possíveis isenções.
Por isso, entender como esses dois códigos se conectam é importante para evitar erros de cálculo, multas e bitributação.
Afinal, com o novo sistema de consumo, cada código indicará o caminho exato da tributação, desde a emissão da NF-e até o recolhimento dos impostos.
Vem com a gente entender mais sobre esse assunto:
💡Entenda também: Vantagens de migrar para um emissor de nota fiscal eletrônica eficiente
📖Conheça mais: Tabela CST: códigos, significados e atualizações
Diferença entre NCM e CST em linguagem simples
Para simplificar: o NCM mostra o “quê” e o CST mostra o “como” o produto será tributado.
- O NCM classifica o tipo de mercadoria (por exemplo, um sapato de couro ou uma garrafa de água);
- O CST indica se esse item é tributado, isento ou tem substituição tributária.
Por exemplo, imagine uma loja que vende calçados. O NCM 6403.59.90 identifica o tipo de produto (sapato de couro). Já o CST 060 pode indicar que o imposto foi retido por substituição tributária, o que muda totalmente a forma de cálculo.
Na prática, a combinação dos dois códigos garante que o ERP e o emissor de notas fiscais calculem corretamente os novos tributos, ou seja, a CBS, o IBS e o IS, e evita diferenças entre o que a empresa declara e o que o governo cobra.
Exemplos práticos do impacto no cálculo de IBS e CBS
Com o novo modelo de tributação sobre o consumo (IVA Dual), cada código NCM definirá a alíquota base, e o CST mostrará como o imposto se aplica em cada operação.
Veja um exemplo simples:
- Um supermercado vende arroz (NCM 1006.30.21) com alíquota zero de CBS e IBS por estar na cesta básica.
- Já uma loja vende bebidas alcoólicas (NCM 2203.00.00), sujeitas ao Imposto Seletivo (IS) com alíquota adicional.
Nesse caso, mesmo que os dois produtos estejam na mesma nota fiscal, o sistema aplicará regras diferentes com base no NCM e CST.
Essa diferenciação evita distorções e garante que cada mercadoria pague o imposto correto.
Com a Reforma Tributária, a combinação desses códigos vai se tornar o coração do cálculo fiscal, pois ela determinará não só quanto a empresa paga, mas também se terá direito a crédito tributário.
Como evitar erros de classificação e bitributação
Erros de classificação fiscal são muito comuns e podem gerar grandes prejuízos.
Nesse sentido, usar o NCM errado pode fazer o sistema aplicar uma alíquota maior, enquanto um CST incorreto pode gerar bitributação ou deixar a empresa sem crédito de imposto.
Para evitar esse tipo de problema, o ideal é:
- Revisar o cadastro de produtos antes da entrada em vigor das novas regras;
- Conferir a NCM e o CST com o contador ou com o sistema ERP atualizado;
- Acompanhar as tabelas oficiais publicadas pela Receita Federal;
- Testar a emissão das notas fiscais com as novas alíquotas de CBS e IBS durante o período de transição em 2026.
Empresas que mantêm seus códigos atualizados garantem conformidade fiscal, segurança nas operações e mais previsibilidade no novo sistema tributário.
Por isso, essa atenção à relação entre NCM e CST será um diferencial para quem quer atravessar a Reforma Tributária com tranquilidade e sem riscos.
Como as empresas devem se preparar para as mudanças
A chegada da Reforma Tributária e a atualização da tabela NCM exigem que as empresas se preparem com antecedência.
A adaptação não se resume a trocar códigos, mas sim a garantir que todo o processo fiscal funcione de forma correta dentro do novo modelo de CBS, IBS e IS.
Essa preparação envolve revisar o cadastro de produtos, atualizar o sistema de gestão (ERP) e capacitar a equipe que lida com emissão de notas fiscais e apuração de tributos.
Por isso, quanto antes o negócio se organizar, menor será o risco de erros e autuações.
O momento é, principalmente, de ajuste e aprendizado. Vem com a gente entender como fazer isso de forma segura e eficiente!
Revisão e atualização do cadastro de produtos
O primeiro passo é revisar todo o cadastro de produtos.
Cada item precisa ter o NCM correto, de acordo com a nova tabela que entra em vigor em outubro de 2025.
Uma simples diferença de código pode mudar completamente o valor do imposto ou gerar inconsistências na nota fiscal eletrônica (NF-e).
Para ajudar você, separamos algumas dicas práticas para essa etapa:
- Atualize o banco de dados de produtos com os novos códigos NCM publicados pela Receita Federal;
- Elimine cadastros duplicados ou antigos que não estão mais em uso;
- Faça uma conferência junto ao contador para validar as classificações;
- Revise produtos que possam ter redução de alíquota, como os da cesta básica ou medicamentos.
Com o cadastro atualizado, a empresa garante precisão nas emissões fiscais e se prepara para o novo modelo de tributação sobre o consumo.
Atualização do ERP e do emissor de notas fiscais
Após revisar o cadastro, é hora de garantir que o sistema ERP e o emissor de NF-e estejam prontos para as mudanças.
A NCM e a Reforma Tributária trarão novos campos e cálculos automáticos, o que exige sistemas adaptados e integrados com as regras da Lei Complementar nº 214/2025.
Os sistemas precisarão reconhecer as novas alíquotas de CBS e IBS, além de lidar com o Imposto Seletivo (IS) e com o modelo IVA Dual.
Um software desatualizado pode emitir notas incorretas, gerar rejeições e causar retrabalho.
Por isso, verifique se o seu ERP:
- Já possui campos específicos para CBS e IBS;
- Está integrado à nova tabela NCM;
- Recebe atualizações automáticas com as mudanças fiscais;
- Oferece relatórios de simulação para o período de testes de 2026.
A tecnologia será uma grande aliada nessa adaptação. Afinal, ela garante agilidade, precisão e evita falhas durante a emissão de notas fiscais no novo cenário tributário.
Treinamento da equipe fiscal
Com as regras mudando, é muito importante que o time responsável pela parte fiscal esteja atualizado.
A equipe precisa compreender como aplicar corretamente o NCM, interpretar o CST e identificar os impactos diretos da Reforma Tributária no dia a dia da empresa.
O treinamento deve abranger temas como:
- Diferença entre NCM, CST e CFOP;
- Novos tributos e alíquotas do IBS, CBS e IS;
- Uso correto dos códigos nas notas fiscais;
- Procedimentos para correção de erros durante o período de testes em 2026.
Quando a equipe entende o porquê das mudanças e sabe como aplicá-las, a empresa diminui erros, ganha produtividade e se adapta com muito mais tranquilidade.
📖 Saiba também: CFOP: o que é, como aplicar e principais códigos [Atualizado Reforma Tributária 2026]
Enquanto a revisão manual de cadastros é uma das tarefas mais demoradas e arriscadas da transição para a Reforma Tributária, o GestãoClick resolve isso de forma automática e inteligente.
O sistema conta com uma Inteligência Artificial própria que identifica e sugere o código NCM ideal para cada produto cadastrado de acordo com o nome do produto cadastrado.
Em vez de o empreendedor precisar consultar tabelas ou buscar códigos manualmente, a IA analisa o nome do item e apresenta as opções de NCM mais compatíveis em segundos.
Esse recurso elimina o erro humano na fonte e ajuda a atingir precisão total na emissão das notas fiscais.
Além disso, o sistema atualiza automaticamente as informações fiscais conforme as mudanças da Reforma Tributária, aplicando as novas regras da CBS, IBS e do Imposto Seletivo (IS) (esse último, a partir de 2027).
Na prática, o GestãoClick ajuda o empreendedor a:
- Preencher o NCM correto com o auxílio da IA, sem precisar revisar manualmente;
- Emitir NF-es em conformidade com o novo modelo tributário;
- Reduzir riscos de autuações e bitributação;
- Ganhar tempo e segurança no processo fiscal diário.
Com esse diferencial, o GestãoClick transforma um processo complexo em uma rotina simples e automatizada.
Assim, a empresa se adapta com agilidade à Reforma Tributária e mantém a conformidade fiscal sem esforço manual.
Conclusão
Como vimos, a Reforma Tributária está transformando o jeito como as empresas lidam com seus impostos.
E entender a relação entre NCM e Reforma Tributária é muito importante para manter o negócio em conformidade, evitar erros e garantir uma transição tranquila para o novo modelo de CBS, IBS e IS.
Por isso, neste artigo, você pode ver que:
- A NCM não vai acabar com a Reforma, mas será ainda mais importante no cálculo dos novos tributos;
- O novo sistema cria o modelo IVA Dual, com CBS e IBS, além do Imposto Seletivo (IS);
- A tabela NCM será atualizada em 2025, com novos códigos e integração ao GTIN;
- O ano de 2026 será um período de testes, sem aumento real de impostos;
- A transição completa ocorrerá até 2033, com substituição gradual dos tributos antigos;
- A melhor forma de se preparar é revisar cadastros, atualizar o ERP e capacitar a equipe;
- O GestãoClick é a solução ideal para garantir conformidade e segurança fiscal no novo modelo.
Durante o processo, as empresas precisam revisar cadastros, atualizar sistemas e investir em conhecimento.
No fim, quem se adapta primeiro ganha tempo, eficiência e vantagem competitiva.
Por isso, a tecnologia e a informação certa farão toda a diferença para quem quer atravessar essa nova fase com segurança.
A importância de manter o cadastro fiscal atualizado
Manter o cadastro fiscal atualizado é o passo mais importante da adaptação.
Cada produto deve ter o NCM correto e estar associado às novas regras da CBS, IBS e do Imposto Seletivo (IS).
Empresas que mantêm seus dados organizados conseguem:
- Calcular tributos com precisão;
- Emitir notas fiscais sem rejeição;
- Evitar bitributação e penalidades;
- Aproveitar benefícios fiscais previstos na Reforma.
Essa revisão é um processo contínuo.
Por isso, o ideal é fazer auditorias periódicas, validar os códigos com o contador e garantir que o ERP esteja sempre sincronizado com as atualizações da tabela NCM, como o GestãoClick.
A tecnologia será uma grande aliada nesse momento. E um bom sistema de gestão reduz erros, automatiza cálculos e mantém as regras fiscais sempre atualizadas.
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FAQ – Perguntas Frequentes
O que é NCM e qual sua função na nota fiscal?
A NCM (Nomenclatura Comum do Mercosul) identifica o tipo de produto e define sua tributação.
Empresas usam esse código na nota fiscal eletrônica (NF-e) para aplicar corretamente as alíquotas de IBS, CBS e IS no novo modelo da Reforma Tributária.
A NCM vai mudar com a Reforma Tributária?
A NCM não vai acabar, mas será atualizada para se alinhar às novas regras de impostos sobre consumo.
A partir de outubro de 2025, a tabela trará novos códigos e ajustes que refletem o modelo de CBS, IBS e Imposto Seletivo (IS).
Quando entra em vigor a nova tabela NCM?
A nova tabela entra em vigor em 1º de outubro de 2025.
Empresas devem revisar cadastros e preparar sistemas de gestão antes do início do ano-teste da Reforma Tributária, que começa em 2026.
Como saber se a NCM do meu produto está correta?
O empreendedor pode conferir o código no portal da Receita Federal ou no seu sistema ERP, desde que ele esteja atualizado.
Usar a NCM correta evita erros fiscais, multas e garante a emissão da NF-e conforme as novas exigências da Reforma.
O que é o Imposto Seletivo (IS)?
O IS é o novo tributo da Reforma Tributária.
Ele incide sobre produtos que causam impacto à saúde ou ao meio ambiente, como cigarros, bebidas e combustíveis, e sua aplicação depende da NCM correta.
Como o GestãoClick ajuda a evitar erros de NCM?
O GestãoClick atualiza automaticamente a tabela NCM e aplica as regras da Reforma Tributária.
O sistema garante cálculos mais precisos, emissão de NF-e sem erros e total conformidade com o novo modelo fiscal.