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Cofins: o que muda na Reforma Tributária e quem o substitui [Guia 2026]

O fim da Cofins chega com a Reforma Tributária. Veja como a CBS simplifica o cálculo e o que muda na rotina fiscal.

Por Ivan Vilela
Atualizado em
Cofins: o que muda na Reforma Tributária e quem o substitui [Guia 2026]

A Reforma Tributária muda completamente a forma como as empresas lidam com a Cofins, e os números mostram como esse tema ainda gera dúvidas entre empreendedores. 

A Receita Federal identificou divergências de PIS e Cofins que somaram R$ 1,207 bilhão entre 3.062 empresas. 

Esse volume revela um ponto importante: mesmo antes da mudança para a CBS, muitos negócios já enfrentam dificuldades para entender e calcular esses tributos.

Esse número mostra que muita gente ainda enfrenta dificuldade para entender como esses tributos funcionam e como se preparar para a transição para a CBS.

Esse cenário cria uma oportunidade importante: entender agora o que muda evita erros, multas e retrabalho nos próximos anos. A Reforma Tributária simplifica a cobrança, mas exige atenção porque a Cofins deixa de existir em 2027. 

Por isso, você precisa saber como a mudança afeta notas fiscais, créditos, precificação e a rotina de quem empreende.

Além disso, a transição envolve novas regras, período de testes e adaptação dos sistemas. 

Quando você compreende cada etapa antes que ela aconteça, sua empresa se organiza com calma e mantém tudo em dia mesmo durante a troca entre PIS/Cofins e CBS.

Por isso, neste conteúdo, você vai aprender, de forma simples e direta, o que muda com o fim da Cofins, como funciona a nova CBS e como se preparar de maneira prática para entrar na Reforma Tributária sem sustos. 

Vamos juntos?

O fim da Cofins: entenda o contexto da extinção

A Reforma Tributária, que começa com o ano-teste em 2026, muda completamente a forma como o Brasil cobra impostos sobre consumo. 

Por isso, muitos empreendedores querem entender o que vai acontecer com a Cofins. A verdade é que esse tributo já tem data para acabar, e a mudança começa em 2026. 

Para não ser pego de surpresa, você precisa entender o motivo dessa transição e o que o governo vai colocar no lugar.

Essas mudanças impactam diretamente empresas de todos os tamanhos, principalmente pequenos negócios. 

A boa notícia é que, com um pouco de organização, você consegue passar por essa fase com segurança e sem complicações.

Vem com a gente entender um pouco mais sobre isso!

O que é a Cofins e o PIS/PASEP hoje?

A Cofins e o PIS/PASEP fazem parte dos tributos que o governo cobra sobre o faturamento das empresas. 

Assim, todos os meses, quem vende produtos ou presta serviços paga esses valores diretamente para a Receita Federal. 

Na prática, isso significa que eles fazem parte do custo final do negócio, mesmo quando o empreendedor não percebe.

Esses tributos funcionam de duas formas: uma regra mais simples (cumulativa) e outra mais complexa (não cumulativa). Cada modelo cobra de um jeito diferente, o que causa confusão na hora de calcular, emitir nota fiscal ou organizar créditos. 

Por isso, esse cenário gera dúvidas até para quem já tem experiência com gestão.

Para simplificar:

  • Cumulativo: a empresa paga um percentual direto sobre a receita, sem direito a muitos créditos;
  • Não cumulativo: permite aproveitar créditos, mas exige mais controles e atenção.

Esse sistema difícil abriu espaço para a Reforma Tributária propor uma mudança completa.

Por que a Reforma Tributária acaba com PIS/Cofins? 

O governo decidiu acabar com o PIS e a Cofins porque esses tributos ficaram complicados demais. Além disso, eles criam muitas interpretações diferentes e geram brigas na Justiça. 

Quem trabalha com contabilidade sabe o quanto esse sistema exige tempo, cálculos e ajustes para evitar erros.

Nesse sentido, a Reforma Tributária veio justamente para simplificar tudo. Ela cria um imposto mais direto, com regras iguais para todos, sem tantas exceções. 

Assim, as empresas conseguem:

  • calcular tributos com mais facilidade;
  • aproveitar créditos sem tanta burocracia;
  • reduzir riscos de autuação;
  • organizar melhor preços e custos.

Ou seja, a Reforma busca reduzir o “peso oculto” da complexidade, que por muito tempo atrapalhou pequenos empreendedores.

💡Leia mais: Reforma Tributária: como será feita a extinção da Cofins

A extinção da Cofins não é apenas uma promessa. Ela já está definida em lei. 

Tudo começou com a Emenda Constitucional 132/2023, que criou o novo modelo de impostos sobre consumo. 

Depois, a Lei Complementar 214/2025 detalhou como esse processo funcionará na prática, inclusive com datas e regras de transição.

Para completar, o PLP 108/2024 trouxe atualizações importantes sobre a CBS e o IBS, além da estrutura de gestão desses novos tributos. 

Essas normas confirmam que:

  • o PIS e a Cofins deixam de existir em 2027;
  • a CBS assume o lugar dos dois;
  • as empresas precisam se adaptar já em 2026.

Esse conjunto de leis dá segurança jurídica para o processo e indica exatamente o que você deve acompanhar nos próximos anos.

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Quem substitui a Cofins? Conheça a CBS

A Reforma Tributária criou a CBS para substituir a Cofins e o PIS. Essa mudança faz parte do esforço para simplificar o sistema de impostos no Brasil. 

A ideia é usar um modelo mais claro e fácil de calcular, sem tantas regras diferentes para cada tipo de empresa. 

Por isso, entender a CBS ajuda você a se preparar para 2026 e evitar surpresas no caixa.

Nesse sentido, a CBS entra com um objetivo simples: padronizar a cobrança sobre o consumo. 

Assim, pequenos empreendedores conseguem prever melhor os custos e organizar a rotina fiscal sem perder tempo com cálculos complicados.

Mas não precisa se preocupar: a gente te explica melhor tudo isso.

Acompanhe com a gente!

💡Saiba mais: O que muda no PIS com a Reforma Tributária?

O que é a Contribuição sobre Bens e Serviços (CBS)

A CBS, sigla de Contribuição sobre Bens e Serviços, é o novo tributo federal que vai substituir de forma definitiva o PIS e a Cofins. 

Ela incide sobre a receita das empresas, assim como acontece hoje, mas com regras muito mais simples. Ou seja, o governo criou a CBS para reduzir burocracia e deixar o cálculo mais direto, principalmente para quem não tem uma equipe contábil grande.

Para isso, uma das maiores diferenças está no uso dos créditos. A CBS permite créditos mais amplos, conhecidos como crédito financeiro. 

Isso significa que a empresa pode aproveitar créditos sobre praticamente todas as despesas relacionadas à atividade. 

Assim, esse modelo reduz o risco de pagar imposto duas vezes e facilita a organização financeira.

De forma prática, você ganha um sistema mais previsível, com menos exceções e com uma lógica clara. 

Isso ajuda você a tomar decisões melhores sobre preço, compras e lucratividade.

💡Se aprofunde ainda mais: CBS: o que é, o que substitui e quando começa a valer

CBS x IBS: o IVA Dual explicado de forma simples

A Reforma Tributária criou dois impostos que funcionam juntos: a CBS, que é federal, e o IBS, que reúne ICMS e ISS. 

Esse formato recebeu o nome de IVA Dual. 

Ele representa dois impostos diferentes, mas que seguem a mesma lógica de cobrança. Isso deixa tudo mais alinhado e evita confusões que existem hoje entre tributos federais, estaduais e municipais.

Você pode imaginar o IVA Dual como duas gavetas organizadas:

  • Gaveta 1 (Federal): CBS substitui PIS/Cofins/Parte do IPI.
  • Gaveta 2 (Estados e Municípios): IBS substitui ICMS/ISS.

As duas gavetas usam regras parecidas, o que reduz erros na emissão de nota fiscal e melhora a transparência para as empresas. 

Essa padronização também facilita o uso de sistemas de gestão, porque o cálculo de impostos deixa de depender de tantas exceções e interpretações diferentes.

💡Entenda também com ClickNotas: Imposto sobre Valor Agregado (IVA): o que é, o que ele unifica e o que muda com ele

A nova alíquota de referência e a cobrança “por fora”

A Reforma Tributária trouxe regras claras sobre como a nova alíquota da CBS será definida. 

O valor final ainda não está fechado, porque o Senado precisa aprovar a alíquota de referência com base nos cálculos do Tribunal de Contas da União. 

Esse processo está descrito na regulamentação oficial da Reforma Tributária, inclusive no documento apresentado pela Secretaria Extraordinária da Reforma Tributária do Ministério da Fazenda. 

Para você entender de forma simples:

  1. O TCU calcula a alíquota com base na arrecadação atual do PIS/Cofins;
  2. O governo envia a metodologia;
  3. O Senado aprova o valor final;
  4. A alíquota entra em vigor no ano seguinte.

Enquanto isso, temos números temporários durante a fase de testes. 

Em 2026, a CBS aparece nas notas fiscais com 0,9%, mas sem impacto no caixa. Isso serve apenas para ajustar sistemas e preparar as empresas para a virada oficial.

Outra mudança importante é a cobrança “por fora”. Isso significa que o imposto aparece destacado na nota fiscal, e não embutido no preço do produto ou serviço como acontece com a Cofins. 

Esse formato deixa o cálculo mais claro e facilita a formação de preços para pequenos e microempreendedores.

Cofins x CBS – Comparativo técnico essencial

A Reforma Tributária trouxe uma mudança profunda na forma como o governo calcula e cobra impostos sobre o consumo. 

Por isso, comparar a Cofins com a CBS ajuda você a entender, de forma simples, como o sistema antigo funciona e o que muda na prática. 

Essa comparação mostra por que a CBS promete reduzir a complexidade e facilitar a rotina de quem vive o dia a dia da empresa. 

Além disso, entender essas diferenças ajuda você a visualizar como o novo modelo deixa o cálculo mais transparente. 

Dessa forma, você consegue se planejar com mais segurança e organizar preços, custos e processos sem surpresas.

Base de cálculo: receita bruta vs. receita operacional

A Cofins usa a receita bruta como base de cálculo. O problema técnico aqui é que o imposto é calculado “por dentro”. 

Isso significa que o valor do próprio imposto já está embutido no preço do produto, fazendo com que a empresa pague imposto sobre o imposto. 

Na prática, esse modelo gera cumulatividade e muitas dúvidas sobre o que compõe a receita.

A CBS usa outra lógica: o Valor da Operação com cálculo “por fora”. 

Isso significa que o imposto não integra sua própria base de cálculo. Ele é aplicado sobre o valor do produto ou serviço e somado ao final. 

Esse conceito segue o padrão internacional (IVA) e elimina a cobrança de imposto sobre imposto.

Para simplificar, pense assim:

  • Cofins: cálculo por dentro (imposto oculto no preço) e base cheia de exceções.
  • CBS: cálculo por fora (imposto destacado e transparente) e base padronizada.

Regime de créditos: do modelo restrito ao crédito financeiro amplo

Na Cofins, o uso de créditos depende de regras restritivas sobre o que é considerado insumo essencial. 

Empresas precisam verificar item por item para saber se podem aproveitar créditos, o que aumenta a burocracia e o risco fiscal.

Já a CBS adota o crédito financeiro amplo. Esse modelo permite que empresas do Regime Geral aproveitem créditos sobre praticamente todas as compras necessárias para a atividade econômica (exceto uso pessoal). 

Com isso, recupera-se o imposto pago na etapa anterior de forma imediata, reduzindo o custo tributário real da operação.

Esse formato entrega três benefícios importantes para a gestão:

  • mais previsibilidade de fluxo de caixa;
  • fim das discussões judiciais sobre o que gera crédito;
  • cálculo mais lógico no fechamento do mês.

💡Saiba mais com a ClickNotas: Crédito fiscal de ICMS e PIS/COFINS: como funciona e o que pode ser abatido

Obrigações acessórias e mudanças na apuração

A apuração da Cofins hoje muda conforme o regime tributário (cumulativo ou não-cumulativo), exigindo validações manuais constantes para evitar erros na EFD-Contribuições.

Com a CBS, o governo busca implementar a apuração assistida. A ideia é que, com a Nota Fiscal Eletrônica padronizada, o próprio sistema da Receita já ofereça um pré-cálculo do imposto a pagar.

Isso facilita a vida de quem não tem uma estrutura contábil gigante e reduz o tempo gasto com tarefas burocráticas. 

Com regras unificadas, os sistemas de gestão (ERP) trabalham melhor e reduzem falhas na emissão das notas.

Exemplo prático de cálculo: Cofins hoje vs. CBS

Para entender a diferença, vamos comparar a lógica de formação do preço. Imagine uma venda no valor de R$ 1.000,00.

  • Na Cofins (sistema atual): o imposto está “escondido” dentro desses R$ 1.000,00. Para saber o valor real da sua mercadoria, você precisa fazer uma “conta de chegada” inversa, pois a alíquota incide sobre o total da nota. É complexo e pouco transparente.
  • Na CBS (novo sistema): a lógica é direta. Se sua mercadoria vale R$ 1.000,00, a alíquota da CBS incide sobre esse valor e é somada à parte. Se a alíquota fosse, por exemplo, 10%, o total da nota seria R$ 1.100,00 (1000 da mercadoria + 100 de imposto).

Esse exemplo mostra que a grande diferença está na transparência e na simplicidade matemática

Ou seja, a CBS elimina a “conta por dentro” para trazer clareza para o empresário e para o consumidor.

Cronograma oficial de transição: a Cofins acaba rápido (2026–2027)

A Reforma Tributária trouxe um cronograma claro para todas as mudanças, inclusive a substituição da Cofins. 

A mudança começa em 2026 e se torna definitiva em 2027, quando a CBS passa a valer de verdade. Por isso, o processo federal é mais rápido do que o estadual e municipal. 

Isso exige atenção de quem empreende, porque as adaptações começam antes do imposto novo entrar no caixa.

Na prática, esse cronograma ajuda você a se organizar. Dessa forma, você evita sustos, adapta seu sistema com calma e entende exatamente o que muda em cada etapa.

Vem com a gente conhecer tudo sobre isso! 

💡Conheça tudo sobre o assunto: Reforma tributária 2026: cronograma tributário e o que você precisa saber ainda este ano

2026: ano de teste – destaque obrigatório da CBS (0,9%) sem impacto no caixa

O ano de 2026 funciona como um “simulado” da Reforma Tributária. 

As empresas precisam destacar a CBS (0,9%) e o IBS (0,1%) na nota fiscal, mas sem pagar nada além do que já pagam hoje em PIS e Cofins. 

Em outras palavras:

  • você destaca a CBS e o IBS na nota;
  • esses valores entram apenas para monitoramento;
  • você compensa tudo dentro do próprio PIS/Cofins;
  • não existe aumento de carga tributária.

Esse período serve para ajustar sistemas, testar integrações e preparar o varejo, os serviços e a indústria para a virada de 2027.

2027: extinção definitiva do PIS e da Cofins e início da cobrança da CBS

A partir de 2027, a mudança realmente acontece. O documento confirma que esse é o ano em que o governo extingue o PIS e a Cofins e começa a cobrar a CBS de forma efetiva.

A alíquota aplicada neste início sofre apenas uma redução temporária de 0,1 ponto percentual, como previsto na legislação.

Isso significa que:

  • o PIS deixa de existir;
  • a Cofins deixa de existir;
  • a CBS assume o lugar dos dois;
  • você passa a recolher o imposto novo de acordo com o valor da operação.

Aqui começa o impacto financeiro real da Reforma Tributária. Por isso, 2026 é tão importante: é o ano em que você prepara o terreno para essa virada.

Transição Federal x Estadual: por que a Cofins acaba antes?

O cronograma da Reforma Tributária separa a transição federal da transição estadual e municipal. 

A parte federal, que envolve o PIS e a Cofins, termina rápido porque a CBS substitui apenas dois tributos e tem gestão centralizada pela União.

Já o IBS substitui dois impostos diferentes (ICMS e ISS) que pertencem a entes diferentes (estados e municípios). Por isso, o cronograma é mais longo. 

Para resumir:

TributoO que mudaLinha do tempo
CBS (Federal)Substitui PIS, Cofins e parte do IPITeste em 2026 (0,9% destacado na NF-e, sem cobrança real);
Cobrança real em 2027.
IBS (Estadual/Municipal)Substitui ICMS e ISSInício da transição em 2029;
Ajustes até 2032;
Vigência plena em 2033.

Essa estrutura explica por que empreendedores precisam se preocupar com a Cofins antes dos outros tributos. 

Ela acaba primeiro e impacta diretamente o bolso já em 2027.

Gestão de créditos: o ponto mais crítico da mudança

A gestão de créditos se tornou um dos temas mais importantes da Reforma Tributária.

Isso acontece porque muitas empresas acumulam créditos de Cofins e precisam entender como usar esses valores durante a transição para a CBS. 

Quando você organiza essa etapa com calma, evita perdas financeiras e garante que nada fique parado no caixa.

Além disso, o novo modelo da Reforma traz regras diferentes para créditos antigos, créditos futuros e crédito sobre estoque. 

Por isso, vale a pena acompanhar esse processo desde já e conversar com a sua contabilidade para não deixar dinheiro na mesa.

Vem com a gente entender!

💡Saiba também com a ClickNotas: Como ficará o crédito de imposto na Reforma Tributária?

O que acontece com os créditos acumulados de Cofins?

Os créditos acumulados de Cofins continuam válidos durante a transição. 

Isso significa que você pode usar esses valores para reduzir pagamentos futuros, desde que siga as regras definidas na legislação complementar da Reforma Tributária. 

O objetivo é evitar prejuízos e permitir que empresas aproveitem o que já acumularam.

Esse aproveitamento pode acontecer de duas formas:

  • compensação: quando você usa o crédito para reduzir tributos que ainda precisa pagar;
  • ressarcimento: quando você solicita a devolução do saldo, conforme regras específicas.

Por isso, vale acompanhar seu saldo atual e manter tudo atualizado no sistema ou com seu contador. 

Assim, você evita perder prazos e mantém seu negócio organizado para a entrada da CBS.

Prazo de 5 anos para uso e regras de ressarcimento na CBS

A legislação da Reforma Tributária estabelece um prazo de até cinco anos para que as empresas utilizem créditos antigos de PIS e Cofins. 

Esse período garante uma transição mais segura, já que muitas empresas possuem valores altos acumulados e não podem perder esse direito.

Nesse intervalo, você pode:

  • usar o crédito para compensar tributos federais;
  • pedir ressarcimento, conforme regras específicas;
  • acompanhar o saldo mensal para evitar expiração.

Esse prazo funciona como uma janela de segurança. Ele dá tempo para você ajustar processos, revisar documentos e manter seu estoque contábil organizado antes que a CBS substitua tudo definitivamente.

Como funciona o crédito sobre estoque na virada de 2027

Na virada para 2027, as empresas que possuem estoque podem gerar créditos relacionados a esse material. 

Esse crédito ajuda a equilibrar o custo da transição, já que a mudança entre Cofins e CBS altera a forma como o imposto incide sobre cada compra.

De forma simples, funciona assim:

  • você calcula o imposto relacionado ao estoque existente no início da CBS;
  • esse crédito compensa parte da carga que já estava embutida nos produtos;
  • o valor reduz o impacto financeiro da mudança.

Esse processo exige organização. Por isso, vale fazer um levantamento detalhado do estoque antes de 2027. 

Dessa maneira, você aproveita totalmente o direito ao crédito e evita problemas no futuro.

Impactos por regime e setor

A Reforma Tributária impacta cada regime de um jeito diferente. 

Por isso, entender como a CBS substitui a Cofins em cada caso ajuda você a planejar melhor preços, margens e processos internos. 

Essa visão clara evita sustos e prepara o negócio para mudanças que começam já em 2027.

Além disso, alguns setores sentem mais a transição do que outros. 

Por isso, vale observar como cada área reage, para que você entenda com precisão se sua empresa ganha ou perde com o novo modelo.

Lucro Real e Lucro Presumido: quem paga mais e quem paga menos

Empresas do Lucro Real tendem a sentir mais benefícios com a Reforma Tributária. 

Isso acontece porque o novo crédito financeiro da CBS permite o aproveitamento de créditos de forma ampla e direta. 

Dessa forma, quem tem muitos custos operacionais pode reduzir parte do imposto devido.

Já as empresas do Lucro Presumido enfrentam uma mudança diferente. 

Como esse regime usa margens fixas para calcular imposto, a CBS pode gerar um aumento de carga em alguns casos. 

O impacto depende do tipo de atividade e do volume de créditos que a empresa conseguir gerar nas compras.

Para simplificar:

  • Lucro Real: tende a aproveitar mais créditos.
  • Lucro Presumido: impacto varia conforme margem e setor.

💡Leia também: Lucro real e presumido: saiba tudo a respeito!

Simples Nacional e MEI: pagam a CBS? Como funciona na prática?

O Simples Nacional segue regras próprias dentro da Reforma Tributária. 

Ele não migra automaticamente para a CBS. Empresas optantes continuam recolhendo tributos pelo DAS, como acontece hoje. A CBS só aparece na operação quando a empresa vende para clientes de outros regimes que podem aproveitar crédito.

Isso significa que o Simples não paga a CBS, mas gera crédito para quem compra, dependendo da atividade. 

Por isso, algumas empresas do Simples podem se tornar mais atrativas para clientes do Lucro Real, já que a compra gera crédito.

O MEI também não recolhe CBS. O microempreendedor continua pagando seus tributos no modelo atual, sem mudanças no sistema de cálculo.

💡Conheça também: Guia de faturamento Simples Nacional: tudo o que você precisa saber

Setores mais afetados: quem ganha e quem perde

Como sabemos, a Reforma Tributária afeta setores de maneiras diferentes. Isso acontece porque cada atividade tem margens, custos e estruturas próprias. 

Por isso, vale observar como os três principais grupos reagem: serviços, indústria e comércio, além de setores que seguem regimes especiais.

Setor de serviços

O setor de serviços sente mais a mudança. 

Em muitos casos, os prestadores têm poucos insumos e geram poucos créditos. Como a CBS usa o crédito financeiro amplo, quem tem pouca despesa tributável tende a pagar mais.

Por outro lado, empresas de serviços com estrutura maior, como tecnologia, consultoria e educação, podem gerar mais créditos e equilibrar essa diferença.

Indústria e Comércio

A indústria costuma ser uma das mais beneficiadas. 

Isso acontece porque ela compra muitos insumos e transforma matéria-prima em produtos. Esses custos geram crédito financeiro e reduzem o valor final a pagar. 

Dessa maneira, a CBS favorece quem movimenta cadeias longas de produção.

O comércio também pode se beneficiar, especialmente lojas com grande volume de compras. 

Afinal, quanto maior for o fluxo de mercadorias, maior o potencial de créditos.

Regimes especiais: agro, combustíveis e Zona Franca (ZFM)

Alguns setores seguem regras próprias dentro da Reforma Tributária. 

O agro possui tratamentos diferenciados conforme o tipo de operação. 

No setor de combustíveis, a Reforma cria mecanismos específicos para garantir previsibilidade e evitar distorções no preço final.

Já a Zona Franca de Manaus (ZFM) mantém regras especiais para preservar a competitividade da região. Isso significa que as empresas instaladas ali podem seguir modelos próprios de crédito, conforme as normas definidas para o polo industrial.

O que muda na rotina fiscal da sua empresa (ERP, NF-e e processos)

A Reforma Tributária muda a forma como os impostos aparecem nas notas fiscais e nos sistemas de gestão. Por isso, sua rotina fiscal também precisa acompanhar essas regras. 

A adaptação começa em 2026, mesmo antes de a CBS substituir de vez a Cofins. Assim, quanto antes você organizar esses ajustes, mais fácil fica para sua empresa seguir sem erros.

Essas mudanças envolvem emissão de NF-e, precificação e controle de processos no ERP. 

Por isso, entender cada etapa ajuda você a manter tudo funcionando com segurança no período de transição.

Vem com a gente entender mais e saber como se preparar com segurança para esse período.

💡Leia também: Vantagens de migrar para um emissor de nota fiscal eletrônica eficiente

Emissão de NF-e em 2026 e 2027: novos campos e destaque da CBS

A partir de 2026, todas as empresas começam a destacar a CBS e o IBS na nota fiscal. Esse destaque funciona como um teste e não altera o imposto pago no mês. 

A regra serve para que sistemas, contadores e empresas ajustem a emissão da NF-e antes da mudança definitiva.

Na prática, sua nota ganha novos campos com esses dois destaques:

  • CBS (0,9%)
  • IBS (0,1%)

Em 2027, a CBS entra de verdade no cálculo. Por isso, seu ERP precisa estar atualizado para aplicar a alíquota correta e evitar erros no valor final da operação.

💡Saiba ainda mais na ClickNotas: A Reforma Tributária e o impacto na emissão de NF-e

Precificação: como adaptar o preço com o imposto “por fora”

A CBS usa o modelo de imposto “por fora”, diferente da Cofins, que funciona “por dentro”

Esse detalhe muda a forma como você calcula o preço final, porque o imposto deixa de ficar escondido e passa a aparecer separado do valor do produto ou serviço.

Por isso, essa mudança exige atenção. Você precisa revisar preços, principalmente se sua empresa trabalha com margens baixas. 

O cálculo fica mais claro e direto, mas o ajuste precisa acontecer para que sua empresa mantenha lucro e competitividade.

Para facilitar, pense assim:

  • Cofins: imposto embutido no preço.
  • CBS: imposto destacado e somado ao preço final.

💡Leia também: Como calcular preço de venda: guia completo

Como evitar erros no Split Payment e Apuração Assistida

O Split Payment e a Apuração Assistida fazem parte dos mecanismos criados para reduzir erros e evitar sonegação. 

Eles funcionam integrados aos sistemas fiscais do governo. Por isso, seu ERP precisa estar preparado para enviar informações corretas e atualizadas.

O Split Payment divide automaticamente o valor do imposto no momento do pagamento, enquanto a Apuração Assistida ajuda o governo a acompanhar os valores destacados na nota. 

Dessa forma, quando seu sistema não está ajustado, você corre o risco de gerar alertas ou inconsistências.

Para evitar esse tipo de problema:

  • mantenha seu ERP atualizado;
  • revise cadastros fiscais;
  • acompanhe as notas fiscais durante a fase de teste.

Esses cuidados deixam sua empresa pronta para a CBS e reduzem falhas no período de transição.

💡Entenda também: Reforma Tributária: é possível calcular IBS, CBS e IS no ERP?

Como se preparar agora para o fim da Cofins

Como vimos, a preparação antecipada ajuda sua empresa a entrar na Reforma Tributária com mais segurança. 

Afinal, a transição entre Cofins e CBS exige organização, ajustes nos sistemas e atenção aos créditos acumulados. 

Dessa forma, quando você começa esse processo com antecedência, evita correrias e reduz a chance de erros durante o período de adaptação.

Além disso, essa preparação cria uma rotina fiscal mais clara. 

Ou seja, você garante que sua equipe entenda o que muda, como ajustar preços e quais cuidados tomar na emissão das notas fiscais a partir de 2026.

Ajustes importantes em sistemas, cadastros fiscais e regras de tributação

A primeira etapa envolve revisar todos os sistemas que a empresa usa. 

Isso inclui o ERP, o emissor de notas fiscais e qualquer ferramenta que participa do processo de cobrança. 

Como a CBS exige novos campos e novas regras, o sistema precisa estar pronto para aplicar essas mudanças.

Vale revisar três pontos principais:

  • cadastros fiscais: NCM, CFOP, CST e outras informações que influenciam o cálculo;
  • configurações do ERP: tabelas, regras e integrações;
  • fluxo de emissão da NF-e: conferir se CBS e do IBS está corretamente inserida no layout da NF-e durante a transição.

Quando você faz esses ajustes cedo, evita que erros apareçam na virada para 2026 e 2027.

💡Entenda mais: NCM e Reforma Tributária: saiba o que muda

📖 Saiba também: CFOP: o que é, como aplicar e principais códigos [Atualizado Reforma Tributária 2026]

💡Se aprofunde no tema: Tabela CST: códigos, significados e atualizações

Revisão de contratos, preços e margens

A mudança do imposto “por dentro” para o imposto “por fora” exige atenção na precificação. Esse ponto afeta contratos, listas de preços e acordos comerciais. 

Por isso, você precisa revisar tudo o que envolve valores, repasses e margens antes da CBS entrar em vigor.

Esse processo ajuda você a entender o impacto real da mudança e ajustar valores com calma. 

Por isso, o ideal é conversar com a contabilidade, revisar os cálculos e atualizar contratos que tenham cláusulas de repasse de tributos.

Assim, sua empresa entra em 2027 com preços mais claros e margens seguras.

Organizando créditos e preparando o time fiscal para a CBS

Os créditos acumulados de Cofins fazem parte da transição. Por isso, você precisa organizar esses valores e manter todos os documentos em dia. 

Na prática, essa organização facilita o uso dos créditos durante o período de cinco anos previsto pela legislação.

Dessa forma, vale envolver sua equipe desde já. Quando o time fiscal entende as mudanças, a empresa reduz riscos e evita atrasos. 

Além disso, vale acompanhar esses pontos:

  • saldo atual de créditos;
  • documentos necessários para comprovar usos e ressarcimentos;
  • regras de crédito financeiro da CBS.

Essa preparação fortalece sua rotina fiscal e acelera a adaptação ao novo modelo.

Conclusão: por que se preparar antes de 2027 é importante?

A Reforma Tributária já começou a mudar o sistema fiscal brasileiro. 

Ao longo deste conteúdo, vimos como o fim da Cofins abre caminho para a CBS, como o cronograma avança entre 2026 e 2027 e como cada regime e setor sente esses impactos de um jeito diferente. 

Também entendemos que a nova base de cálculo, o crédito financeiro amplo e o imposto “por fora” criam uma rotina mais clara, porém exigem organização antecipada.

Por isso, preparar sua empresa antes de 2027 faz toda a diferença. 

Quando você atualiza sistemas, revisa preços, entende os créditos e ajusta as regras fiscais, sua operação entra na transição com segurança. 

Dessa forma, você evita erros na emissão de notas, mantém suas margens equilibradas e garante que o negócio siga em conformidade enquanto o país muda a forma de tributar o consumo.

ERP que ajuda nesse processo

Agora vem a parte mais importante: você não precisa enfrentar tudo isso sozinho.

O GestãoClick já está preparado para a Reforma Tributária e acompanha todas as mudanças técnicas exigidas pela SEFAZ e pelas Notas Técnicas oficiais. 

Isso significa que o sistema calcula automaticamente IBS e CBS, preenche os campos do XML sem erros e atualiza tudo em segundo plano, sem depender de ajustes manuais.

Em outras palavras, o GestãoClick faz o trabalho pesado para você:

  • aplica as regras novas da Reforma Tributária;
  • atualiza o XML conforme a NT 2025.002;
  • faz cálculos automáticos de IBS e CBS;
  • elimina retrabalho e riscos de inconsistência.

Assim, você mantém o foco no que realmente importa: vender, atender bem e fazer o negócio crescer.

Se você quer garantir que sua empresa esteja pronta para 2026 e 2027, vale testar o sistema agora e sentir a diferença na prática.

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E para ficar por dentro de tudo sobre a Reforma Tributária, acompanhe o Blog da GestãoClick e visite todos os nossos materiais. 

Boa leitura!

FAQ – Perguntas Frequentes

Quando a Cofins deixa de existir?

A Cofins deixa de existir em 2027, quando a CBS começa a valer de forma definitiva.

Qual a diferença entre Cofins e CBS?

A Cofins usa cálculo “por dentro” e créditos restritos. Já a CBS usa cálculo “por fora”, crédito financeiro amplo e uma regra mais simples para todas as empresas.

A CBS aumenta o preço dos serviços?

A CBS pode aumentar o preço de serviços com poucos créditos. Isso acontece porque essas empresas têm menos despesas que geram crédito financeiro.

O MEI precisa se preocupar com a CBS?

O MEI não paga CBS. Ele continua pagando tributos apenas pelo DAS. A CBS só aparece na nota quando o MEI vende para empresas que podem aproveitar crédito.

Como ficam os créditos de Cofins com a Reforma?

Os créditos de Cofins continuam válidos por até cinco anos. A empresa pode usar esses créditos para compensação ou pedir ressarcimento conforme as regras da CBS.

Como fica a emissão da nota fiscal durante a transição?

Em 2026, a empresa destaca a CBS e o IBS na nota, mas não paga valores novos. Em 2027, a CBS entra no cálculo real. O ERP precisa estar atualizado para aplicar as regras automaticamente.

Ivan Vilela

Ivan da GestãoClick

Ivan é formado em Jornalismo pela Universidade Federal de Ouro Preto e possui pós-graduação em Revisão e Preparação de Textos pela PUC Minas.
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