Quando o ICMS será extinto?
O ICMS será extinto até 2033. Entenda o cronograma, os impactos para empresas e como se preparar para a chegada do IBS e da CBS.
O ICMS movimenta a economia do país e continua crescendo mesmo em um cenário de muitas mudanças.
No primeiro semestre de 2025, os estados arrecadaram R$ 421,27 bilhões, um aumento real de 3,5% em comparação ao ano anterior, segundo dados da Compara Brasil.
Esse volume mostra como o imposto ainda pesa no caixa das empresas e ajuda a explicar o impacto que a Reforma Tributária trará nos próximos anos.
Trazemos esse dado porque ele mostra a força do ICMS e a importância de entender o que acontece quando um imposto dessa magnitude começa a mudar.
A Reforma Tributária começa, no próximo ano, o processo que levará à substituição do ICMS pelo IBS. Essa mudança afeta a operação de todos os empreendedores, desde quem trabalha no varejo até quem vende serviços ou atua na indústria.
Além disso, a transição envolve fases diferentes e exige organização. A convivência entre ICMS e IBS cria um período de adaptação que vai exigir atenção ao cadastro de produtos, às regras fiscais e aos sistemas de emissão de notas.
Por isso, compreender o cronograma ajuda você a evitar problemas, multas e surpresas no fluxo de caixa.
Neste conteúdo, eu explico o que muda na prática e como você se prepara para cada fase.
Você vai entender o cronograma oficial, os impactos no seu negócio e as principais ações para antecipar os ajustes.
Vem com a gente!
O fim do ICMS e a chegada do IVA Dual: o que está acontecendo?
O Brasil entrou em uma das maiores mudanças tributárias da história.
A Reforma Tributária cria um novo modelo de cobrança e inicia o processo que levará ao fim do ICMS e do ISS.
Esse movimento simplifica a tributação e organiza melhor a forma como as empresas lidam com impostos, algo que sempre trouxe dúvidas e insegurança para quem empreende.
Além disso, a mudança abre espaço para um sistema mais moderno, conhecido como IVA Dual. Ele reúne tributos diferentes em dois impostos mais simples: CBS (federal) e IBS (estadual e municipal).
Assim, o empreendedor compreende melhor o que paga e evita surpresas na gestão do negócio.
Vem com a gente entender melhor como isso vai funcionar!
💡Leia também: Cálculo do ICMS: como fazer?
📖 Se aprofunde ainda: Imposto sobre Valor Agregado (IVA): o que é, o que ele unifica e o que muda com ele
H3: Por que o modelo atual (ICMS + ISS) será substituído
Na prática, o modelo atual causa confusão e atrasa o crescimento de muitos negócios.
O ICMS, nesse caso, muda de estado para estado e o ISS varia entre municípios. Essa fragmentação cria regras diferentes para operações parecidas.
Como resultado, o empreendedor perde tempo e corre o risco de pagar ou apurar valores errados.
A Reforma Tributária, por sua vez, quer resolver esses problemas com um modelo mais simples e padronizado.
Sendo assim, o IVA Dual reduz a quantidade de tributos e facilita a emissão de notas fiscais, a conferência de alíquotas e a organização dos créditos.
Na prática, isso ajuda especialmente microempresas e pequenos negócios, que não têm equipes grandes para lidar com tanta burocracia.
Além disso, o novo formato cria uma experiência parecida com a de outros países. Ele deixa o processo mais previsível e transparente, ou seja, algo fundamental para quem precisa planejar preços, custos e investimentos.
📖Conheça ainda mais sobre o assunto: Reforma Tributária: o que é, quais as mudanças e impactos
Fim da guerra fiscal
A “guerra fiscal” acontece quando os estados oferecem incentivos de ICMS para atrair empresas. E a realidade dura, nesse caso, é que esse movimento cria desigualdade e alimenta disputas entre regiões.
Nesse sentido, muitos empreendedores sofrem com isso, porque não entendem as regras de cada local e acabam lidando com exigências diferentes a cada venda.
O IVA Dual elimina esse problema. Para isso, o novo sistema tira o peso dos incentivos estaduais e cria regras iguais para todo mundo.
Ou seja, melhora o ambiente de negócios e diminui riscos para o empreendedor, que passa a trabalhar com uma tributação muito mais estável.
E, como resultado do fim desse sistema, podemos ver alguns benefícios, como:
- Regras mais claras e padronizadas;
- Menos conflitos entre estados;
- Mais segurança para vender para outros estados;
- Operações interestaduais mais simples.
Tributação no destino: o novo padrão mundial
A Reforma Tributária traz outro ponto importante: a tributação no destino.
Na prática, o imposto deixa de seguir o estado de origem da venda e passa a acompanhar o local onde o consumidor final está.
Esse formato se tornou padrão no mundo e reduz distorções no sistema.
Quando implementado, esse modelo favorece uma concorrência mais justa. Isso porque a empresa calcula o imposto de forma simples e segue uma lógica que combina com o caminho real da mercadoria ou do serviço.
Além disso, a tributação no destino diminui os riscos na venda interestadual, já que o empreendedor entende melhor a regra e evita erros no faturamento.
Esse movimento fortalece os pequenos negócios, porque simplifica operações que antes exigiam muita atenção e conhecimento técnico.
A lógica fica mais clara, e o empreendedor ganha mais segurança para vender para qualquer lugar do país.
💡Conheça também: Tributos empresariais para prestar atenção!
Entenda o cronograma oficial da extinção do ICMS
A Reforma Tributária criou um cronograma claro para a mudança do sistema atual.
Ele mostra quando o ICMS começa a perder espaço e quando o novo modelo entra em funcionamento. Esse passo a passo ajuda o empreendedor a entender o que acontece em cada ano e a se preparar com mais segurança.
Além disso, o cronograma mostra que a mudança não acontece de uma vez só. Ela avança por etapas e exige atenção em cada fase.
Assim, você evita sustos e organiza melhor o planejamento do seu negócio.
Para ajudar você a entender tudo sobre o assunto, explicamos de maneira simplificada como vai funcionar cada etapa do cronograma.
Vem com a gente!
💡E para se aprofundar ainda mais nesse tema, confira nosso conteúdo: Reforma tributária 2026: cronograma tributário e o que você precisa saber ainda este ano
O ano de 2026 inicia a fase de testes do novo modelo.
Para isso, o governo irá ativar o sistema do IBS e da CBS com alíquotas simbólicas. Para isso, o governo irá ativar o sistema do IBS e da CBS com alíquotas simbólicas de 0,9% para a CBS e 0,1% para o IBS.
Nesse momento, essas alíquotas servirão apenas para testar a estrutura da Reforma Tributária sem gerar impacto financeiro relevante. Assim as empresas podem acompanhar as mudanças e entender como a tecnologia vai funcionar.
Além disso, esse ano-teste ajuda microempreendedores e pequenos negócios a se adaptarem.
Ou seja, ele funciona como um “treinamento”, porque mostra como a emissão de notas, a apuração e o sistema de créditos vão se comportar.
Dessa forma, você observa as mudanças com mais calma e prepara sua empresa para a próxima etapa.
Para facilitar, veja o que você pode fazer em 2026:
- acompanhar atualizações do seu ERP;
- fazer testes de emissão de nota com o novo modelo;
- treinar a equipe para entender os novos campos fiscais.
💡Saiba mais: IBS: o que é o substituto do ISS e ICMS
2027–2028: início da CBS e extinção do PIS/COFINS
A partir de 2027, a CBS começará a ser cobrada de verdade.
Ela substitui tributos antigos, como PIS e COFINS, que deixarão de existir. Essa mudança simplifica a vida de muitas empresas, porque os cálculos ficam mais claros e a regra se torna mais uniforme.
Durante esse período, o ICMS continuará funcionando do jeito atual. Isso significa que você ainda seguirá as mesmas regras estaduais enquanto se adapta ao novo tributo federal.
Esses dois anos servem como fase de ajuste, porque você aprende a lidar com a CBS e mantém o ICMS do jeito que já conhece.
Esse momento também permite revisar preços e entender como a nova tributação impacta a sua margem.
Dessa forma, muitos empreendedores usam 2027 e 2028 para ajustar processos internos e organizar o cadastro de produtos.
2029–2032: fase de convivência entre ICMS e IBS
A fase de convivência é uma das mais importantes.
De 2029 até 2032, você trabalhará com dois sistemas ao mesmo tempo: o ICMS atual e o IBS do novo modelo.
Nesse período, o IBS crescerá aos poucos, e o ICMS diminuirá de forma gradual. A ideia é fazer uma transição segura.
A progressão anual de substituição será a seguinte:
| Ano | ICMS vigente | IBS vigente |
| 2029 | 90% | 10% |
| 2030 | 80% | 20% |
| 2031 | 70% | 30% |
| 2032 | 60% | 40% |
Mas, fique atento: esse momento exige atenção extra. Dois modelos funcionarão juntos, e isso impactará a emissão de notas, a identificação de alíquotas e o cálculo de créditos.
Por isso, você precisará acompanhar de perto as atualizações do ERP, porque o sistema fiscal muda ano após ano.
Para entender melhor, imagine uma venda interestadual. Hoje, você segue uma regra específica de ICMS. Na fase de convivência, você calcula o ICMS, mas também irá considerar o IBS.
Esses dois tributos andarão juntos até 2032, o que exige organização e acompanhamento diário.
2033: data oficial da extinção do ICMS
Por fim, o ano de 2033 marca a virada completa.
O ICMS sai de cena e o IBS, nesse caso, assume todas as operações estaduais e municipais.
A partir desse momento, o empreendedor trabalha somente com o sistema novo. Isso simplifica o processo, porque você segue uma regra única e mais moderna.
Esse também será o ano em que o país encerra o modelo atual e fortalece a lógica do IVA Dual. Assim, a tributação fica mais clara e acompanha o padrão de outros países.
Dessa forma, você ganhará previsibilidade na hora de emitir notas, formar preços e planejar o crescimento do seu negócio.
Como vimos, a extinção do ICMS muda a base da tributação no Brasil.
A ideia inicial da Reforma Tributária é substituir os impostos atuais por um modelo mais simples, direto e fácil de entender.
Esse novo formato, no caso, ajuda o empreendedor a organizar melhor os custos, a precificação e até a emissão das notas fiscais.
Além disso, o sistema novo reduz a confusão causada por regras diferentes em cada estado.
Assim, você acompanha as mudanças com mais clareza e toma decisões mais seguras para o seu negócio.
O que é o IBS e como ele substitui o ICMS
O IBS, sigla para Imposto sobre Bens e Serviço, entra no lugar do ICMS e do ISS.
Ele reúne esses dois impostos em uma única cobrança. Dessa forma, esse formato simplifica a vida do empreendedor, porque elimina as regras diferentes entre estados e municípios.
Para entender melhor, pense no IBS como um imposto padronizado. Ele funciona da mesma forma para todo o Brasil. Isso evita surpresas na hora de vender para outras regiões e reduz erros na emissão das notas fiscais.
Em resumo, o empreendedor usa uma regra só, o que deixa o processo muito mais simples.
Além disso, o IBS também usa o modelo de “crédito financeiro”. Esse modelo permite que a empresa aproveite créditos de forma mais clara.
Esse ponto ajuda muito na formação do preço e melhora a previsibilidade de custos.
💡Conheça tudo sobre o assunto: IBS: o que é o substituto do ISS e ICMS
O que é a CBS e como ela impacta a carga tributária
A CBS, sigla para Contribuição sobre Bens e Serviços, substitui o PIS e o COFINS.
Ela representa a parte federal da Reforma Tributária. Assim como o IBS, a CBS segue uma regra única e reduz a burocracia.
Esse novo tributo deixa o cálculo mais simples. Dessa forma, você evita exceções e interpretações diferentes, algo que incomoda muito quem vende produtos e serviços.
Além disso, a CBS usa o mesmo modelo de crédito financeiro do IBS. Isso facilita o entendimento e mantém o sistema mais organizado.
Para visualizar melhor, veja o que a CBS muda:
- substitui PIS e COFINS;
- segue uma regra única;
- permite créditos mais claros;
- simplifica o cálculo dos impostos.
💡Conheça ainda mais: CBS: o que é, o que substitui e quando começa a valer
Entenda o Imposto Seletivo (IS)
O Imposto Seletivo (IS) aparece como um complemento da Reforma Tributária.
Ele incide sobre produtos que causam impacto na saúde ou no meio ambiente. Alguns exemplos incluem cigarro, bebidas alcoólicas e alguns itens de alto impacto ambiental.
O objetivo do IS não é complicar o sistema. Ele funciona apenas como um imposto regulatório adicional para produtos específicos.
Para a maioria dos pequenos negócios, ele não faz diferença no dia a dia. Mas é importante saber que ele existe, porque ele afeta setores específicos e pode aparecer em situações pontuais.
Você pode pensar no IS como um “imposto de responsabilidade”. Ele aparece somente quando o produto tem impacto direto na sociedade.
Por isso, ele não faz parte da rotina da maioria dos empreendedores.
💡Conheça ainda mais: Imposto Seletivo (IS) ou “Imposto do Pecado”: o que é e quais produtos são afetados
Impactos práticos da transição para o empreendedor
Como vimos, a transição do ICMS para o novo sistema da Reforma Tributária altera a rotina de muitas empresas.
Nesse sentido, cada setor sente essas mudanças de um jeito, e entender esses impactos ajuda o empreendedor a se organizar com antecedência.
Além disso, a fase de convivência entre ICMS e IBS exige atenção. Você lida com novas regras e precisa ajustar processos internos para evitar erros, inconsistências fiscais e prejuízos na formação dos preços.
Para ajudar você a entender melhor, trouxemos os principais impactos dessa mudança enas principais áreas do mercado.
Vem com a gente!
Impactos no varejo
O varejo sentirá a mudança de forma direta.
A Reforma Tributária altera a forma como os impostos aparecem no custo e no preço final. Isso exige revisão de margens, precificação e controle de estoque.
Como o ICMS varia entre os estados, muitos comerciantes enfrentam diferenças na compra e na venda.
O IBS eliminará essas variações, e o varejo ganhará mais clareza para calcular preços. Essa mudança pretende mudar o planejamento e diminuir a chance de erro.
Veja alguns efeitos práticos no dia a dia do varejo:
- maior previsibilidade no custo das mercadorias;
- ajustes frequentes no cadastro de produtos;
- necessidade de revisão das margens e promoções;
- atualização constante do ERP para evitar inconsistências.
Impactos na indústria
A indústria sentirá a mudança de forma ainda mais intensa.
O fim do ICMS trará o encerramento gradual de incentivos fiscais estaduais, já que muitos estados oferecem reduções de base, isenções ou créditos presumidos.
Esses benefícios ajudam na competitividade, e a Reforma Tributária reduz essas vantagens.
Com o novo modelo, a indústria poderá usar o crédito financeiro para todos os insumos. Esse formato irá gerar mais clareza na apuração, mas altera a lógica de custos.
Assim, o empreendedor precisará revisar contratos, cadeia de fornecedores e acordos de venda.
Além disso, a indústria pode enfrentar um ponto sensível: a fase de convivência entre ICMS e IBS.
Essa convivência exige cuidado para evitar erros na emissão da nota fiscal e na apropriação dos créditos.
Impactos para prestadores de serviços
Os prestadores de serviços também irão notar mudanças importantes.
O IBS e a CBS substituem o ISS e os tributos federais, e também criarão um modelo único de apuração. Isso pretende simplificar o processo, mas também alterará a carga tributária de alguns segmentos.
Em muitos casos, as empresas precisarão revisar contratos e valores de mensalidades.
Como os clientes também passarão a usar crédito financeiro, a nova regra influenciará negociações entre empresas.
Essa dinâmica deve aparecer principalmente em serviços B2B.
Para facilitar, veja alguns pontos de atenção:
- revisão do preço do serviço;
- atualização dos contratos e propostas comerciais;
- atenção às regras do Simples Nacional.
Impactos no transporte e logística
O setor de transporte e logística ganharão mais segurança com o fim da guerra fiscal.
Hoje, o ICMS varia muito entre estados e cria conflitos na circulação de mercadorias. Com o IBS, a regra ficará mais clara e irá diminuir barreiras entre fronteiras.
Esse setor também lida com mudanças no cálculo do imposto para fretes.
O novo modelo facilita operações interestaduais e reduz burocracias. Isso ajuda pequenas transportadoras e empresas que dependem de entregas constantes.
Além disso, a logística sente que a transição irá acontecer de forma intensa na fase híbrida. Isso porque o empreendedor precisa acompanhar de perto as notas fiscais, porque dois tributos funcionam ao mesmo tempo.
A formação de preços irá mudar bastante com o fim do ICMS.
O sistema atual funciona com regras diferentes em cada estado. Isso, na prática, dificulta o cálculo do custo real e afeta o preço final do produto ou serviço.
Com o IBS e a CBS, a lógica fica mais uniforme.
O empreendedor precisa revisar tabelas de preços, simular cenários e ajustar margens. Essa mudança exige cuidado, porque os tributos aumentam ou diminuem dependendo da operação. Assim, o planejamento ganha mais importância.
Para ajudar, veja estratégias simples que muitos negócios vão adotar:
- revisar a margem de lucro periodicamente;
- analisar o impacto do IBS e da CBS por produto;
- atualizar o cadastro de produtos e serviços;
- acompanhar as mudanças do ERP para evitar erros de cálculo.
Como se preparar para o fim do ICMS (Guia de ações)
A preparação para o fim do ICMS exige planejamento antecipado e estratégia.
Muitos empreendedores acreditam que a mudança demora a acontecer, mas o cronograma já está em andamento. Por isso, quem antecipa os ajustes ganha vantagem competitiva e evita problemas fiscais no futuro.
O segredo, nesse caso, está na organização de dados e na revisão de processos internos. Você precisa olhar para o seu negócio hoje e projetar como ele funcionará no novo cenário.
Para ajudar nessa jornada, criamos um guia prático com as ações que você deve tomar em cada fase.
Acompanhe com a gente o passo a passo a seguir!
O que fazer em 2025: diagnóstico e revisão tributária completa
O ano de 2025 representa o momento ideal para “arrumar a casa”.
Antes de o novo sistema entrar em vigor, você precisa garantir que os dados atuais da sua empresa estão corretos.
Isso significa que você deve realizar um saneamento cadastral completo dos seus produtos e serviços.
Muitas empresas carregam erros antigos de classificação fiscal. Esses erros, no novo modelo, podem gerar prejuízos automáticos ou travar a emissão de notas.
Além disso, aproveite este ano para simular cenários. Para isso, avalie como a carga tributária futura impactará seus custos e comece a desenhar novas estratégias de precificação.
Para facilitar, você pode focar em ações imediatas, como:
- revisar a classificação NCM de todos os itens;
- validar o enquadramento tributário atual;
- identificar benefícios fiscais que a sua empresa utiliza hoje;
- conversar com seu contador sobre o planejamento para os próximos anos.
O que fazer em 2026 (ano-teste)
Em 2026, o governo inicia os testes práticos com alíquotas simbólicas de IBS e CBS. Nesse momento, você deve encarar esse período como um laboratório para a sua empresa.
Ou seja, nesse ano, o foco não é o impacto financeiro, mas sim a adaptação tecnológica e operacional. Sua equipe precisa aprender a emitir os documentos fiscais com os novos códigos e campos.
Por isso, aproveite esse tempo para testar a comunicação do seu sistema com os servidores do governo. Se algo der errado agora, você tem tempo para corrigir sem sofrer multas pesadas ou paralisar a operação.
Além disso, monitore como os fornecedores emitem as notas para você, pois isso impactará o seu crédito no futuro.
Ações para 2027–2028: ajustes operacionais e revisões contratuais
A entrada efetiva da CBS em 2027 muda a dinâmica financeira do negócio.
O PIS e a COFINS desaparecem, e isso altera a formação do seu preço de venda imediatamente. Dessa forma, você precisará recalcular suas margens para garantir que o negócio continue lucrativo.
Nesse período, revise todos os contratos de longo prazo, tanto com clientes quanto com fornecedores. Cláusulas que mencionam tributos antigos perdem a validade ou geram interpretações confusas.
Por isso, o jurídico e o financeiro da empresa devem trabalhar juntos para atualizar esses documentos.
O objetivo, nesse caso, é proteger o fluxo de caixa e manter a transparência nas relações comerciais.
Essa fase exige o nível máximo de atenção da sua gestão. Isso porque, durante quatro anos, sua empresa conviverá com o ICMS reduzindo e o IBS aumentando.
Isso cria uma complexidade operacional única. Ou seja, você terá que gerenciar duas lógicas de apuração diferentes na mesma venda.
O departamento fiscal precisará de processos robustos para não misturar as regras e gerar guias de pagamento incorretas.
Além disso, o controle de créditos se torna vital. Você acumulará créditos do sistema antigo e do novo simultaneamente.
A organização, nessa etapa, irá definir a saúde financeira da empresa. Dessa forma, para passar por isso com segurança:
- automatize o máximo de processos fiscais possível;
- realize auditorias frequentes nas apurações mensais;
- mantenha a equipe treinada sobre as duas legislações vigentes.
Ajustes necessários no ERP e na emissão de documentos fiscais
Como sabemos, a tecnologia desempenha o papel principal na Reforma Tributária. Por isso, seu sistema de gestão (ERP) precisa acompanhar todas essas mudanças em tempo real.
Sendo assim, não deixe para atualizar o software na última hora. Converse com seu fornecedor de tecnologia e entenda o cronograma de atualizações que eles planejam.
O sistema deve conseguir ler as novas regras, calcular o imposto “por fora” (no caso do IVA) e integrar as informações com o fisco.
A adaptação tecnológica garante que sua empresa continue faturando sem interrupções.
Atualização de CFOP, NCM e regimes tributários
Os códigos fiscais mudam ou ganham novas funções com a Reforma.
O CFOP (Código Fiscal de Operações e Prestações), por exemplo, passará por ajustes para refletir as novas operações. Dessa forma, você precisará mapear quais códigos sua empresa usa hoje e quais ela usará no novo modelo.
Da mesma forma, a NCM (Nomenclatura Comum do Mercosul) ganha ainda mais relevância para definir alíquotas e exceções. Um cadastro errado de NCM fará o sistema calcular o imposto errado automaticamente.
Por isso, a validação desses dados deve acontecer de forma constante e rigorosa.
💡Entenda mais: NCM e Reforma Tributária: saiba o que muda
Configurações para dualidade ICMS + IBS
O desafio técnico maior acontece na configuração da dualidade.
O software precisa ter a capacidade de rodar dois motores de cálculo ao mesmo tempo durante a transição.
Ou seja, ele deve aplicar a regra do ICMS (origem) e a regra do IBS (destino) na mesma nota fiscal, respeitando a proporção de cada ano.
Por isso, verifique se o seu ERP possui essa funcionalidade de “regra de transição”. Isso evita que você precise fazer cálculos manuais em planilhas, o que aumenta drasticamente o risco de erro humano.
Além disso, garanta que a parametrização do sistema contemple essa inteligência fiscal desde o início dos testes em 2026.
💡Saiba mais: Reforma Tributária: é possível calcular IBS, CBS e IS no ERP?
Muitos empreendedores temem que a Reforma Tributária acabe com o Simples Nacional ou com o MEI. Mas, fique tranquilo: a Constituição protege esses regimes diferenciados.
O governo entende que micro e pequenas empresas precisam de tratamento favorecido e simplificado. Portanto, o Simples Nacional e o MEI continuam existindo.
No entanto, a extinção do ICMS e do ISS traz ajustes necessários na forma como esses negócios calculam e pagam seus impostos.
O objetivo dessas mudanças busca manter a competitividade dos pequenos negócios frente às grandes empresas.
Vamos juntos entender, de forma bem prática, como isso impacta a sua rotina.
💡Se aprofunde ainda mais: Guia de faturamento Simples Nacional: tudo o que você precisa saber
O que muda para empresas do Simples
A principal mudança para o Simples Nacional envolve a questão dos créditos tributários.
Hoje, grandes empresas evitam comprar de negócios do Simples porque elas não conseguem abater impostos (créditos) nessa transação de forma eficiente.
Por isso, a Reforma Tributária muda essa lógica para ajudar o pequeno empreendedor a vender mais.
No novo modelo, a empresa do Simples tem duas opções:
- Pagar tudo dentro do DAS: a empresa continua pagando IBS e CBS dentro da guia única. Nesse caso, ela transfere crédito para o cliente apenas sobre o valor que ela efetivamente pagou.
- Pagar IBS e CBS “por fora”: a empresa escolhe pagar o IBS e a CBS separadamente, seguindo o regime normal (não cumulativo). Assim, ela gera crédito cheio para o cliente, o que torna o negócio mais atrativo para grandes compradores (B2B).
Na prática, essa escolha dá poder ao empreendedor. Se você vende para o consumidor final (B2C), manter tudo no DAS compensa mais pela simplicidade.
Agora, se você fornece para indústrias ou grandes varejistas, pagar “por fora” pode garantir mais contratos, pois o seu cliente recupera o imposto pago.
Nesse sentido, o seu contador ou sua equipe fiscal analisará qual cenário traz mais lucro para a sua operação.
💡Saiba mais: Optante pelo Simples Nacional: o que significa? Entenda tudo neste guia!
O que muda para o MEI
Para o Microempreendedor Individual (MEI), a situação permanece muito segura e estável.
O MEI continuará pagando um valor fixo mensal, sem surpresas, porque a Reforma Tributária não altera a lógica de funcionamento desse regime.
O governo apenas ajustará a composição interna da guia de pagamento para substituir o ICMS e o ISS pelo IBS e pela CBS. Ou seja, na prática, o boleto mensal do MEI continua com valor fixo e baixo.
Você não precisará calcular alíquotas complexas nem contratar sistemas caros. A única mudança visível talvez aconteça na emissão da nota fiscal, que seguirá o padrão nacional único, algo que já acontece em muitos lugares.
Portanto, o MEI mantém seus benefícios:
- pagamento fixo mensal;
- isenção de burocracia complexa;
- direito a benefícios previdenciários.
💡Entenda mais: Novas regras para MEI em 2025: entenda tudo sobre o que muda
📚 Leia também: Guia do MEI: todas as informações necessárias para um Microempreendedor individual em 2025
Como funcionará o recolhimento unificado
A facilidade de pagar tudo em uma única guia continua sendo o grande trunfo do Simples Nacional.
Mesmo com o fim do ICMS, a Receita Federal manterá o DAS (Documento de Arrecadação do Simples Nacional).
O sistema funcionará da seguinte forma: você entra no portal, informa o faturamento e o sistema gera o boleto.
Por trás dessa operação simples, o sistema fará a divisão do dinheiro automaticamente, por meio do sistema Split Payment:
- Envia a parte da CBS para o Governo Federal;
- Envia a parte do IBS ara o Comitê Gestor (que repassa para Estado e Município);
- Destina os outros impostos (como Imposto de Renda e CSLL) para seus devidos lugares.
Isso significa que o empreendedor não precisa emitir várias guias ou entrar em sites diferentes. A tecnologia bancária e fiscal resolve a partilha do dinheiro.
Assim, você foca em vender e pagar a guia única, enquanto o sistema cuida da burocracia da distribuição dos recursos.
Essa centralização elimina a necessidade de entender a legislação de cada estado ou município, o que economizará muito tempo da sua gestão administrativa.
Aproveitamento de créditos durante a transição
O tema “créditos tributários” mexe diretamente com o bolso e o fluxo de caixa das empresas.
Basicamente, crédito tributário funciona como um “dinheiro” que sua empresa tem a receber do governo ou um desconto que ela usa para pagar menos impostos no mês seguinte.
Com a mudança do ICMS para o IVA Dual, muitas regras de aproveitamento desses créditos mudam drasticamente. Assim, quem entende essa dinâmica agora protege o patrimônio da empresa e evita prejuízos milionários.
Você precisa saber exatamente o que fazer com o saldo que já tem e como acumular novos valores no futuro. Vamos explicar isso de forma simples e direta.
Como ficam os créditos de ICMS já acumulados
Muitas empresas possuem um “estoque” de créditos de ICMS acumulados ao longo dos anos.
A grande dúvida é: “eu perco esse dinheiro com o fim do ICMS?”. A resposta é não.
A Reforma Tributária garante o seu direito de usar esses valores. No entanto, você precisará seguir regras específicas para recuperar esse dinheiro.
O governo tende a parcelar essa devolução em prazos longos, como em até 20 anos, conforme versões preliminares da regulamentação.
Mas atenção: você só garante esse direito se tiver toda a documentação em dia. Por isso, a sua tarefa hoje envolve realizar um levantamento rigoroso.
Valide cada centavo que sua empresa diz que tem de crédito. Se o fisco encontrar erros na documentação, ele cancelará o seu direito de uso.
Portanto, chame seu contador e organize o “passado” da sua empresa antes da virada do sistema.
Créditos no modelo de IVA Dual
O novo modelo traz uma excelente notícia para o empreendedor: a regra do “crédito financeiro”.
A grande virada é que o crédito passa a ser permitido sobre todos os bens e serviços de uso e consumo, o que no modelo atual era restrito e gerava disputas judiciais.
No sistema antigo (ICMS), a empresa só podia pegar crédito sobre itens que integravam fisicamente o produto final (como matéria-prima e embalagem). Isso gerava muitas brigas na justiça e dúvidas sobre o que dava crédito ou não.
Com o IVA Dual (IBS + CBS), a lógica muda completamente. Agora, praticamente tudo o que a sua empresa compra para manter a operação gera crédito.
Para facilitar, pense na seguinte regra prática: “se eu paguei imposto na compra, eu aproveito o crédito na venda”. Isso inclui conta de luz, aluguel de equipamentos, materiais de escritório e serviços de terceiros.
Na prática, essa mudança reduz o custo da empresa, pois você recupera o imposto pago em quase todas as suas despesas operacionais.
Ou seja, com isso, o sistema pretende ficar mais justo e eliminar a complexidade de ter que analisar item por item.
Créditos de bens de capital, insumos e serviços
A compra de máquinas, equipamentos e caminhões (chamados de bens de capital) ganha um incentivo enorme.
No modelo atual do ICMS, quando você compra uma máquina para a fábrica, você demora 48 meses (4 anos) para recuperar todo o crédito do imposto. Na prática, isso trava o dinheiro da empresa e desestimula o investimento.
A Reforma Tributária acaba com essa espera de 4 anos. No novo sistema, o aproveitamento do crédito sobre bens de capital acontece de forma imediata ou em um prazo muito curto.
Ou seja, se você comprar uma máquina nova em 2033, você recupera o imposto pago já na apuração seguinte. Assim, melhora o fluxo de caixa e facilita a modernização do seu negócio.
O mesmo vale para serviços contratados. Se sua empresa contrata um serviço de limpeza ou segurança, o imposto pago nessa nota também vira crédito integral e imediato.
Dessa forma, a indústria e o comércio podem ganhar força para investir e crescer.
Riscos para empresas que não se adaptarem
A mudança da Reforma Tributária não espera ninguém e avança rapidamente.
Quem ignora os prazos ou subestima a complexidade da transição coloca a sobrevivência do próprio negócio em perigo.
A falta de preparação gera prejuízos financeiros imediatos e pode, inclusive, paralisar a operação da empresa de um dia para o outro.
Além disso, o mercado exige profissionalismo. Seus clientes e fornecedores cobrarão agilidade e precisão nas informações fiscais.
Por isso, entender os perigos ajuda você a evitar armadilhas comuns nesse processo e a proteger o seu patrimônio.
Para ajudar você nesse processo, separamos os principais problemas que surgem para quem deixa tudo para a última hora.
Inconsistências fiscais
O principal risco operacional envolve o cadastro incorreto de produtos e serviços.
Se você usar códigos antigos, NCMs desatualizados ou classificações erradas, o sistema do governo rejeitará a sua nota fiscal instantaneamente.
Isso acontece porque a nova tecnologia do fisco cruza os dados em tempo real e não aceita falhas básicas de preenchimento.
Sem a validação correta, a empresa emite documentos com informações conflitantes.
Esse erro trava o faturamento e impede que a mercadoria saia do seu estoque, ou seja, você perde a venda por pura desorganização cadastral.
Dessa forma, a revisão dos dados garante que a sua operação continue rodando sem interrupções.
Perda de créditos
A desatenção custa muito caro quando falamos de créditos tributários.
Como vimos, o novo modelo permite recuperar impostos sobre quase todas as compras, mas o sistema exige comprovação rigorosa na nota fiscal eletrônica.
Se o seu fornecedor emitir a nota de jeito errado ou se o seu sistema não capturar essa informação, você perde esse direito automaticamente.
Na prática, isso significa jogar dinheiro fora. A sua empresa paga o imposto na compra, mas não consegue usar o desconto na venda seguinte.
Com o tempo, esse “vazamento” de recursos aumenta o seu custo, corrói a margem de lucro e enfraquece o caixa do negócio frente aos concorrentes que fazem o processo certo.
Multas e retrabalho administrativo
Erros na apuração dos impostos geram multas pesadas e automáticas.
O fisco identifica a falha rapidamente e envia a notificação de cobrança sem a necessidade de uma fiscalização presencial.
Além do prejuízo financeiro direto com a multa, sua equipe perde horas preciosas apenas para corrigir declarações passadas e retificar arquivos.
Dessa forma, o retrabalho vira uma bola de neve e tira o foco do que realmente importa: vender e crescer.
Para evitar esse cenário caótico e manter a saúde da empresa, você deve fugir dos problemas mais comuns:
- cálculo de alíquota indevida por falha no sistema;
- envio de obrigações acessórias fora do prazo;
- correção manual constante de notas fiscais rejeitadas.
Conclusão
O fim do ICMS e a transição para o IVA Dual representam um marco histórico para o Brasil.
Embora a mudança pareça assustadora à primeira vista, ela traz a promessa de um ambiente de negócios mais justo e transparente.
Nós vimos que a complexidade tributária atual freia o crescimento das pequenas empresas.
Portanto, a Reforma Tributária chega para simplificar essa rotina e permitir que o empreendedor foque no que realmente importa: a estratégia do negócio.
Ou seja, o segredo para atravessar esse período com segurança mora na antecipação. Quem começa a organizar a casa hoje, sofre menos impacto amanhã.
Resumo do cronograma
Para fixar bem as datas na sua mente e facilitar o seu planejamento, preparamos um resumo prático das etapas.
Você pode usar essa lista como um guia rápido de consulta:
- 2026 (ano-teste): o governo inicia os testes com alíquotas simbólicas de IBS e CBS. Você treina sua equipe e adapta o sistema;
- 2027 (entrada da CBS): a Contribuição sobre Bens e Serviços entra em vigor efetivamente. O PIS e a COFINS deixam de existir;
- 2029 a 2032 (transição gradual): ocorre a convivência dos dois sistemas. O ICMS e o ISS diminuem as alíquotas ano a ano, enquanto o IBS sobe na mesma proporção;
- 2033 (vigência total): o novo sistema assume 100% da operação. O ICMS e o ISS saem de cena definitivamente.
Agora que você entende o cenário, precisa colocar a mão na massa. Não espere 2026 chegar para tomar atitudes.
Comece a proteger o seu negócio agora mesmo com passos simples e diretos:
- Converse com seu contador: alinhe as expectativas e peça um diagnóstico fiscal da sua empresa.
- Revise o cadastro de produtos: verifique se as NCMs e as descrições dos itens estão corretas. Um cadastro limpo evita multas no futuro.
- Analise seus contratos: verifique prazos e valores de contratos longos que atravessarão o período de mudança.
- Atualize sua tecnologia: esse ponto merece destaque total. A Reforma Tributária é 100% digital.
Nesse sentido, contar com um sistema de gestão robusto e atualizado faz toda a diferença entre ter lucro ou pagar multas.
O GestãoClick, por exemplo, acompanha de perto cada mudança da legislação.
Nossa plataforma se adapta automaticamente às novas regras de emissão de notas e cálculo de impostos.
Assim, você garante que sua empresa cumpre a lei sem precisar virar um especialista em tributação.
Prepare sua empresa hoje e garanta um futuro tranquilo!
Materiais e links úteis
Em momentos de mudança legislativa, muitos boatos circulam na internet.
Para ajudar você a navegar por esse cenário com segurança, separamos uma lista de fontes confiáveis.
Você deve consultar esses materiais sempre que surgir uma dúvida específica ou quando precisar validar algum dado técnico diretamente na fonte.
Guarde essas referências, pois elas servirão de guia durante toda a transição.
Legislação e documentos oficiais
Ir direto à fonte original elimina o risco de cair em interpretações erradas.
Por isso, o governo disponibiliza os textos completos das leis e as notas técnicas em seus portais oficiais.
Ou seja, salve e acompanhe os seguintes documentos e sites:
Guias e conteúdos complementares da GestãoClick
Nós entendemos que a linguagem jurídica confunde quem precisa cuidar da operação do negócio todo dia.
Por isso, o time da GestãoClick traduz essas normas complexas em conteúdos práticos e fáceis de ler.
Nesse sentido, nosso objetivo envolve manter você à frente do mercado, com informação de qualidade e aplicável.
Aprofunde seu conhecimento com nossos materiais exclusivos:
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FAQ – Perguntas Frequentes
ICMS realmente acaba em 2033?
Sim. O ICMS acaba em 2033 e o IBS assume tudo a partir desse ano. Até lá, você segue um período de convivência entre os dois sistemas, que vai de 2029 a 2032. Nesse período, o ICMS reduz e o IBS cresce ano após ano.
Como ficam combustíveis e energia?
Combustíveis e energia seguem o sistema novo. O IBS substitui o ICMS nessas operações e cria regras iguais para todos os estados.
Alguns combustíveis também podem receber o Imposto Seletivo quando geram impacto ambiental. Isso traz mais previsibilidade e reduz disputas fiscais no setor.
O que muda para empresas interestaduais?
As vendas interestaduais ficam mais simples. O IBS usa a tributação no destino, então o imposto acompanha o estado do cliente.
Essa regra elimina grande parte da guerra fiscal, reduz erros no cálculo e facilita a emissão da nota. Assim, você vende para qualquer estado com mais segurança.
Como será a emissão de NF-e na fase de transição?
Entre 2029 e 2032, a NF-e usa ICMS e IBS ao mesmo tempo. O sistema calcula as duas partes na mesma nota e envia tudo para o fisco.
Por isso, o ERP precisa estar atualizado e configurado para trabalhar com o modelo híbrido. Essa adaptação evita notas rejeitadas e problemas de apuração.
Minha empresa pode pagar mais tributos com a mudança?
Sim. A carga final depende da sua atividade, da NCM e do aproveitamento de créditos. Alguns negócios pagam menos; outros podem pagar mais.
Por isso, você precisa simular cenários, revisar preços e acompanhar o impacto do IBS e da CBS na sua operação. Esse cuidado protege seu caixa e evita surpresas.