Reforma Tributária: como será feita a extinção da Cofins
Reforma Tributária e fim da Cofins: veja prazos, mudanças operacionais e como evitar erros no ERP e NF-e.
A Cofins, sigla da Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social, está no centro das discussões sobre a Reforma Tributária, principalmente porque o governo vive um período de arrecadação recorde.
Em outubro, a Receita Federal arrecadou R$ 261,9 milhões, o maior valor da história para o mês. Esse número representa um crescimento real de 0,92% em relação ao ano anterior e mostra como o sistema atual continua pesado para as empresas.
Nos dez primeiros meses do ano, a arrecadação chegou a R$ 2,4 trilhões, com alta real de 3,2% em comparação com o mesmo período de 2024.
Esse movimento explica por que o governo busca simplificar a cobrança, reduzir disputas e criar um modelo mais previsível. A extinção do PIS/Cofins e a criação da CBS fazem parte dessa mudança.
Por isso, muitos empreendedores querem entender o que realmente muda com o fim da Cofins, quando essa transição acontece e como isso afeta notas fiscais, fluxo de caixa e sistemas de gestão.
A verdade é que a Reforma Tributária não reduz a arrecadação: ela apenas reorganiza a forma como o governo cobra os tributos sobre consumo.
Por isso, para ajudar você a entender tudo sobre o assunto, neste guia, você encontra um passo a passo claro sobre o cronograma oficial, os impactos no Simples Nacional, as mudanças na NF-e, o futuro dos créditos tributários e o papel do ERP na adaptação.
Assim, você fica por dentro de tudo o que precisa fazer para manter sua empresa regularizada e preparada para a nova fase da tributação brasileira.
Vem com a gente!
Por que a Cofins vai acabar e o que entra no lugar
A Reforma Tributária vai mudar a forma como o Brasil cobra impostos sobre consumo.
Por isso, a Cofins vai acabar junto com o PIS para dar espaço a um imposto novo e mais simples: a CBS, a Contribuição sobre Bens e Serviços.
Essa troca busca reduzir burocracias, organizar a cobrança e evitar confusão na apuração de tributos, especialmente para pequenas empresas.
Mesmo com esse fim, a carga tributária não desaparece. Ela apenas muda de formato. Assim, você continua pagando imposto, mas dentro de um sistema mais claro, com regras mais diretas e com impacto maior no dia a dia do seu negócio.
Por isso, entender essa mudança ajuda você a se preparar antes de 2026.
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O fim da Cofins e por que isso não significa menos impostos
Na prática, a extinção da Cofins não traz redução imediata de impostos. O governo apenas substitui o modelo antigo por um modelo novo.
Hoje, PIS e Cofins funcionam com regras diferentes, alíquotas variadas e cálculos confusos. A CBS chega para unificar tudo isso em uma cobrança única e mais fácil de entender.
Em outras palavras, você deixa de pagar Cofins, mas passa a pagar CBS. E, como a CBS usa um cálculo mais simples e amplo, ela mantém a arrecadação.
Por isso, o valor final que você paga não some. Em alguns casos, ele pode até subir ou descer, dependendo do setor e da forma como sua empresa opera.
💡Saiba também: O que muda no PIS com a Reforma Tributária?
A mudança mais importante é que você deixa de lidar com dois tributos diferentes e passa a trabalhar apenas com um.
Isso diminui erros, simplifica a apuração e facilita o uso de créditos.
Além disso, a CBS segue um modelo não cumulativo mais claro, o que evita aquela sensação de imposto “em cascata” que existia com a Cofins.
Essa mudança também impacta sistemas de gestão, emissão de notas, precificação e até fluxo de caixa.
Por isso, você precisa acompanhar esse processo desde 2026, quando a fase de testes começa, até 2027, quando a CBS entra em vigor de forma definitiva.
Resumo do que você vai aprender: cronograma, NF-e, ERP, créditos e Simples
Ao longo do conteúdo, você vai entender de forma simples e prática como a extinção da Cofins afeta o seu negócio.
Veja os principais pontos que você aprenderá:
Resumo prático: o que é a extinção da Cofins?
A extinção da Cofins faz parte da Reforma Tributária e acontece porque o governo quer simplificar a cobrança de impostos no Brasil.
Como vimos, hoje, PIS e Cofins têm regras diferentes, cálculos complicados e muitas exceções. Por isso, esse modelo dificulta a vida de quem empreende e abre espaço para erros.
Com a chegada da CBS, o país substitui dois tributos por um só.
Essa mudança facilita o entendimento das regras, melhora a organização financeira e cria um sistema mais moderno para empresas de todos os portes.
Assim, você entende melhor o que paga e evita surpresas no caixa.
O fim de PIS/Cofins e o nascimento da CBS
A Reforma Tributária encerra a cobrança de PIS e Cofins e cria a CBS (Contribuição sobre Bens e Serviços).
Essa troca busca simplificar o sistema, porque manter dois tributos separados sempre gerou confusão.
Em muitos casos, o empreendedor precisava de ajuda só para entender se podia ou não aproveitar créditos.
Agora, a lógica muda. A CBS concentra a cobrança em um único imposto e usa um cálculo mais direto.
Essa unificação diminui o número de etapas, evita cálculos repetidos e facilita a apuração mensal. Você também entende melhor quanto paga e por quê, o que ajuda muito no controle financeiro.
Além disso, a CBS nasce com uma estrutura mais moderna. Ela segue o padrão internacional de imposto sobre valor agregado, que funciona bem em vários países.
Na prática, isso deixa o sistema brasileiro mais próximo de modelos usados no mundo inteiro.
💡Saiba também: Quais impostos serão extintos com a Reforma Tributária 2025?
Por que o governo está substituindo esses tributos
O governo troca PIS e Cofins por um imposto único porque percebe que o modelo atual ficou complexo demais.
Cada regime tinha regras próprias, alíquotas diferentes e interpretações que variavam conforme o setor.
Essa confusão afetava o empreendedor, porque aumentava o risco de erro e deixava a gestão mais burocrática.
Com a CBS, o governo busca construir um sistema mais simples e mais transparente. Assim, o empreendedor consulta menos tabelas, evita multas e organiza melhor sua rotina.
Além disso, a mudança reduz disputas sobre o que gera crédito e o que não gera, já que a CBS usa uma regra mais ampla.
Para você entender essa troca com clareza, veja os principais objetivos por trás dessa mudança:
- Simplificar cálculos e rotinas fiscais;
- Reduzir erros na emissão de notas;
- Aumentar a transparência na cobrança;
- Criar uma regra mais clara para créditos;
- Aproximar o Brasil de modelos tributários mais modernos.
Diferenças entre Cofins e CBS
A Cofins segue um modelo antigo e cheio de exceções. Além disso, ela pode ser cumulativa ou não cumulativa, dependendo do tipo de empresa.
Isso cria muitas dúvidas e leva empresários a erros frequentes na apuração. Em alguns casos, a empresa paga imposto duas vezes porque não entende como aplicar créditos.
A CBS chega para padronizar essa lógica. Ela usa um cálculo único e mais simples, sem tantas variações.
O crédito se torna mais direto e menos confuso, porque a CBS adota uma regra mais ampla de aproveitamento.
Assim, você controla melhor seus custos e organiza seus preços com mais segurança.
Para facilitar seu entendimento, veja os principais pontos que mudam entre os dois modelos:
- A CBS usa uma alíquota única, enquanto a Cofins usa várias;
- A CBS permite crédito amplo; a Cofins limita créditos em vários setores;
- A CBS simplifica a apuração; a Cofins cria cálculos diferentes para cada regime.
Tabela comparativa entre modelo atual e modelo novo
A tabela abaixo mostra, de forma simples, as principais diferenças entre a Cofins e a CBS.
Essa comparação ajuda você a entender como o modelo atual funciona e o que muda com a Reforma Tributária.
Veja como a CBS deixa o sistema mais direto:
| O que muda | Cofins (modelo atual) | CBS (modelo novo) |
| Estrutura do imposto | Pode ser cumulativo ou não cumulativo | Sempre não cumulativo |
| Regras de crédito | Limitadas e cheias de exceções | Crédito amplo e direto |
| Alíquotas | Variadas, dependendo do setor | Alíquota única nacional |
| Cálculo | Complexo e cheio de detalhes | Simples e padronizado |
| Relação com o PIS | Funciona junto com o PIS | Substitui PIS e Cofins |
| Facilidade de entender | Baixa, com muitas regras técnicas | Alta, com estrutura simples |
| Risco de erro | Alto | Baixo, com regras mais claras |
| Emissão de Nota (CST) | Usa CSTs tradicionais (01, 04, 06, etc.) | Usa a nova tabela cClassTrib e novos CSTs definidos na Nota Técnica 2025.002 |
Essa comparação mostra como a CBS moderniza o sistema e reduz a complexidade do dia a dia fiscal.
Assim, você se prepara com mais segurança para a transição que começa em 2026.
💡Entenda também: Reforma Tributária: o que é, quais as mudanças e impactos
Cronograma oficial: quando a Cofins deixa de existir?
A Reforma Tributária definiu um calendário claro para a extinção da Cofins.
Esse cronograma ajuda você a se preparar com antecedência e evita surpresas no seu negócio.
Por isso, entender cada etapa permite que você organize seu financeiro, seu ERP e sua emissão de notas antes das mudanças.
A transição começa em 2026, com o período de testes da CBS.
Depois, em 2027, o governo encerra de vez a cobrança de PIS/Cofins.
Essa troca segue até 2033, quando o país completa a nova estrutura de impostos sobre consumo.
Vem com a gente se aprofundar em cada uma das etapas desse processo!
💡Se aprofunde ainda mais: Reforma tributária 2026: cronograma tributário e o que você precisa saber ainda este ano
2026: o ano de teste da CBS (alíquota reduzida e ajustes de sistema)
O ano de 2026 funciona como um “aquecimento” da Reforma Tributária.
O governo inicia a fase de testes da CBS com uma alíquota reduzida. Essa etapa permite que empresas, contadores e sistemas de gestão se adaptem ao novo modelo sem correr riscos.
Em 2026, você fará o destaque da CBS (0,9%) e do IBS (0,1%) na nota fiscal, mas não haverá aumento de custo.
O valor apurado desses novos tributos será compensado (descontado) do PIS/Cofins que você já paga hoje.
Na prática, o efeito financeiro é zero, mas a obrigação de declarar e adaptar o sistema é obrigatória para validar o novo modelo.
Por isso, você precisa acompanhar as mudanças nos documentos fiscais e atualizar seu ERP.
Assim, você evita problemas quando a CBS começar a valer de verdade. Esse cuidado ajuda você a manter sua operação organizada e reduz falhas de emissão.
Além disso, essa fase serve para tirar dúvidas e ajustar processos.
Isso facilita a transição e deixa sua empresa pronta para a mudança de 2027, quando a extinção da Cofins finalmente acontece.
O que muda na emissão de NF-e em 2026
A Nota Técnica nº 2025.002 confirma que, a partir de janeiro de 2026, empresas do Regime Normal (CRT 3: Lucro Real e Lucro Presumido) precisam preencher obrigatoriamente os novos campos de IBS e CBS dentro do layout da NF-e, ou seja, diretamente no XML da nota.
Essa exigência ativa regras de validação, como a UB12-10, que rejeita notas sem o preenchimento correto.
A própria Tabela de Produção da Nota Técnica indica que esses documentos já terão valor jurídico para os novos tributos a partir de 01/01/2026.
Já as empresas do Simples Nacional (CRT 1 e 2) e os MEIs (CRT 4) não precisam preencher esses campos em 2026.
O próprio documento explica que a obrigatoriedade começa apenas em 2027, conforme determina o Art. 348 da Lei Complementar nº 214/2025.
Esse escalonamento diminui a sobrecarga para pequenos negócios e segue o calendário oficial da Reforma Tributária.
Por isso, entender essa diferença entre os regimes ajuda você a cumprir as regras no prazo certo.
💡Saiba diferenciar: Qual a diferença entre XML e DANFE? [Guia Completo]
Obrigatoriedade de adaptação dos ERPs durante a fase piloto
O seu ERP precisa de atualização para gerar o XML da NF-e com os novos campos criados pela Nota Técnica nº 2025.002.
Essa norma adiciona grupos específicos para a CBS, IBS e Imposto Seletivo, além da nova tabela cClassTrib, que substitui códigos antigos, como o CST de PIS/Cofins.
Para empresas do Regime Normal (CRT 3), essa atualização é obrigatória já em 2026, porque a SEFAZ rejeita notas que não seguem o layout atualizado.
Já empresas do Simples Nacional e MEI só entram na obrigatoriedade em 2027, também conforme o Art. 348 da LC 214/2025.
Mesmo assim, 2026 funciona como um ano de preparação.
Nesse período, você atualiza cadastros, revisa NCMs e testa o ERP para garantir que o sistema consiga preencher o XML corretamente quando a CBS e o IBS começarem a valer de forma efetiva.
2027: extinção definitiva do PIS/Cofins e início da CBS
Em 2027, a extinção da Cofins acontece de forma definitiva. Nesse ano, a CBS entra em vigor com sua alíquota cheia.
Isso significa que você deixa de recolher PIS e Cofins e passa a recolher apenas a CBS. Esse é o marco mais importante da Reforma Tributária para quem empreende.
Essa mudança traz impacto direto no cálculo dos impostos e na rotina de emissão de notas fiscais. A CBS usa um modelo mais simples, mas você ainda precisa entender a regra para evitar falhas no faturamento.
Assim, você mantém seu negócio regular e evita problemas fiscais.
Além disso, o uso de créditos fica mais claro. A CBS permite crédito mais amplo, e isso exige atenção para organizar compras, despesas e documentos.
Por isso, 2027 marca a virada completa para o novo sistema.
Como será o cálculo e recolhimento da CBS
A CBS usa um cálculo simples: você aplica a alíquota sobre o valor da receita e desconta créditos previstos na lei.
Essa estrutura facilita o entendimento e reduz as variações que existiam com a Cofins. Você entende exatamente quanto paga e consegue planejar melhor o seu caixa.
Esse modelo também reduz discussões sobre “o que gera crédito”. A regra se torna mais clara e direta.
Assim, você organiza suas despesas e controla melhor os valores que pode descontar no mês seguinte.
💡Leia também: Reforma Tributária: é possível calcular IBS, CBS e IS no ERP?
Impactos diretos no operacional das empresas
A entrada da CBS muda o fluxo de faturamento. Ou seja, você emite notas de forma diferente, calcula impostos com regras novas e atualiza rotinas do ERP.
Por isso, sua empresa precisa revisar processos e treinar colaboradores para evitar erros.
Essa mudança também impacta preços, contratos e compras. O aproveitamento dos créditos e o cálculo da nova alíquota podem alterar margens.
Por isso, 2027 exige atenção estratégica e operacional.
Entre 2029 e 2033, o Brasil entra na fase final da Reforma Tributária.
Nesse período, o novo imposto estadual e municipal, o IBS, entra em funcionamento.
Ele substitui o ICMS e o ISS de forma gradual, em etapas que reduzem os tributos antigos e aumentam o peso do novo modelo.
Essa fase completa a transformação do sistema de consumo no país. Assim, empresas passam a lidar com dois impostos modernos: a CBS (tributo federal) e o IBS (tributo estadual e municipal).
Essa combinação fecha o ciclo da reforma e cria um sistema mais organizado para os próximos anos.
O impacto da extinção da Cofins no Simples Nacional e MEIs
A extinção da Cofins também afeta quem está no Simples Nacional, mas o impacto chega de forma diferente.
A Reforma Tributária criou um cronograma especial para pequenos negócios, e isso faz você ter mais tempo para se adaptar. Dessa forma, você entende as mudanças com calma e organiza seu sistema sem pressa.
Por isso, saber quando a CBS começa a valer para o Simples e como isso afeta créditos, compras e preços ajuda você a manter o controle do seu negócio.
Assim, você evita sustos quando as novas regras entrarem em vigor.
Empresas do Simples pagam CBS?
Na prática, a sua rotina de pagamentos não muda. Quem é do Simples Nacional continuará pagando tudo em uma única guia (o DAS).
O que acontece em 2027 é apenas uma troca interna: o sistema do governo retira o PIS e a Cofins do cálculo e coloca a nova CBS no lugar.
Ou seja: sai o imposto antigo e entra o novo, mas tudo dentro do mesmo boleto que você já conhece, sem burocracia extra.
A própria Lei Complementar nº 214/2025, no Art. 348, confirma que o Simples Nacional, o MEI e empresas com excesso de sublimite entram no novo sistema um ano depois do Lucro Real e do Lucro Presumido.
Por isso, você não precisa preencher os novos campos da CBS em 2026.
Para a maioria das empresas do Simples Nacional, o pagamento da CBS será feito dentro da guia única do DAS, substituindo os atuais PIS e Cofins.
Ou seja, você não terá uma guia extra para pagar, a menos que opte pelo ‘Regime Híbrido’ para transferir créditos integrais a clientes grandes.
A obrigatoriedade de destacar a CBS na nota fiscal (apenas para fins de cálculo, sem aumento de carga) começa em 2027.
Essa diferença acontece porque o governo decidiu criar uma transição mais leve para microempreendedores e pequenas empresas.
Assim, você tem tempo para revisar seu sistema, organizar cadastros e conversar com seu contador antes da mudança.
Isso facilita a adaptação e reduz o impacto da Reforma Tributária no dia a dia do seu negócio.
Como fica o crédito para quem compra de empresas do Simples
A Reforma Tributária mantém uma regra importante: empresas fora do Simples podem aproveitar créditos quando compram de empresas do Simples.
Isso evita prejuízo para quem vende e mantém a competitividade do pequeno negócio.
Essa regra também vale para a CBS, o que reduz dúvidas e facilita negociações com clientes maiores.
Com essa mudança, as empresas conseguem organizar melhor suas compras e entender o impacto das negociações. Por isso, quem está no Simples precisa manter suas notas fiscais corretas e atualizadas.
Dessa forma, seus clientes continuam aproveitando créditos e você mantém boas relações comerciais.
Para facilitar, veja como essa regra funciona na prática:
- Empresas do Simples não calculam créditos, mas permitem crédito para quem compra delas.
- Clientes do Simples não mudam sua rotina de compra.
- Empresas de médio e grande porte continuam usando o crédito normalmente.
💡Leia também: Guia de faturamento Simples Nacional: tudo o que você precisa saber
Vale a pena continuar no Simples após a transição para CBS?
A chegada da CBS não elimina as vantagens do Simples Nacional. A carga continua unificada, o pagamento segue dentro do DAS e a burocracia permanece menor.
Por isso, muitas empresas continuam no Simples mesmo depois da extinção da Cofins.
No entanto, você precisa analisar alguns pontos.
A CBS usa crédito amplo, e isso pode beneficiar negócios com muitas compras e alto volume de insumos. Quando isso acontece, alguns empreendedores percebem que outro regime pode trazer economia.
Por isso, vale avaliar sua operação, seu setor e seu volume de compras.
Para ajudar nessa decisão, considere:
- Quanto você compra no mês;
- Seu ticket médio e sua margem;
- Seu volume de fornecedores;
- A necessidade ou não de crédito financeiro.
Essa análise simples mostra se o Simples continua vantajoso ou se vale estudar uma migração com o seu contador.
Gestão Financeira: créditos tributários e fluxo de caixa
A extinção da Cofins muda a forma como você aproveita créditos e organiza o caixa da empresa. Por isso, você precisa entender como esses valores ficam durante a transição para a CBS.
Dessa forma, você evita perdas e mantém o controle financeiro em dia.
Além disso, a Reforma Tributária muda a lógica de crédito. O modelo novo facilita o aproveitamento e evita confusão sobre o que gera crédito e o que não gera.
Isso afeta seu preço, seu estoque e seu fluxo de caixa.
Vem com a gente entender melhor sobre isso!
Os créditos acumulados de Cofins continuam valendo mesmo depois da mudança para a CBS. A Reforma Tributária permite que você use esses créditos durante a transição.
Assim, você não perde valores que já faziam parte do seu caixa. Esses créditos seguem regras específicas, mas permanecem utilizáveis.
Você pode usar esses créditos para compensar impostos federais ou pedir ressarcimento conforme as normas da Receita Federal.
O governo criou essa regra porque sabe que muitas empresas acumulam créditos ao longo do ano.
Por isso, a transição precisa acontecer sem prejuízo para quem já registrou esses valores.
Para facilitar o entendimento, imagine um exemplo simples: se você acumulou R$ 10 mil de crédito de Cofins, esse valor continua disponível.
Assim, você usa esse crédito para diminuir tributos futuros, mesmo dentro do novo sistema da CBS.
Além dos créditos antigos, atenção ao seu estoque na virada de 2026 para 2027!
A Reforma permite o aproveitamento de crédito sobre o estoque existente em 31/12/2026.
Ou seja, se você revende mercadorias, poderá apropriar crédito presumido de CBS sobre esse estoque para abater impostos futuros, geralmente parcelado em algumas competências.
A nova lógica de crédito da CBS (crédito financeiro amplo)
A CBS usa um conceito chamado “crédito financeiro amplo”.
Esse nome parece complicado, mas o funcionamento é simples: você pode usar crédito sobre praticamente tudo que representa custo para o seu negócio.
Isso inclui compras, despesas e até serviços usados na operação.
Esse modelo reduz dúvidas sobre o que gera crédito. No sistema antigo da Cofins, muitas empresas tinham dificuldade para entender se uma despesa era essencial ou não.
Agora, a regra fica mais clara. Isso evita erros e facilita o planejamento financeiro.
Para ajudar você, veja o que entra no crédito financeiro da CBS:
- compras para revenda;
- insumos usados na operação;
- despesas essenciais, como energia e transporte;
- serviços contratados para manter o negócio funcionando.
Como a mudança afeta o capital de giro e a precificação
A mudança para a CBS afeta o capital de giro porque altera o fluxo de créditos e débitos. Como o crédito fica mais amplo, você consegue compensar mais valores.
Isso reduz o imposto devido e melhora seu caixa, desde que você controle bem suas compras e despesas.
Além disso, a CBS influencia a formação de preços. O modelo da Cofins criava dúvidas sobre o que entrava no cálculo, e isso afetava as margens.
Com a CBS, você entende melhor seus custos e ajusta seus preços com mais segurança. Isso ajuda você a manter a competitividade no mercado.
Para visualizar isso, imagine dois cenários: se você compra muito para revender, a CBS tende a favorecer seu caixa. Mas se você oferece serviços e usa poucos insumos, o impacto na precificação pode ser maior.
Por isso, conhecer a estrutura do seu negócio faz diferença.
Boas práticas para organizar créditos antes da virada de regime
A organização dos créditos antes da troca para a CBS evita problemas e ajuda você a aproveitar tudo que já acumulou.
Por isso, você precisa revisar documentos, ajustar cadastros e atualizar lançamentos no ERP.
Quanto mais organizado você estiver, maior será o aproveitamento dos créditos durante a transição.
Para facilitar essa preparação, siga alguns passos simples:
- revise notas antigas e confirme se os créditos estão registrados;
- atualize cadastros de produtos e serviços;
- converse com seu contador para ajustar regras de crédito;
- mantenha seu ERP atualizado para evitar erros na virada de regime.
Impactos operacionais: NF-e, ERP e Split Payment
A extinção da Cofins muda a forma como você emite notas fiscais e organiza o fluxo de pagamentos do seu negócio.
Essas mudanças começam em 2026 e seguem até 2027, com impactos diretos em sistemas, automatizações e processos internos.
Por isso, você precisa entender o que muda para evitar erros e manter sua empresa em conformidade com a Reforma Tributária.
Além disso, o sistema de pagamentos também muda com o Split Payment. Esse modelo altera o caminho do dinheiro antes mesmo de ele chegar na sua conta, o que afeta o caixa e exige adaptação dos sistemas de gestão.
Assim, você evita surpresas e mantém sua operação organizada.
As mudanças obrigatórias na emissão de notas fiscais
A emissão de notas fiscais muda porque a Nota Técnica nº 2025.002 cria novos campos dentro do XML da NF-e e NFC-e.
Esses campos registram a CBS, o IBS e o Imposto Seletivo, que substituem parte da lógica antiga usada no cálculo de PIS, Cofins, ICMS e IPI.
As empresas do Lucro Real e Presumido (CRT 3) precisam preencher esses campos já em 2026. O sistema ativa novas regras de validação e rejeita notas que não seguem essas exigências.
Já empresas do Simples Nacional e MEI só entram nessa obrigatoriedade em 2027, conforme o Art. 348 da Lei Complementar nº 214/2025. Por isso, você precisa saber em qual regime está.
Assim, você evita problemas na hora de emitir a nota e mantém seu negócio alinhado com a Reforma Tributária.
Novos campos, novos CSTs e ajustes de CFOPs sob a CBS
Com a entrada da CBS, o layout técnico da NF-e muda.
A Nota Técnica nº 2025.002 cria novos grupos dentro do XML, o que inclui a tabela cClassTrib, que substitui códigos antigos, como o CST de PIS/Cofins.
Por isso, você precisa garantir que seu sistema registre corretamente esses novos campos para evitar rejeições.
A mudança também afeta CFOPs e classificações fiscais. A CBS segue regras próprias para identificar a natureza da operação, e isso exige revisão dos cadastros de produtos, das NCMs e do fluxo de emissão de notas.
Esses ajustes garantem que seu faturamento funcione sem erros na virada do sistema.
O Split Payment é um modelo novo de pagamento criado pela Reforma Tributária. Nesse sistema, o imposto é retido automaticamente no momento da venda.
Em vez de receber o valor total da nota e pagar a guia depois, você recebe apenas o valor líquido, já com a dedução do IBS e da CBS. Assim, isso muda completamente o fluxo de caixa das empresas.
Esse modelo traz mais segurança para o governo e reduz inadimplência de impostos. Porém, você precisa acompanhar o impacto no seu caixa.
Quando você vende por cartão, PIX, boleto ou marketplaces, o imposto sai antes de o dinheiro chegar na sua conta.
Por isso, você precisa se organizar para evitar falta de recursos para despesas do dia a dia.
Impacto no fluxo de caixa (PIX, boleto, cartão e marketplaces)
O Split Payment reduz o valor que entra na sua conta. Isso acontece porque o sistema retém o imposto antes da liquidação do pagamento.
Por isso, você precisa revisar suas projeções de caixa e entender como o dinheiro vai entrar mês a mês.
Essa mudança afeta vendas por cartão, PIX, boleto, links de pagamento e plataformas como marketplaces.
Se hoje você recebe R$ 1.000 e paga os impostos depois, com o Split você pode receber, por exemplo, R$ 900* já descontado.
Dessa forma, essa diferença exige atenção para não comprometer contas fixas, compras de estoque ou o pagamento de fornecedores.
*Valores fictícios, usados apenas para exemplificar como vai ficar o sistema.
O Split Payment só funciona se o sistema que você usa estiver preparado para registrar, calcular e transmitir os impostos no momento da venda.
Por isso, seu ERP precisa de atualização imediata. Essa adaptação evita erros no cálculo, inconsistências no caixa e falhas na integração com operadoras de cartão, bancos e gateways de pagamento (pontes que fazem o dinheiro sair do cliente e chegar até a sua empresa de forma segura).
Além disso, o Split Payment exige integração entre NF-e, meios de pagamento e a Receita Federal. Quando o ERP não acompanha essas mudanças, a empresa perde controle financeiro, registra valores errados e corre risco de multas.
Por que seu ERP precisa estar preparado antes de 2026
Seu ERP precisa estar atualizado antes de 2026 porque a fase de testes da CBS já começa nesse ano para empresas do Lucro Real e Presumido.
Por isso, o sistema precisa preencher o XML da NF-e com os novos campos, registrar os códigos de tributação e acompanhar as regras definidas pela Nota Técnica nº 2025.002.
Sem isso, você não consegue emitir notas válidas.
Além disso, como vimos, 2026 funciona como um ano de adaptação. Ou seja, quando o ERP não está pronto, você corre risco de falhas na emissão, registros errados e problemas no cálculo do imposto.
Na prática, isso afeta sua operação e pode gerar prejuízos para o seu caixa.
Riscos de não atualizar (inconsistência fiscal, rejeição de notas, multas)
Se você não atualizar seu ERP, sua empresa enfrenta riscos sérios.
Afinal, as Sefaz estaduais tenderão a rejeitar notas fiscais sem os novos campos da CBS, do IBS e do Imposto Seletivo.
Isso pode parar seu faturamento e afetar suas vendas. Além disso, erros no cálculo causam inconsistência fiscal e aumentam riscos de multas.
Outro problema é o impacto no fluxo de caixa. Sem integração com o Split Payment, o sistema registra valores errados e prejudica o controle financeiro.
Por isso, atualizar o ERP evita falhas e garante que sua empresa siga a Reforma Tributária com segurança.
Setores mais impactados pela extinção da Cofins
A extinção da Cofins não afeta todos os setores da mesma forma. A Reforma Tributária muda regras importantes de crédito, cálculo e tributação, e isso faz cada atividade sentir um impacto diferente.
Por isso, entender como seu setor reage é muito importante e ajuda você a se planejar com mais segurança.
Essa análise também mostra onde a CBS traz vantagens e onde ela exige mais atenção. Assim, você ajusta preços, negocia melhor com fornecedores e organiza o seu caixa antes da mudança.
Por isso, separamos alguns exemplos que ajudam a entender melhor, na prática, como irá funcionar em diferentes setores da nossa economia.
Vem com a gente!
Serviços: possível aumento da carga tributária e necessidade de repasse
O setor de serviços é um dos que mais irão sentir o fim da Cofins.
Isso acontece porque muitas empresas de serviços usam poucos insumos e, por isso, aproveitam poucos créditos.
Como a CBS usa crédito financeiro amplo, o impacto tende a ser maior para quem tem custos mais baixos. Por isso, é comum o setor sentir aumento na carga tributária.
Por isso, esse cenário exige atenção na precificação. Empresas que prestam serviços precisam ajustar seus preços para evitar perda de margem.
Nesse sentido, esse ajuste pode exigir negociação com clientes e revisão de contratos antigos.
Por isso, entender como seu serviço se enquadra no modelo novo ajuda você a tomar decisões melhores.
Um exemplo simples: um escritório de marketing, que usa poucos materiais e tem mais custo com mão de obra, tende a ter menos crédito. Já uma empresa de manutenção, que compra peças e ferramentas, tende a se beneficiar mais.
Já o comércio e a revenda tendem a se beneficiar com a extinção da Cofins.
A CBS utiliza crédito amplo e permite descontar praticamente tudo que você compra para revender. Isso melhora sua margem e traz mais clareza para o cálculo do imposto.
O modelo novo também reduz a sensação de “tributo em cascata”, que acontecia com frequência no sistema antigo.
Esse benefício aparece principalmente para quem mantém um volume alto de compras. Por isso, lojas de roupas, materiais de construção, mercados, pet shops e distribuidoras tendem a ter ganhos diretos com o novo modelo.
Além disso, você também tem mais previsibilidade para ajustar preços sem perder competitividade.
Essa estrutura também facilita negociações com fornecedores, porque fica mais claro o quanto cada compra gera de crédito e como isso melhora o seu caixa.
Indústria: redução de resíduos tributários na cadeia
A indústria também se beneficia da extinção da Cofins.
Isso porque o modelo novo reduz o chamado “resíduo tributário”, que é aquela parte do imposto que acumulava ao longo da cadeia.
A CBS usa um crédito mais simples e direto, o que diminui esse acúmulo e deixa o custo final do produto mais limpo.
Isso melhora a competitividade da indústria, porque reduz distorções que existiam no preço final. Além disso, empresas industriais costumam ter muitos insumos e matérias-primas.
Por isso, elas aproveitam mais créditos e conseguem reduzir o valor final do imposto.
Um exemplo claro aparece em setores como alimentos, móveis, eletrônicos e metalurgia. Esses setores usam muitos itens na produção e tendem a aproveitar melhor a nova regra de crédito financeiro amplo.
Alguns segmentos continuam com regras específicas mesmo depois da extinção da Cofins.
Combustíveis, bebidas, saúde, telecomunicações e energia seguem normas próprias dentro da Reforma Tributária.
Assim, esses setores podem ter alíquota diferenciada, regimes especiais ou incidência do Imposto Seletivo, que funciona como um “imposto extra” para itens que geram impacto social.
Por isso, você precisa conferir como seu setor se encaixa nas regras da CBS e do IBS.
Empresas que atuam nesses segmentos precisam acompanhar os detalhes para não calcular o imposto errado. Isso vale para distribuidoras de combustíveis, indústrias de bebidas, clínicas de saúde e até farmácias.
Para ajudar, veja os principais segmentos com atenção especial:
- Combustíveis;
- Bebidas alcoólicas e refrigerantes;
- Saúde e planos de assistência;
- Energia elétrica;
- Telecomunicações;
- Transportes específicos.
Obrigações acessórias durante o período de transição
Na prática, a extinção da Cofins muda a forma como você envia informações fiscais para o governo.
Essas tarefas fazem parte das chamadas obrigações acessórias, que são documentos, declarações e registros que sua empresa precisa entregar todo mês ou todo ano.
Elas não são impostos, mas garantem que o governo receba os dados corretos da sua operação.
Com a Reforma Tributária, essas obrigações passam por mudanças entre 2026 e 2027. Por isso, você precisa saber o que muda para evitar erros, multas e problemas na emissão de notas.
Assim, você mantém seu negócio organizado durante toda a transição.
Vem com a gente entender melhor como ficam as obrigações acessórias e conhecer tudo o que você precisa para ficar em dia com o Fisco!
Escrituração segregada entre os regimes atuais e o futuro
A partir de 2026, sua empresa precisa manter uma espécie de “contabilidade dupla”. Isso significa que você registra as operações nos modelos antigos (PIS/Cofins) e também registra informações da CBS e do IBS durante o período de testes.
Essa prática é chamada de escrituração segregada, porque separa as informações de cada regime.
Essa escrituração serve para que o governo valide os cálculos da CBS e entenda como os setores reagem ao novo sistema.
Para você, isso significa organizar bem seu ERP e manter cadastros atualizados. Assim, você evita erros e garante que suas declarações fiquem corretas durante a transição.
Um exemplo prático: você está emitindo uma NF-e em 2026. Ela traz a tributação normal, como você já conhece, mas precisa trazer também os novos campos de CBS e IBS no XML.
Seu ERP registra tudo em abas separadas, e as declarações seguem esse mesmo padrão.
Adaptações no SPED e nas declarações fiscais
O SPED também passa por mudanças com a extinção da Cofins.
O SPED é o sistema digital onde você envia informações fiscais e contábeis para o governo.
No entanto, diferentemente da NF-e, a EFD ICMS/IPI (SPED Fiscal) não será usada para apurar a CBS e o IBS.
O governo deve instituir uma obrigação acessória específica (Apuração Assistida) para esses novos tributos.
Por isso, seu software precisa estar pronto para gerar essa nova obrigação separadamente, sem misturar com o SPED Fiscal tradicional.
Boas práticas de compliance tributário para 2026 e 2027
O compliance tributário é o conjunto de práticas que ajuda sua empresa a seguir a lei e evitar erros fiscais.
Com a extinção da Cofins, essas práticas se tornam ainda mais importantes, porque você lida com dois sistemas ao mesmo tempo.
Por isso, você precisa organizar documentos, ajustar processos e manter seu ERP atualizado.
Além disso, os anos de 2026 e 2027 funcionam como um período crítico. É nesse momento que você testa o novo sistema e se adapta às regras de apuração da CBS e do IBS.
Quanto mais organizada sua empresa estiver, mais fácil será essa transição e menor será o risco de falhas.
Para ajudar, algumas boas práticas simples fazem diferença:
- revise cadastros de produtos e serviços;
- atualize seu ERP com frequência e acompanhe atualizações de sistema;
- converse com seu contador sobre as mudanças;
- acompanhe notas técnicas, atualizações e comunicados oficiais;
- mantenha documentos separados por regime (antigo e novo).
Checklist de preparação: plano de Ação 2025–2026
A extinção da Cofins exige organização, mas você consegue se preparar de forma simples. Com alguns passos práticos, você ajusta seu sistema, revisa documentos e evita dores de cabeça quando a CBS entrar em vigor.
Por isso, preparamos este checklist para ajudar você a seguir um caminho claro até 2026.
Assim, você entende o que precisa fazer agora, o que pode deixar para os próximos meses e o que se torna obrigatório na fase de testes da Reforma Tributária.
Vem com a gente!
Nos próximos 30 dias, você precisa cuidar das etapas que garantem organização antes das primeiras mudanças técnicas da Reforma Tributária.
Essas ações deixam seu negócio preparado e reduzem a chance de erro no futuro. Além disso, elas ajudam você a manter seu ERP e seus documentos fiscais atualizados.
Use esta lista para começar:
Converse com seu contador sobre a extinção da Cofins;
Revise seus cadastros de produtos e serviços;
Atualize as informações de NCM e CFOP;
Verifique se seu ERP recebe atualizações frequentes e se ele está se preparando para as mudanças da Reforma Tributária;
Se você usa sistema antigo, avalie a troca para um sistema compatível com CBS e IBS;
Revise notas fiscais recentes para encontrar inconsistências simples.
Esses passos mantêm sua base organizada e facilitam todo o processo de migração.
Ações de médio prazo: o que estruturar em 2025
Em 2025, você inicia a preparação mais profunda. Esse período permite ajustar processos internos e acompanhar de perto as atualizações técnicas da CBS, do IBS e do Imposto Seletivo.
Por isso, você precisa acompanhar tudo que a Receita Federal publica e manter seu ERP atualizado.
Durante esse ano, você também analisa preços, revisa contratos e avalia o impacto dos créditos no seu negócio.
Essa análise é importante porque a Reforma Tributária muda a estrutura de custos e exige ajustes para manter sua margem de lucro.
Por isso, em 2025:
Acompanhe Notas Técnicas da NF-e e do SPED;
Revise contratos com fornecedores e clientes;
Ajuste sua política de preços com base nos custos reais;
Converse com o suporte do seu ERP sobre atualizações para CBS e IBS;
Organize documentação fiscal para facilitar a escrituração segregada;
Revise créditos acumulados de Cofins e garanta que tudo esteja registrado.
Ações de longo prazo: testes de emissão e validação para 2026
O ano de 2026 é o ano de testes da Reforma Tributária. A NF-e ganha novos campos, seu ERP já precisa preencher o XML com as informações de CBS e IBS, e você precisa validar tudo.
Por isso, você usa 2026 para testar, corrigir erros e evitar falhas quando a CBS começar a valer de forma definitiva em 2027.
Esse período também serve para revisar o fluxo de caixa, porque o Split Payment começa a ganhar forma nos sistemas.
Assim, você entende como o dinheiro vai entrar e ajusta sua operação.
Dessa forma, em 2026, você precisa:
Testar emissões de NF-e com os novos campos da CBS;
Validar o XML gerado pelo ERP;
Revisar classificações fiscais de produtos;
Acompanhar rejeições de notas e corrigir erros rapidamente;
Treinar sua equipe para lidar com as novas regras;
Revisar seu fluxo de caixa para o futuro Split Payment.
Checklist final para validar ERP, NF-e, créditos e cadastros
Antes da virada de regime, você precisa garantir que tudo está funcionando.
Esse checklist final ajuda você a revisar os pontos mais importantes de forma simples e rápida.
ERP:
O sistema está atualizado para CBS, IBS e Imposto Seletivo?
O ERP gera o XML da NF-e com os novos campos?
O suporte confirma compatibilidade com a Nota Técnica nº 2025.002?
NF-e:
Cadastros de produtos têm NCM correto?
CFOPs estão atualizados
Testes de emissão funcionaram sem rejeições?
Créditos:
Créditos de Cofins estão registrados?
Você sabe quais créditos entram no modelo da CBS?
Você revisou notas antigas com seu contador?
Operação:
Equipe treinada para as mudanças?
Contratos revisados?
Fluxo de caixa ajustado para o Split Payment?
Esse checklist deixa sua empresa pronta para a transição e reduz riscos durante a entrada da Reforma Tributária.
Conclusão: próximos passos para sua empresa
A extinção da Cofins marca o início de uma nova fase para empresas de todos os tamanhos.
A Reforma Tributária muda cálculos, rotinas e sistemas, mas você consegue se adaptar com organização e planejamento.
Por isso, entender cada etapa do cronograma permite que você faça essa transição com segurança.
Com as mudanças chegando em 2026 e 2027, este é o momento ideal para revisar processos, ajustar o ERP e preparar sua empresa para o novo modelo.
Assim, você evita erros, reduz riscos e mantém seu negócio funcionando sem interrupções.
Resumo prático do que muda e quando
A partir de 2026, empresas do Lucro Real e Presumido começam a preencher os novos campos de IBS e CBS na NF-e.
Em 2027, o Simples Nacional entra no mesmo modelo. A partir desse período, você passa a lidar com um sistema mais simples, com crédito amplo e um modelo claro de tributação sobre consumo.
Além disso, a CBS substitui o antigo PIS/Cofins e muda a lógica do crédito.
A NF-e também passa a seguir novas regras, com atualização de XML, novos códigos e validações obrigatórias.
Por isso, acompanhar esse calendário ajuda sua empresa a seguir a lei sem complicações.
Se quiser entender rapidamente:
- 2026: testes, novo XML e ajustes no ERP;
- 2027: CBS começa a valer para todos, inclusive Simples Nacional;
- 2029 – 2033: integração final com o IBS.
Por que empresas precisam antecipar adaptações tecnológicas
As mudanças da Reforma Tributária acontecem dentro do seu sistema, não apenas na legislação.
Quando o ERP não acompanha essas atualizações, você corre o risco de ter notas rejeitadas, cálculos errados e problemas com o fluxo de caixa.
Isso pode afetar vendas, estoque e até pagamentos do dia a dia.
Por isso, antecipar essas mudanças evita prejuízos. Quando você atualiza seu ERP, você garante que as notas saiam corretas, que a empresa siga o layout da NF-e e que a operação continue funcionando normalmente.
Isso vale ainda mais com a chegada do Split Payment, que exige integração com meios de pagamento.
Em resumo: quem se prepara antes leva vantagem, porque evita falhas e faz a transição de forma muito mais leve.
Um ERP atualizado faz toda a diferença durante a extinção da Cofins.
Ele preenche automaticamente os novos campos da NF-e, acompanha as regras do XML e garante que sua empresa siga as exigências da Receita Federal.
Além disso, um bom sistema reduz erros, automatiza cálculos, facilita o uso de créditos e ajuda você a organizar sua operação.
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Ou seja, você emite notas sem complicação, controla estoque, organiza vendas e ainda mantém sua empresa pronta para a entrada da CBS e do IBS.
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FAQ – Perguntas Frequentes
Quando a Cofins realmente acaba?
A Cofins acaba de forma definitiva em 2027. O governo inicia a fase de testes da Reforma Tributária em 2026, mas a cobrança da CBS só substitui oficialmente o PIS/Cofins em 1º de janeiro de 2027.
O que acontece com meus créditos de PIS/Cofins?
Você mantém seus créditos acumulados. A Reforma Tributária permite que você use esses valores durante a transição para a CBS. Você consegue compensar tributos federais ou pedir ressarcimento conforme as regras da Receita Federal. Por isso, você não perde créditos registrados antes da mudança.
Empresas do Simples vão pagar a CBS?
Sim, mas a obrigatoriedade começa apenas em 2027. O Simples Nacional entra na CBS um ano depois do Lucro Real e do Lucro Presumido. Você continua pagando tudo dentro do DAS, mas o cálculo da parte federal passa a seguir o modelo da CBS.
Como será a emissão da NF-e durante o período híbrido?
A NF-e usa dois conjuntos de informações em 2026. Você emite notas com o modelo atual e, ao mesmo tempo, preenche os novos campos de CBS e IBS dentro do XML. Essa regra vale para empresas do Lucro Real e Presumido e segue a Nota Técnica nº 2025.002. O Simples só entra em 2027.
A CBS vai aumentar minha carga tributária?
A CBS pode aumentar ou reduzir a carga, dependendo do setor. Serviços tendem a sentir maior impacto. Comércio, revenda e indústria tendem a aproveitar mais créditos. O efeito varia conforme custos, margem e volume de insumos do seu negócio.
Preciso atualizar meu ERP antes de 2026?
Sim. Seu ERP precisa preencher o XML da NF-e com os novos campos de CBS e IBS já em 2026. Sem atualização, você enfrenta rejeições de nota, erros de cálculo e risco de multas.