Modelo de nota fiscal com IBS, CBS e IS: como fica a nota a partir de 2026

Atualizado em | 38 min de leitura

Aprenda o que muda na nota fiscal com a chegada de IBS, CBS e IS e descubra como sua empresa deve se preparar.

38 min

O modelo de nota fiscal com IBS e CBS já se tornou parte da rotina das empresas, mesmo antes da obrigatoriedade total. 

A Receita Federal anunciou que as notas emitidas sem os novos tributos não serão mais rejeitadas automaticamente a partir de janeiro. Porém, isso não diminui a responsabilidade do empreendedor. 

Na prática, esse aviso acende um alerta importante: você continua obrigado a informar IBS e CBS, mesmo sem rejeição imediata do sistema.

Essa decisão cria uma sensação perigosa de “respiro”, mas o risco continua. A Receita e os Estados apenas suspenderam a rejeição automática, não a exigência dos campos. 

Ou seja, a qualquer momento, a nova data de rejeição pode surgir sem prazo longo para adaptação. 

Quando isso acontecer, quem não estiver preparado pode travar operações, acumular erros e ainda enfrentar impacto financeiro por causa de notas preenchidas de forma incorreta.

Por isso, entender o novo modelo de nota fiscal com IBS e CBS agora se tornou obrigatório. Você ganha tempo, mas não pode desperdiçá-lo. 

Quanto antes você entender como a nova estrutura funciona, menores serão as chances de sofrer com inconsistências, retrabalho e rejeições quando a regra entrar em vigor de forma definitiva.

Por isso, preparamos um artigo que ensina tudo para você sobre o assunto de forma prática e simplificada. 

Vem com a gente!

O que muda no modelo de nota fiscal com a Reforma Tributária

A Reforma Tributária muda a forma como a nota fiscal funciona no Brasil. A partir de 2026, a emissão começa a seguir um novo padrão, que inclui IBS, CBS e IS. 

Essa mudança cria um modelo de nota fiscal com IBS e CBS mais simples de entender, mais transparente e mais alinhado ao consumo.

Essas alterações não mudam apenas os campos da nota. Elas mudam a lógica inteira da tributação. 

Por isso, o empreendedor precisa entender desde já como o novo modelo funciona, mesmo que as regras tragam prazos diferentes para cada tipo de empresa.

💡Leia também: Reforma Tributária: todas as perguntas respondidas

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O que é o novo modelo de NF-e e NFC-e

O novo modelo de nota fiscal nasce para acompanhar os novos tributos da Reforma. Para isso, ele reorganiza os campos da NF-e e da NFC-e e cria espaços específicos para IBS, CBS e IS. 

Assim, o documento mostra com mais clareza quanto a empresa pagou e qual imposto incide sobre cada item da venda.

Esse modelo também traz uma estrutura mais padronizada no país. Antes, cada estado tinha regras diferentes, o que confundia muitos empreendedores. Agora, todos seguem o mesmo padrão, o que facilita a emissão e reduz erros comuns.

Para entender isso de forma simples, imagine que a nota ganhou “caixinhas novas”. Cada uma recebe as informações dos novos tributos. 

Isso torna o modelo de nota fiscal com IBS e CBS mais organizado e evita aquela mistura de campos antigos que não conversam com o novo sistema.

💡Saiba mais: Vantagens de emitir NFC-e: por que sua empresa deve migrar agora

Quais tributos serão substituídos por IBS, CBS e IS

A Reforma cria três tributos novos para substituir vários impostos antigos. Isso reduz a bagunça tributária e deixa a nota fiscal mais clara. 

Veja quem substitui quem:

  • IBS substitui ICMS e ISS;
  • CBS substitui PIS e Cofins;
  • IS entra no lugar de tributos seletivos sobre produtos específicos.

Essa substituição não muda apenas nomes. Ela muda a base de cálculo, a forma de destacar os impostos e como as empresas registram essas informações. 

Por isso, a nota precisa trazer novos campos exclusivamente para IBS, CBS e IS.

💡Se aprofunde ainda mais: Quais impostos serão extintos com a Reforma Tributária 2025?

A lógica do IVA dual e a apuração assistida

O novo sistema funciona como um IVA dual. Isso significa que o governo calcula os impostos com base no valor agregado da operação. 

Ou seja, cada empresa paga apenas pelo valor que adiciona ao produto ou serviço. Isso evita cobranças duplicadas e simplifica a apuração dos tributos.

A apuração assistida também transforma o papel da nota fiscal. Agora, a empresa não calcula mais tudo sozinha. Ela informa os dados na NF-e ou NFC-e, e os sistemas dos governos avaliam se aquilo faz sentido. 

Na prática, esse processo reduz erros e elimina muitas dúvidas que sempre geraram insegurança.

Essa lógica fortalece o modelo de nota fiscal com IBS e CBS. O documento se torna o “espelho da operação”, porque ele mostra tudo o que precisa para a Receita e o Comitê Gestor validarem os impostos. 

Assim, quanto mais coerente a nota for, mais simples fica a vida do empreendedor.

💡Saiba mais: O que é e como irá funcionar o Imposto sobre Valor Agregado (IVA) no Brasil

Por que o modelo da nota muda mesmo antes da obrigatoriedade (fase 2025)

A mudança começa antes da obrigatoriedade porque 2025 funciona como um período de testes. As empresas ainda não precisam preencher tudo, mas já conseguem ver onde os novos campos aparecem. 

A intenção é que isso evite confusão quando a obrigatoriedade chegar.

Essa fase também ajuda os sistemas de gestão a ajustarem cálculos e integrações. Sem esse ano de adaptação, muitos empreendedores enfrentariam rejeições e erros em 2026. 

Por isso, os órgãos criaram essa virada gradual, que reduz riscos para todo mundo.

💡Leia mais: Vantagens de migrar para um emissor de nota fiscal eletrônica eficiente

Como funciona o modelo de nota fiscal atual (antes do IBS/CBS)

O modelo atual de nota fiscal usa vários tributos espalhados pelo XML. Cada imposto aparece em um grupo diferente, como ICMS, ISS, PIS e Cofins. Essa estrutura cria complexidade e deixa difícil enxergar o imposto total da operação. 

Por isso, a Reforma reorganiza tudo para formar um modelo de nota fiscal com IBS e CBS mais simples e mais claro.

Hoje, o empreendedor precisa entender regras diferentes para cada tributo. Além disso, muitos campos se repetem ou não conversam entre si. 

Essa lógica muda a partir de 2026, porque os novos tributos agrupam essas informações e reduzem a quantidade de códigos e exceções que você precisa acompanhar.

💡Saiba mais: Qual a diferença entre XML e DANFE? [Guia Completo]

Estrutura XML atual: grupos de ICMS, ISS, PIS e Cofins

O XML atual divide os impostos em blocos separados. Cada imposto segue um conjunto de regras específicas, e isso cria muitas dúvidas na hora da emissão. 

Por exemplo, o ICMS usa CST e CFOP, enquanto PIS e Cofins seguem outra lógica. Essa divisão deixa o documento grande e difícil de interpretar.

Esses grupos também trazem informações diferentes entre si. Um campo aparece no ICMS, mas não aparece no PIS. Outro aparece no Cofins, mas não existe no ISS. 

Essa falta de padrão faz muitos empreendedores perderem tempo tentando entender o que preencher e como cada campo funciona.

Para visualizar isso de forma simples, imagine uma nota com quatro caixas diferentes. Cada caixa mostra um imposto com regras próprias. 

Agora pense que, com o modelo de nota fiscal com IBS e CBS, essas caixas se juntam e formam um bloco único, o que reduz erros e torna o processo mais direto.

💡Saiba mais sobre o assunto: Armazenamento do XML da NF-e: saiba como fazer e entenda a regra dos 11 anos

Campos que deixarão de existir no novo modelo

A Reforma substitui vários campos antigos porque eles não combinam com a lógica do IVA. Campos como CST de PIS e Cofins, por exemplo, deixam de existir (ou, pelo menos, serão usados em uma outra lógica). 

O mesmo acontece com parte dos códigos usados no ICMS, já que eles não se aplicam ao IBS. A ideia é remover tudo que gera confusão e criar um padrão mais moderno.

Além disso, muitos campos perdem função prática. Hoje, você usa códigos diferentes para devoluções, substituições ou reduções de base. O novo modelo resolve isso com menos campos e com regras mais claras. 

Assim, o empreendedor preenche menos informações e entende melhor o que está fazendo.

Para facilitar, veja alguns exemplos de campos que deixam de existir:

  • códigos antigos de CST;
  • parte dos campos de substituição tributária;
  • campos específicos de PIS e Cofins;
  • alguns ajustes manuais que o sistema não exigirá mais.

Essas mudanças deixam o novo modelo mais limpo e mais fácil de entender.

💡Conheça também: Tabela CST: códigos, significados e atualizações

Onde aparecem hoje os tributos e como isso muda no layout

Hoje, cada tributo aparece em um lugar diferente da nota. O ICMS fica em um grupo próprio, o PIS aparece em outro e o Cofins em outro. 

Essa separação faz a nota parecer um quebra-cabeça, e muitos empreendedores não conseguem ver o valor total de impostos no documento.

Com o novo modelo, essa estrutura muda completamente. O layout reúne IBS, CBS e IS em blocos únicos e com regras iguais para todos. Isso reduz o número de campos e cria um padrão nacional. Assim, você entende mais rápido o que está pagando e como o cálculo funciona.

Essa mudança facilita muito o dia a dia. Imagine que, hoje, você procura informações da nota em vários lugares. A partir de 2026, você encontrará tudo no mesmo bloco. 

Isso torna o modelo de nota fiscal com IBS e CBS mais organizado e mais fácil de usar em qualquer sistema.

💡Leia mais: O que é e como fazer uma Nota Fiscal eletrônica: checklist prático

O novo modelo de nota fiscal com IBS, CBS e IS: visão geral

O novo modelo de nota fiscal reorganiza todas as informações da venda para receber os tributos da Reforma Tributária. Ele cria grupos próprios para IBS, CBS e IS, o que deixa a emissão mais clara e mais simples. 

Essa mudança facilita a leitura da nota e ajuda o empreendedor a entender exatamente quanto paga de imposto em cada item.

Esse novo formato também reduz erros comuns do modelo antigo. 

Agora, todas as informações se alinham em um padrão nacional. Isso fortalece o modelo de nota fiscal com IBS e CBS e oferece mais segurança para quem emite notas todos os dias.

Como será exibido o IBS no XML

O IBS aparece em um grupo exclusivo no XML. Esse campo mostra a base de cálculo, a alíquota e o valor do imposto. 

Tudo fica organizado no mesmo lugar, o que ajuda o usuário a entender rapidamente como o imposto incide na operação.

Esse novo grupo também melhora a comunicação entre a empresa e os órgãos fiscais. 

Antes, o ICMS seguia regras diferentes em cada estado. Agora, o IBS usa um padrão único.

💡 Se aprofunde no tema: IBS: o que é o substituto do ISS e ICMS

Como será exibida a CBS no XML

A CBS também ganha um bloco próprio. Ele traz campos simples e diretos, como base, alíquota e valor devido. 

Esse formato deixa o cálculo mais claro e evita confusão com o PIS e o Cofins antigos, que seguiam muitas regras diferentes.

Esse novo layout ajuda muito quem trabalha com produtos variados. A CBS usa uma lógica igual para todos os itens, o que deixa a estrutura mais leve. 

Assim, o modelo de nota fiscal com IBS e CBS se adapta melhor a empresas pequenas e simplifica a emissão do dia a dia.

💡Saiba ainda mais: CBS: o que é, o que substitui e quando começa a valer

Como será exibido o Imposto Seletivo (IS)

O Imposto Seletivo aparece em um grupo separado e segue uma lógica simples. Ele se aplica apenas a produtos específicos, como bebidas, cigarros ou itens que geram impacto ambiental. 

O XML mostra o valor do IS de forma clara e destaca esse imposto no item da nota.

Essa separação ajuda o empreendedor a entender quando deve calcular o IS. A nota indica exatamente quando o imposto aparece, o que evita dúvidas. 

Assim, o contribuinte vê tudo de forma organizada e sabe quando o produto entra na regra do seletivo.

💡Se informe: Imposto Seletivo (IS) ou “Imposto do Pecado”: o que é e quais produtos são afetados

O que muda nos totais da nota: tributos “por fora”

A maior mudança aparece no total da nota. O IBS e a CBS entram como tributos “por fora”. Isso significa que o sistema soma esses valores ao preço final. 

Antes, muitos impostos já vinham embutidos no produto. Agora, o total mostra exatamente quanto a empresa paga de tributo.

Essa mudança deixa a nota mais transparente. Quando o empreendedor olha o DANFE, ele entende o valor do produto e o valor dos tributos de forma separada.

Esse modelo facilita o controle financeiro e ajuda a empresa a formar preços com mais precisão.

💡Conheça mais: DANFE: entenda o que é e como funciona

Estrutura completa da nova NF-e segundo a Nota Técnica 2025.002

A nova NF-e ganhou uma estrutura mais clara para registrar IBS e CBS. Essa atualização traz grupos específicos para os novos tributos e organiza melhor campos que antes ficavam dispersos. 

Assim, você entende como preencher o modelo de nota fiscal com IBS e CBS de forma simples e segura.

A Nota Técnica 2025.002 detalha grupos novos, campos obrigatórios por item e regras para operações especiais, como Zona Franca de Manaus (ZFM), Áreas de Livre Comércio (ALC) e monofásicos. 

Por isso, conhecer essa estrutura facilita sua adaptação à Reforma Tributária. Vem com a gente

Novos grupos criados (UB, VB, VC, W03 etc.)

A NF-e recebeu novos grupos para organizar as informações do IBS, CBS e Imposto Seletivo. 

Esses grupos deixam o preenchimento mais intuitivo e ajudam o sistema a calcular os tributos com precisão.

Os principais grupos criados são:

  • UB: concentra todas as informações de IBS, CBS e IS no nível do item;
  • VB: totaliza os valores do item;
  • VC: referencia outros documentos fiscais;
  • W03: apresenta o total da NF-e com IBS, CBS e IS.

Esses grupos estruturam o modelo de nota fiscal com IBS e CBS e dão ritmo ao preenchimento. Para isso, eles aparecem no “Leiaute da NF-e – item 6 da NT”, onde estão registrados todos os novos campos.

Campos obrigatórios para IBS/CBS por item

Cada item da NF-e passa a exigir campos próprios para identificar como o IBS e a CBS incidem. 

Essa mudança garante coerência entre a legislação e a apuração automática desses tributos.

Os campos obrigatórios incluem:

  • CST específico do IBS/CBS;
  • cClassTrib, que define o enquadramento legal;
  • Base de cálculo (vBC);
  • Alíquotas do IBS e da CBS (pIBSUF, pIBSMun, pCBS);
  • Valores calculados do IBS e CBS.

Essas informações fazem parte do grupo UB12 – IBSCBS, descrito na Nota Técnica. Cada elemento orienta o cálculo e evita rejeições. 

Campos de redução, diferimento, devolução e crédito presumido

A nova NF-e traz grupos específicos para tratar cenários especiais de tributação. Esses grupos ajudam o empreendedor a registrar reduções ou ajustes previstos na legislação.

Você encontra campos para:

  • Redução de alíquota (gRed);
  • Diferimento (gDif);
  • Devolução de tributos, como cashback na fatura (gDevTrib);
  • Crédito presumido, principalmente para operações na ZFM.

Esses campos ficam dentro do grupo IBSCBS (UB12) e aparecem em subgrupos como UB26, UB45, UB64 e outros. Eles tornam o modelo de nota fiscal com IBS e CBS completo e flexível para diferentes operações.

Grupos para operações especiais (ZFM, ALC, monofásico, compra governamental)

A NT 2025.002 também organizou grupos para operações que fogem do padrão. Assim, o sistema consegue calcular regras específicas sem exigir cálculos manuais do emissor.

As operações especiais incluem:

  • ZFM e ALC: com crédito presumido e regras próprias de apuração;
  • Tributação monofásica: com campos para alíquota ad rem e quantidade tributável;
  • Monofásico com retenção, diferimento ou imposto retido anteriormente;
  • Compra governamental, com campo para redução específica prevista em lei.

Esses grupos aparecem em seções como UB82, UB84, UB90 e outras, que tratam desde monofasia até composição de tributo em compras governamentais.

Novos campos de data prevista de entrega, município do fato gerador e finalidades 5 e 6

A NF-e também recebeu campos que melhoram a rastreabilidade da operação e ajustam o documento ao novo sistema de débitos e créditos.

Os principais campos são:

  • Data prevista de entrega (dPrevEntrega);
  • Município do fato gerador do IBS/CBS (cMunFGIBS);
  • Finalidades 5 e 6: nota de crédito e nota de débito.

Essas finalidades permitem corrigir valores e ajustar impostos de forma transparente. Os campos estão no Grupo B – Identificação da Nota Fiscal Eletrônica

Nesse sentido, eles tornam o modelo de nota fiscal com IBS e CBS mais completo e preparado para rotinas reais. 

Nota de Débito e Nota de Crédito: o fim da carta de correção e das devoluções como conhecemos

A Reforma Tributária criou dois novos tipos de nota que substituem ajustes antigos: a Nota de Débito e a Nota de Crédito. 

Elas resolvem erros ou diferenças de valores sem depender de carta de correção ou de processos manuais. 

Isso torna o modelo de nota fiscal com IBS e CBS mais simples, mais seguro e muito mais coerente com o IVA.

Essas finalidades reorganizam toda a lógica de ajustes da NF-e e ajudam o empreendedor a corrigir valores sem complicação. 

Agora, você cria uma nova nota com a finalidade certa e ajusta o imposto com mais clareza e menos risco de rejeição.

💡Lembre do assunto com o ClickNotas: Carta de Correção de Nota Fiscal de Serviço: O que é e como emitir? 

💡Carta de Correção de Nota Fiscal: tudo o que você precisa saber

O que são as finalidades 5 (crédito) e 6 (débito)

A finalidade 5 – Nota de Crédito corrige valores que diminuem. Ela serve quando o imposto ou o valor da operação fica menor do que o informado na nota original. 

Assim, você registra descontos posteriores, devoluções parciais ou abatimentos que afetam o IBS ou a CBS.

A finalidade 6 – Nota de Débito corrige valores que aumentam. Ela ajusta situações em que a empresa precisa cobrar um valor adicional, como diferenças de preço, frete não incluído ou imposto calculado a menor. 

Nesse caso, você complementa a operação sem alterar a nota original.

Por que elas substituem carta de correção, complementos e ajustes manuais

Essas finalidades substituem a carta de correção porque elas corrigem impostos e valores de forma oficial. A carta de correção nunca ajustou imposto, mas muitas empresas tentavam usá-la assim. 

Agora, o sistema proíbe isso e orienta a correção correta com nota de débito ou crédito.

Elas também substituem muitos ajustes manuais. Antes, você precisava emitir complemento de ICMS ou PIS/Cofins com várias regras diferentes. Agora, o processo fica padronizado. 

Basta escolher a finalidade certa e emitir a nova nota ligada à operação original.

Em quais situações cada uma deve ser usada

Você usa a Nota de Crédito (finalidade 5) quando o valor da operação diminui. Isso acontece em situações como:

  • devolução parcial de produtos;
  • desconto dado após a venda;
  • correção de imposto calculado a maior.

Já a Nota de Débito (finalidade 6) você usa quando o valor aumenta. Isso inclui:

  • diferença de preço constatada depois;
  • atualização de frete;
  • imposto calculado a menor.

Esses exemplos ajudam você a entender quando cada documento se aplica e deixam o processo mais intuitivo.

Como esses eventos se integram à apuração assistida

A apuração assistida analisa cada nota emitida e cruza essas informações com as regras do IBS e da CBS. 

Quando você emite uma Nota de Crédito ou Débito, ela atualiza automaticamente o cálculo dos tributos e corrige a operação dentro do fluxo fiscal.

Essa integração reduz erros e melhora a leitura do fisco sobre a operação. O sistema entende a nota original, verifica o ajuste e atualiza o valor do imposto em tempo real. 

Exemplo prático de modelo de nota fiscal com IBS e CBS

Um exemplo prático ajuda você a entender como o modelo de nota fiscal com IBS e CBS funciona na prática. Essa visualização mostra como os tributos aparecem no XML e como o cálculo fica mais simples e direto. 

Assim, você acompanha o impacto da Reforma Tributária dentro de uma operação real.

Vem com a gente se aprofundar e entender tudo de forma mais simplificada: 

Modelo de exibição no XML (exemplo técnico)

No novo XML, cada tributo aparece em grupos específicos. O IBS e a CBS ficam dentro do grupo IBSCBS, que mostra a base de cálculo, a alíquota e o valor devido. 

Esse bloco organiza todas as informações do item, o que deixa o preenchimento mais claro. Assim, você entende onde cada campo entra e evita erros.

Um exemplo simples ilustra melhor esse modelo. Imagine que você vende um produto por R$ 100. No XML, o item mostra a base de IBS e CBS e, logo abaixo, os valores calculados para cada tributo. 

O sistema lê tudo dentro do grupo correto e calcula o imposto automaticamente. Isso deixa o processo direto e muito mais confiável.

💡Conheça também no ClickNotas: Arquivo XML: tudo sobre o documento fiscal obrigatório

Cálculo completo de IBS e CBS em uma operação real

Para deixar prático, imagine a venda de um produto de R$ 100 com alíquota de 1% de IBS e 1% de CBS. O sistema calcula os tributos sobre o valor da operação e exibe tudo no próprio item. 

Assim, você vê a base, a alíquota e o valor final sem precisar fazer contas manuais.

O resultado fica assim: R$ 1 de IBS e R$ 1 de CBS. O sistema soma os tributos ao total da nota e mostra os valores no bloco de totais. 

Essa lógica ajuda você a entender como os novos tributos se aplicam no dia a dia e como o cálculo fica transparente.

Onde cada informação aparece no DANFE (quando houver definição oficial)

O DANFE acompanha a nota fiscal e mostra um resumo da operação. Com o novo modelo, ele também destacará os valores de IBS e CBS de forma clara.

Assim, o empreendedor entende rapidamente quanto cada imposto representa na venda. 

Porém, ainda não existe uma versão oficial final do novo DANFE, mas a tendência aponta para um layout mais simples e mais organizado.

A expectativa é que o DANFE mostre o valor do produto separado dos tributos e destaque IBS, CBS e IS nos totais. Isso vai ajudar você a visualizar tudo de forma rápida e evita dúvidas na conferência da nota.

💡Se aprofunde mais no ClickNotas: O guia completo do DANFE

Como ficam as bases de cálculo, alíquotas e valor agregado

Em resumo, a Reforma Tributária mudou a forma como os impostos incidem sobre cada produto. 

Agora, IBS e CBS usam bases de cálculo mais simples e seguem a lógica do IVA, que calcula o imposto sempre sobre o valor agregado. 

Essa mudança deixa o modelo de nota fiscal com IBS e CBS mais transparente e fácil de entender.

Esses novos elementos aparecem diretamente no XML e influenciam todos os valores da nota. 

Por isso, entender como a base de cálculo e as alíquotas funcionam ajuda o empreendedor a emitir suas notas com mais segurança.

Valor agregado: nova lógica do IVA

O valor agregado representa quanto sua empresa adiciona ao produto. Por isso ele serve como base para calcular o imposto de forma mais justa. 

Quando o fornecedor já pagou parte do imposto, o sistema considera isso na hora de calcular o IBS e a CBS. Assim, você paga só sobre o que realmente adicionou ao produto.

Esse mecanismo deixa o processo mais equilibrado. 

Antes, você enfrentava cumulatividade e regras diferentes para cada tributo. Agora, o valor agregado organiza tudo e facilita a apuração. 

💡Conheça mais no ClickNotas: Imposto sobre Valor Agregado (IVA): o que é, o que ele unifica e o que muda com ele

Como calcular a base de IBS e CBS por item

A base de cálculo do IBS e da CBS nasce do valor do item. Você considera o preço do produto, fretes e outros custos vinculados à venda. 

O sistema então usa essa base para calcular o imposto conforme a alíquota definida para aquele produto. Tudo isso aparece no próprio item da nota, o que facilita a conferência.

Para visualizar isso, imagine uma venda de R$ 100. Se o produto tiver alíquota de 1% de IBS e 1% de CBS, a base de cálculo será o próprio valor da operação. 

O imposto fica claro no XML e o sistema soma tudo no total da nota sem complicação.

O que muda com cashback, regimes especiais e alíquota reduzida

O novo modelo também considera situações especiais. O cashback, por exemplo, devolve parte do imposto ao consumidor. 

Nesse caso, a nota mostra o valor devido e o valor devolvido, o que deixa tudo transparente. Regimes especiais seguem regras próprias, mas o XML já prevê campos específicos para esses cenários.

A alíquota reduzida segue a mesma lógica. O sistema calcula o imposto com base na porcentagem ajustada e apresenta tudo no grupo de totais. 

Assim, você entende facilmente quanto pagou e como os benefícios fiscais impactaram o valor final. 

Isso torna o modelo de nota fiscal com IBS e CBS mais flexível e alinhado à realidade de diferentes tipos de operação.

cClassTrib, CST-IBS e CST-CBS: como preencher a nova classificação tributária

A Reforma Tributária mudou completamente a forma de classificar produtos e serviços dentro da nota fiscal. Agora, a empresa usa novos códigos para indicar como o IBS e a CBS se aplicam a cada item. 

Isso deixa o modelo de nota fiscal com IBS e CBS mais organizado e mais alinhado ao IVA. Esses códigos também reduzem erros e melhoram a apuração assistida. 

Por isso, entender como preencher cClassTrib, CST-IBS e CST-CBS se torna essencial para evitar rejeições e garantir que a nota passe nas validações estaduais e federais.

💡Entenda também: Reforma Tributária e rotinas contábeis: o que muda o dia a dia do contador

O que substitui o CST e a lógica antiga

O CST antigo usava dezenas de códigos diferentes para ICMS, PIS e Cofins. Essa lógica complicava a emissão e gerava dúvidas, porque cada tributo seguia regras próprias. 

Agora, o IBS e a CBS usam códigos mais simples e mais padronizados. Essa mudança facilita o preenchimento e reduz erros na origem da nota.

O novo sistema cria códigos específicos para o IBS e para a CBS. Eles substituem o CST antigo e seguem uma lógica unificada. 

Assim, o empreendedor entende mais facilmente qual situação tributária se aplica ao produto, sem enfrentar a confusão dos códigos antigos.

💡Se informe também: Diferença entre CST e CSOSN: qual usar no Simples Nacional

Como funciona o cClassTrib

O cClassTrib é o coração da nova classificação tributária. Ele indica exatamente como o IBS e a CBS devem ser calculados em cada item da nota. 

Esse código leva em conta a legislação, o tipo de produto, o regime tributário e possíveis exceções. Assim, o sistema sabe qual regra usar no cálculo.

Você escolhe o cClassTrib com base no enquadramento do produto. Assim, o sistema interpreta o código, aplica a alíquota correta e define os benefícios fiscais quando houver. 

Esse processo evita erros e deixa o modelo de nota fiscal com IBS e CBS mais claro e mais confiável.

Erros comuns que geram inconsistência ou rejeição

Alguns erros aparecem com frequência durante a emissão, principalmente quando o código não combina com o tipo de produto. 

Para facilitar, veja os erros mais comuns:

  • escolher cClassTrib que não corresponde ao NCM;
  • usar código que não se aplica ao regime da empresa;
  • informar CST-IBS/CST-CBS incompatível com a operação;
  • esquecer de revisar exceções fiscais, como monofasia ou alíquota reduzida.

Esses erros geram rejeição imediata ou inconsistência na apuração assistida. 

Por isso, sempre revise os códigos usados na nota e confirme se eles combinam com o NCM e com as regras da operação.

CFOP vai acabar? O que substitui o CFOP no novo modelo

O CFOP não deixará de existir, mas perderá o protagonismo na definição dos impostos sobre consumo. 

Isso acontecerá porque a Reforma Tributária transfere a inteligência da tributação para o cClassTrib (Código de Classificação Tributária). Enquanto o CFOP continua no layout para fins de circulação e logística, é o cClassTrib que definirá as regras de cálculo do IBS e da CBS. 

Assim, o processo deixa o modelo de nota fiscal mais seguro, pois a tributação passa a obedecer a uma tabela padronizada pelo Comitê Gestor, e não mais às variações estaduais do CFOP.

Essa mudança reduz erros e facilita o preenchimento da nota. Agora, o emissor escolhe a natureza da operação dentro de uma tabela clara e atualizada. 

Assim, você entende melhor qual regra tributária se aplica à venda ou à compra.

💡Conheça tudo: CFOP: o que é, como aplicar e principais códigos [Atualizado Reforma Tributária 2026]

Tabelas de natureza da operação definidas pelo Comitê Gestor

O Comitê Gestor criou tabelas específicas que substituem o CFOP. Essas tabelas organizam cada tipo de operação, como venda, devolução, bonificação ou transferência. 

Cada natureza possui um código simples, que identifica a operação dentro da lógica do IBS e da CBS.

Isso elimina centenas de CFOPs antigos que confundiam empreendedores. Antes, você precisava decorar códigos ou consultar listas enormes. 

Agora, o sistema mostra opções claras e reduz a chance de usar uma natureza errada. Essa mudança melhora a leitura da nota e cria um padrão nacional.

Como ERPs devem se adaptar

Os ERPs precisam acompanhar as novas tabelas e adaptar seus cadastros internos. 

O sistema deve permitir que o usuário escolha a natureza da operação de forma intuitiva e sem depender de códigos difíceis. Assim, o preenchimento da nota fica mais rápido e mais seguro.

Além disso, o ERP precisa integrar essa natureza com o cClassTrib e com o CST-IBS/CBS. Essa combinação garante que o cálculo dos tributos fique correto. 

Com essa adaptação, o modelo de nota fiscal com IBS e CBS se encaixa melhor na rotina das pequenas empresas.

💡Entenda também: Reforma Tributária: é possível calcular IBS, CBS e IS no ERP?

Diferenças práticas entre CFOP e as classificações do IBS/CBS

O CFOP usava códigos longos e pouco intuitivos. Já as classificações do IBS e da CBS são mais simples e refletem melhor a operação real. 

Essa mudança deixa o preenchimento mais didático e reduz erros que geravam rejeições ou autuações.

Para visualizar essa diferença, veja alguns pontos práticos:

  • o CFOP tinha mais de 500 códigos;
  • as naturezas do IBS/CBS usam listas mais enxutas;
  • o CFOP confundia operações interestaduais;
  • a nova classificação segue padrão nacional;
  • as regras novas conversam diretamente com o IVA.

Essas diferenças tornam o processo muito mais claro para quem emite nota todos os dias.

Regras de validação da NF-e e NFC-e com IBS e CBS

As novas regras de validação garantem que o modelo de nota fiscal com IBS e CBS siga os padrões da Reforma Tributária. 

Elas conferem cada campo da nota, o enquadramento do produto e o cálculo dos tributos. Assim, a empresa emite notas mais seguras e evita rejeições que atrapalham a operação.

Essas validações aumentam em 2026, quando a obrigatoriedade para o Regime Normal começa. Até lá, 2025 funciona como fase de adaptação. 

Por isso, entender essas regras agora reduz erros e facilita a transição.

Regras que já valem em 2025 e regras obrigatórias em 2026

Em 2025, algumas validações já entram em funcionamento. Elas testam o preenchimento dos novos campos, mas ainda não rejeitam todas as notas. 

Esse período ajuda a empresa a conhecer a estrutura do novo XML e se adaptar ao modelo com mais tranquilidade.

A partir de 2026, todas as regras se tornam obrigatórias para o Regime Normal. O sistema então valida IBS, CBS, cClassTrib, CST-IBS e CST-CBS. 

Assim, qualquer divergência gera rejeição. Isso garante precisão e reduz inconsistências no envio das notas.

Validações simultâneas: Receita x Comitê Gestor

O novo sistema valida a nota em dois níveis. 

  • A Receita Federal verifica o XML e as regras gerais da NF-e; 
  • O Comitê Gestor confere se o IBS e a CBS seguem as leis do IVA. 

Essa dupla validação aumenta a segurança e evita erros que passavam despercebidos no modelo antigo.

Essa integração acontece automaticamente. Ou seja, você envia a nota e o sistema conversa com os dois órgãos ao mesmo tempo. 

Assim, a conferência fica mais precisa e reforça a transparência do processo fiscal.

Rejeições mais comuns (como UB12-10)

Alguns erros aparecem com frequência nessa nova fase. Para facilitar, veja as rejeições mais comuns:

  • falta de IBS ou CBS em operações que exigem o tributo;
  • cClassTrib incompatível com o produto;
  • valores incoerentes entre base, alíquota e cálculo;
  • inconsistências no grupo UB12, como a rejeição UB12-10, que bloqueia notas sem os novos tributos.

Essas rejeições servem como alerta. Elas mostram que o preenchimento precisa seguir as novas regras para garantir a emissão correta.

Onde se aplicam as validações por tipo de contribuinte

As validações mudam conforme o regime da empresa. 

  • O Regime Normal enfrenta todas as regras já em 2026; 
  • O Simples Nacional e o MEI só passam pelas validações obrigatórias em 2027. 

Essa diferença traz segurança para quem tem negócios menores e precisa de mais tempo para se adaptar.

Essa divisão também evita pânico entre microempreendedores. Eles usam o novo modelo de nota fiscal com IBS e CBS de forma progressiva. 

Assim, entendem os campos novos sem correr riscos e sem pressa.

O que muda para Simples Nacional e MEI: obrigatoriedade só em 2027

Os negócios do Simples Nacional e do MEI só precisam usar o modelo de nota fiscal com IBS e CBS a partir de 2027. 

Essa regra reduz a pressão sobre os pequenos empreendedores e dá tempo para entender as mudanças com calma. 

Até lá, eles podem usar a nova estrutura apenas em testes, sem obrigação.

Esse prazo maior também evita confusão com as validações obrigatórias que começam em 2026 para o Regime Normal. 

Assim, os pequenos negócios seguem trabalhando normalmente enquanto se preparam de forma gradual e segura.

💡Leia também: Guia de faturamento Simples Nacional: tudo o que você precisa saber

💡Se aprofunde mais: Novas regras para MEI em 2025: entenda tudo sobre o que muda

Por que o Simples tem prazo estendido?

O Simples Nacional atende micro e pequenas empresas que não possuem estrutura técnica para mudanças bruscas. 

Por isso, o governo criou um prazo estendido. Essa decisão protege quem tem menos recursos e garante uma adaptação tranquila ao novo modelo fiscal.

Esse tempo extra também ajuda os emissores e ERPs. Eles atualizam suas plataformas e entregam ferramentas completas antes da obrigatoriedade. 

Assim, o empreendedor recebe tudo pronto e evita erros.

Quais campos serão exigidos apenas em 2027?

Os pequenos negócios só precisam preencher os campos de IBS e CBS em 2027. Isso inclui a base de cálculo, a alíquota, o cClassTrib e os códigos específicos de cada operação. 

Esses campos aparecem no XML desde 2025, mas o Simples só deve preenchê-los quando o prazo oficial chegar.

Isso significa que MEIs e empresas do Simples não enfrentam rejeições por falta desses campos em 2025 e 2026. 

O sistema apenas ignora essas validações até que a transição se complete.

O que pequenas empresas precisam (e não precisam) fazer em 2025 e 2026?

As empresas pequenas podem usar 2025 e 2026 como fase de treinamento. 

Ou seja, elas conhecem o novo layout, entendem o cClassTrib e testam o cálculo do IBS e da CBS sem pressão. 

Esse período funciona como um “simulador”, que prepara o emissor para 2027.

Por outro lado, elas não precisam alterar rotinas de emissão, não precisam ativar os novos campos e não precisam revisar classificações complexas agora. 

Essas obrigações só começam quando o prazo oficial entrar em vigor.

Como reduzir ansiedade e evitar preparações desnecessárias

O melhor caminho é focar no que é importante agora. O empreendedor do Simples pode acompanhar notícias, testar o sistema quando possível e revisar seu cadastro de produtos com calma. 

Essa atitude ajuda na adaptação sem criar medo ou esforço extra.

Outra dica é evitar mudanças antes da hora. Muitos empreendedores tentam aplicar regras que ainda não valem para eles. Isso gera confusão e até erros. 

Trabalhe com o que já existe hoje e avance apenas quando o sistema exigir de fato.

Eventos obrigatórios e integrações com o novo modelo

Os novos eventos fiscais dão suporte ao modelo de nota fiscal com IBS e CBS. 

Eles registram ajustes, perdas e correções que antes ficavam fora do sistema ou dependiam de processos manuais. Agora, tudo entra na apuração de forma automática e transparente. 

Esses eventos também substituem rotinas antigas que não atendem mais ao IVA. 

Assim, a empresa mantém o histórico correto das operações e evita inconsistências que gerariam problemas na fiscalização.

Débito, crédito, ajustes e registros de perda

Os eventos de débito e crédito ajustam valores da nota quando ocorre diferença no imposto ou no preço. 

Ou seja, eles corrigem situações que antes exigiam carta de correção ou notas complementares mais complexas. Assim, você resolve problemas comuns de forma clara e dentro das regras do IVA.

Os eventos de ajustes e perda registram devoluções, descontos posteriores e perdas de estoque. Esses registros entram direto no cálculo do IBS e da CBS. 

Isso garante que a empresa pague apenas o imposto devido e mantenha o controle correto das operações.

Como esses eventos substituem rotinas antigas

Os novos eventos eliminam processos manuais que geravam erros e atrasos. 

Antes, você usava nota complementar, carta de correção ou lançamentos isolados para ajustar valores. Agora, o sistema cria eventos específicos para cada situação.

Esses eventos trazem mais precisão. Eles mostram o que aconteceu, em qual nota ocorreu e qual valor mudou. 

Assim, sua empresa mantém o histórico completo dentro do próprio sistema fiscal e evita confusão com documentos paralelos.

Por que são essenciais para a apuração assistida

A apuração assistida usa esses eventos para calcular corretamente o imposto. 

O sistema lê os registros de débito, crédito, ajustes e perdas e monta a apuração mensal sem esforço manual. Assim, você ganha mais controle e reduz o risco de pagar imposto a mais.

Além disso, esses eventos mostram transparência. Eles explicam cada alteração e ajudam o Fisco a entender a operação sem pedir documentos extras. 

Essa clareza fortalece o modelo de nota fiscal com IBS e CBS e diminui o risco de inconsistências.

Como preparar o ERP e o emissor para o novo modelo

A adaptação do ERP é muito importante para usar o modelo de nota fiscal com IBS e CBS. 

O sistema precisa entender os novos grupos do XML, aplicar as regras de cálculo e validar os tributos de forma automática. 

Na prática, essa preparação garante uma transição tranquila e evita erros que travam a emissão das notas.

Além disso, o ERP deve conversar com as novas tabelas de classificação e com os eventos de crédito e débito. 

Assim, a empresa acompanha a legislação da Reforma Tributária e mantém a emissão atualizada desde 2025.

Vem entender melhor como isso vai funcionar!

Atualização de tabelas NCM, CNAE, códigos e parametrizações

O ERP precisa atualizar todas as tabelas internas. Isso inclui NCM, CNAE, natureza da operação, cClassTrib e regras específicas para cada produto. 

Quando o sistema entende essas tabelas, ele aplica a legislação certa em cada item da nota.

Essa atualização também garante que o cálculo do IBS e da CBS fique correto. Por isso, o sistema revisa códigos antigos, inclui novos grupos e ajusta cada parametrização de acordo com o que a Nota Técnica exige.

💡Saiba tudo sobre isso: NCM e Reforma Tributária: saiba o que muda

Adequações em cálculo, validação e base de dados

O novo modelo exige que o ERP calcule cada tributo por item. 

Ele usa a base de cálculo, a alíquota e a classificação tributária para definir o valor exato de IBS e CBS. Isso deixa o processo mais claro e reduz o risco de erros.

Além disso, o sistema precisa validar os dados antes do envio da nota. Ele confere cClassTrib, CST-IBS, CST-CBS e todos os campos obrigatórios. 

Essa validação evita rejeições e prepara o ambiente para a apuração assistida.

Por que o emissor gratuito não acompanhará o novo sistema

O emissor gratuito não acompanha o volume de regras do IVA. Ele não gera eventos de débito e crédito, não valida as tabelas novas e não interpreta cClassTrib. 

Isso cria risco de rejeições e inconsistências na apuração.

Além disso, o modelo de nota fiscal com IBS e CBS exige atualizações constantes. O emissor gratuito não oferece essa manutenção contínua, o que deixa o empreendedor vulnerável a erros e atrasos.

Como evitar rejeições desde 2025 com testes antecipados

Os testes antecipados ajudam você a entender o novo modelo antes da obrigatoriedade. 

O ERP permite simular notas reais, validar campos e corrigir erros com antecedência. Isso reduz falhas quando o sistema entrar em produção.

Para facilitar, você pode testar:

  • cálculo de IBS e CBS por item;
  • integração do cClassTrib com o NCM;
  • preenchimento dos novos grupos do XML;
  • validações simultâneas com Receita e Comitê Gestor.

Esses testes deixam sua empresa pronta para 2026 e evitam problemas no início da adoção.

Principais erros que podem travar a emissão em 2026

Alguns erros podem impedir a emissão da nota quando o modelo de nota fiscal com IBS e CBS se tornar obrigatório para o Regime Normal. 

Esses erros acontecem por falhas na classificação tributária, falta de parametrização ou divergências entre cadastros. 

Por isso, entender esses pontos evita rejeições e reduz retrabalho.

A boa notícia é que a maioria desses erros aparece durante testes ainda em 2025. Assim, você identifica e corrige tudo antes da obrigatoriedade. 

Esse cuidado garante uma transição muito mais tranquila para o novo sistema.

Divergência entre NCM e cClassTrib

A divergência entre o NCM e o cClassTrib impede a emissão da nota. O NCM define o tipo de produto. O cClassTrib usa esse NCM para aplicar a regra de IBS e CBS. 

Se os dois não combinam, o sistema identifica erro e bloqueia o envio. Esse ajuste precisa acontecer item por item.

Por isso, revisar o cadastro é muito importante. Quando o NCM correto acompanha o cClassTrib certo, o cálculo funciona e o imposto aparece no XML da forma prevista pela Reforma Tributária.

Classificação tributária incoerente com a operação

A nota trava quando a classificação tributária não combina com o tipo de operação. Isso acontece quando a empresa escolhe uma regra que não se aplica à venda, compra, devolução ou bonificação. 

Essa incoerência causa rejeição automática porque o sistema entende que o cálculo está errado.

Essa revisão evita problemas. O ERP precisa usar a natureza da operação, o cClassTrib e o CST-IBS/CBS de forma alinhada. 

Quando tudo combina, o envio da nota funciona sem falhas.

Falta de parametrização de regimes especiais

Os regimes especiais influenciam o cálculo do IBS e da CBS. A empresa precisa marcar esses regimes no ERP, porque eles alteram a base, a alíquota ou o benefício fiscal. 

Quando esses campos ficam vazios, o sistema não aplica a regra correta e rejeita a nota.

Para evitar isso, vale revisar situações como alíquota reduzida, operações monofásicas, Zona Franca de Manaus e Áreas de Livre Comércio. 

Esses ajustes simples impedem erros que travariam a emissão.

Tributos não informados por item

No novo modelo, cada item precisa mostrar sua base de cálculo, alíquota e valor de IBS e CBS. Quando o emissor deixa esses campos vazios, a validação falha. 

Antes, alguns tributos ficavam no total da nota. Agora, tudo funciona item por item.

Esse cuidado melhora o controle da operação. Ele também evita diferenças entre o XML e a apuração assistida, que depende dessas informações para calcular o imposto corretamente.

Erros que só aparecerão quando o ambiente de produção validar IBS/CBS

Alguns erros só surgem quando a validação oficial entra em funcionamento. Isso acontece porque o ambiente de testes aceita mais flexibilidade. 

Já o ambiente de produção exige precisão total. Por isso, certos problemas aparecem apenas na virada para 2026.

Entre os erros mais comuns estão:

  • cClassTrib incompatível com o NCM;
  • alíquota fora da regra do produto;
  • valores incoerentes entre base e cálculo;
  • operação sem IBS/CBS quando o tributo é obrigatório.

Esses erros precisam de correção antecipada para evitar bloqueios na emissão.

Checklist final: tudo que sua empresa deve revisar antes de 2026

Antes da obrigatoriedade do modelo de nota fiscal com IBS e CBS, sua empresa precisa revisar alguns pontos importantes.

Esse checklist ajuda você a ajustar cadastros, revisar operações e garantir que o sistema esteja preparado para o novo modelo fiscal. 

Assim, você evita erros e reduz retrabalho no momento da emissão.

Com esse passo a passo simples, você organiza a transição sem correr. Ele funciona como um guia rápido para revisar o essencial e manter sua empresa pronta para todas as mudanças que chegam com a Reforma Tributária.

Cadastro

Revise o cadastro da empresa:

  • não selecionadaatualize endereço, CNAE e dados fiscais;
  • não selecionadaconfirme inscrição estadual e municipal;
  • não selecionadaajuste contatos e informações de responsável técnico;
  • não selecionadaverifique se as informações internas combinam com o que consta no CNPJ.

Esses dados influenciam o cálculo dos tributos e evitam divergências na validação.

Regimes

Confirme o enquadramento da empresa:

  • não selecionadaidentifique se está no Regime Normal, Simples Nacional ou MEI;
  • não selecionadaentenda o prazo de obrigatoriedade:
    • não selecionadaRegime Normal: 2026;
    • não selecionadaSimples e MEI: 2027;
  • não selecionadarevise possíveis regimes especiais que afetam alíquota ou regra de cálculo;
  • não selecionadaconfirme se o ERP reconhece corretamente o enquadramento.

Um regime incorreto muda o resultado do cálculo e gera rejeições.

Produtos e serviços

Atualize o cadastro de produtos e serviços:

  • não selecionadaNCM correto e atualizado;
  • não selecionadadescrição clara e sem abreviações confusas;
  • não selecionadaunidade de medida adequada;
  • não selecionadacClassTrib compatível com o NCM;
  • não selecionadaCST-IBS e CST-CBS revisados;
  • não selecionadabenefícios fiscais aplicados (quando houver);
  • não selecionadaidentificação de itens monofásicos, com alíquota reduzida ou regimes especiais.

Esses ajustes garantem que o ERP calcule IBS e CBS item por item da forma correta.

Integrações

Teste e valide as integrações do sistema:

  • não selecionadaPDV conectado ao ERP sem falhas;
  • não selecionadaintegração com e-commerce funcionando;
  • não selecionadamarketplace enviando dados completos para o sistema;
  • não selecionadameios de pagamento importando informações corretamente;
  • não selecionadaautomações internas atualizadas para o novo XML.

As integrações precisam enviar dados completos, porque o novo modelo exige mais informações por item.

Auditoria preventiva

Realize uma auditoria simples antes de 2026:

  • não selecionadateste notas em ambiente de homologação;
  • não selecionadavalide cálculos de IBS e CBS item por item;
  • não selecionadaconfira rejeições e resolva cada uma;
  • não selecionadarevise se o ERP registra eventos de crédito e débito;
  • não selecionadaavalie se o sistema lê as novas tabelas do Comitê Gestor;
  • não selecionadaajuste classificações inconsistentes antes da obrigatoriedade.

Essa auditoria evita problemas quando o ambiente de produção começar a validar o novo modelo de forma rígida.

FAQ – Perguntas frequentes sobre o novo modelo de nota fiscal

O que é o modelo de nota fiscal com IBS e CBS?

O modelo de nota fiscal com IBS e CBS é a nova estrutura criada pela Reforma Tributária. Ela inclui campos específicos no XML, calcula os tributos por item e organiza o imposto dentro da lógica do IVA. O objetivo é deixar o cálculo mais simples, padronizado e transparente para empresas de todos os portes.

Quando o novo modelo será obrigatório?

O novo modelo será obrigatório em 2026 para empresas do Regime Normal.
Para o Simples Nacional e o MEI, a obrigatoriedade começa em 2027.

Até lá, você pode usar o modelo em ambiente de testes ou de forma opcional, sem rejeição obrigatória.

Como preencher IBS e CBS na NF-e?

Você preenche IBS e CBS por item da nota. O sistema exige informações como base de cálculo, alíquota, cClassTrib e CST-IBS/CST-CBS.

Já o ERP usa esses dados para calcular os tributos automaticamente e gerar o XML no formato exigido pela Reforma Tributária.

Assim, o preenchimento fica simples e reduz erros na emissão.

O CFOP vai deixar de existir?

Não. O CFOP não será extinto com a Reforma Tributária de 2026.

Ele continua obrigatório durante toda a fase de transição e segue como o código que identifica o tipo de operação da nota fiscal.

O que pode acontecer é uma reorganização futura, conforme o Comitê Gestor implemente as novas tabelas de natureza da operação. Mas, por enquanto, o CFOP continua existindo e sendo importante para a emissão correta das notas.

Empresas do Simples Nacional precisam preencher IBS/CBS?

Sim, mas somente em 2027.

Empresas do Simples Nacional e o MEI não precisam preencher IBS e CBS em 2025 e 2026. Elas podem testar o modelo antes, mas sem risco de rejeição obrigatória.

Esse prazo maior permite uma adaptação tranquila ao novo sistema.

O DANFE vai mudar?

Sim, o DANFE deve mudar para exibir IBS, CBS e o Imposto Seletivo de forma clara.

A versão final ainda não foi publicada, mas a tendência é destacar os tributos “por fora” no total da nota para garantir mais transparência para quem emite e para quem recebe.

O que substitui a carta de correção?

A carta de correção será substituída pelos eventos de Nota de Crédito (finalidade 5) e Nota de Débito (finalidade 6).

Esses eventos atualizam valores, aumentos, reduções, devoluções e ajustes de forma padronizada e integrada à apuração assistida.

Eles garantem segurança jurídica e eliminam correções manuais.

O que acontece se eu emitir a nota sem IBS/CBS?

Se você emitir uma nota sem IBS e CBS quando eles forem obrigatórios, o sistema rejeita automaticamente.

Regras como a UB12-10 bloqueiam notas que não possuem os novos campos exigidos pela Reforma Tributária.

Ou seja, a emissão só funciona quando o preenchimento estiver completo e consistente.

Como o GestãoClick ajuda sua empresa a preparar o modelo de nota fiscal para 2026

O GestãoClick já está se preparando para atender a todas as novas mudanças da Reforma Tributária. 

Isso inclui atualizações no cálculo do IBS e da CBS, na estrutura do XML e na forma como o sistema valida cada item da nota. 

Assim, você acompanha a transição sem medo e com muito mais segurança.

Além disso, o ERP facilitará o uso do novo modelo de nota fiscal com IBS e CBS com automatizações que reduzem erros, simplificam o preenchimento e deixam o processo claro para qualquer empreendedor. 

Tudo isso sem complicações técnicas e sem exigir conhecimento avançado.

Conheça também: O que é um sistema ERP online e como ele ajuda a organizar sua empresa

Atualização inteligente de NCM: sugestão automática por IA

O GestãoClick agora sugere o NCM automaticamente no cadastro de produtos. 

A IA analisa o nome do item e apresenta códigos compatíveis, sempre acompanhados de um percentual de correspondência. Assim, você escolhe o enquadramento fiscal com muito mais segurança.

Essa sugestão por IA reduz erros de classificação e agiliza toda a rotina de cadastro. 

Ou seja, você não perde tempo procurando códigos manualmente e evita inconsistências que podem gerar rejeições no modelo de nota fiscal com IBS e CBS.

Emissão alinhada à NT 2025.002

O GestãoClick já está se preparando para atender às exigências da Nota Técnica 2025.002. 

Essa NT define o novo layout da NF-e e da NFC-e, com campos de IBS, CBS e Imposto Seletivo. 

Quando o modelo ficar obrigatório, o sistema estará pronto para emitir notas dentro do padrão oficial.

Essa preparação também facilita a experiência do usuário. Você não precisa entender cada detalhe técnico da NT porque o sistema já segue as regras e aplica as validações necessárias.

Redução de erros e rejeições

O GestãoClick usa Inteligência Artificial para identificar por que uma nota fiscal foi rejeitada. 

Quando algo impede a emissão, como NCM expirado, CFOP incompatível ou informação incorreta, você clica em “entenda com a IA”, e o sistema analisa a nota na hora.

A IA explica de forma clara o que está errado e como você deve corrigir, sem precisar abrir chamado no suporte. 

Ela entende as regras da SEFAZ, interpreta o XML e orienta você passo a passo. A decisão final permanece com o usuário, mas a orientação evita retrabalho e elimina a frustração.

A IA integrada do GestãoClick entrega benefícios reais para o empreendedor:

  • Menos burocracia no diagnóstico de erros;
  • Mais agilidade para emitir a nota sem travar o fluxo de vendas;
  • Orientações simples e precisas, sem termos técnicos confusos;
  • Correções seguras e sob total controle do usuário;
  • Evolução contínua, com melhorias frequentes.

Esse recurso transforma a emissão de notas em um processo rápido e leve, especialmente importante durante a adaptação ao modelo de nota fiscal com IBS e CBS.

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Ivan Vilela
Ivan é formado em Jornalismo pela Universidade Federal de Ouro Preto e possui pós-graduação em Revisão e Preparação de Textos pela PUC Minas.
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